quarta-feira, 22 de abril de 2015

CONHEÇA A DOENÇA DO SÉCULO 19 QUE IMPEDIA AS MULHERES DE ANDAR DE BICICLETA

No final século 19, o uso da bicicleta como meio de transporte e de lazer já estava difundido em alguns países. As mulheres também foram cada vez mais aderindo à utilização do veículo de duas rodas, sendo que passou a ser um dos primeiros sinais de independência e feminismo.
Talvez por isso uma “doença” relacionada com o uso da bicicleta tenha misteriosamente surgido, fazendo com que elas se sentissem com receio de subir na bike novamente. A tal condição foi nomeada com algo como o “rosto de bicicleta”, que os médicos passaram a advertir que poderia acontecer com as moças ciclistas.
Mas o que era isso exatamente? Segundo os médicos da época, o excesso de força ao pedalar, a posição vertical em duas rodas e ainda o esforço inconsciente para manter o equilíbrio poderia produzir uma expressão fatigada e exausta nas mulheres: o tal “rosto de bicicleta”. E, percebam, essa condição era alertada mais em relação ao público feminino.
Essa descrição foi até documentada no periódico médico Literary Digest, em 1895, segundo relatou um artigo de Joseph Stromberg, do site Vox. Os especialistas daquele período ainda relataram que a condição deixava as mulheres coradas, mas às vezes pálidas, com os lábios ligeiramente deformados, olheiras e a expressão de cansaço.
Quer mais? A condição ainda foi descrita como se deixasse as mulheres com a mandíbula rígida e apertada e olhos esbugalhados. Será que tudo isso era um tipo de “recalque” masculino para as mulheres não se divertirem e se deslocarem mais com as suas bicicletas? Provavelmente, sim, sendo uma forma de eles cortarem as asinhas das moças que queria ser mais independentes.
A invenção de uma doença
Uma menção desta “doença” também apareceu em 1897 no periódico médico National Review, em que o médico britânico A. Shadwell advertiu sobre os perigos de andar de bicicleta, especialmente para as mulheres, descrevendo "o ciclismo como uma mania de moda tem sido experimentado por pessoas que não se adequam a exercê-lo".
Além disso, havia quem dizia que a condição era permanente, enquanto outros sustentavam que se a pessoa passasse um tempo longe da bicicleta os sintomas da doença diminuiriam. Entre os judeus, era ainda alertado que se andasse de bicicleta no domingo, era culpa e condenação na certa.
Talvez na época isso tenha aterrorizado muitas mulheres, mas obviamente, a doença da “cara de bicicleta” não era algo real, o que nos leva à questão: porque os médicos estavam tão preocupados com isso? Pressão dos maridos, dos pais e de toda uma sociedade?
Como falamos anteriormente, era sim mais ou menos isso. Em 1890, na Europa e na América do Norte, as bicicletas passaram a ser vistas por muitos como um instrumento do feminismo. O veículo dava mulheres maior mobilidade, além de uma redefinição da feminilidade, de atitude e até da moda. Para os homens, era apenas mais um “brinquedo”, mas para elas a bicicleta abriu um mundo novo cheio de perspectivas.
Como não poderia deixar de ser, principalmente naquela época, a reação de médicos e homens da sociedade não foi positiva e, por isso, criaram várias razões para dissuadir a mulherada, inventando que andar de bicicleta não fazia bem. Eles diziam que era muito desgastante e inadequado para elas.
Os médicos afirmavam ainda que o uso do veículo não só causava a doença do “rosto de bicicleta” como também gerava cansaço, insônia, palpitações, dores de cabeça e depressão. Porém, ainda em 1897, a médica Sarah Stevenson Hackett, de Chicago, afirmou que o ciclismo não era prejudicial e que, na verdade, melhorava a saúde.
Isso pode ter aliviado para algumas mulheres, mas provavelmente o mito da doença do “rosto de bicicleta” ainda tenha perdurado por muitos anos, fazendo com que elas ficassem com receio de pedalar.

Fonte: Vox/Joseph Stromberg

segunda-feira, 20 de abril de 2015

A Mulher e a Bicicleta


 As mulheres já foram consideradas frágeis demais para andar de bicicleta
Nessa época a moda feminina expressava desamparo e fragilidade. Pense na figura da mulher vitoriana: pálida, doentia, dependente do homem para tudo, arriscando-se, às vezes, a espiar por trás de um leque. A fragilidade de uma "senhora" era tal que a impedia de estudar, trabalhar e votar; não fazer quase nada era visto como algo sensato.
Obviamente, havia a percepção de que algo dessa fragilidade toda era uma injunção social. Um cavalheiro, caminhando até o mercado, cruzaria com dezenas de trabalhadoras das classes mais baixas. E talvez até empregasse uma delas para auxiliar as compostas senhoras de sua casa, ocupadas com conversinhas, rubores e desmaios. Mas os homens não enxergavam essas mulheres como senhoras educadas. Uma dama deveria ser fraca, sem defesa e totalmente dependente dos homens.

Três quilos na roupa de baixo

É evidente que as mulheres não sofreram qualquer alteração fundamental em sua fisiologia nos últimos séculos, então como explicar a vida moderna que levam, independente e livre de desmaios?
Para começar, a dama vitoriana raramente se exercitava ou tinha qualquer atividade física, o que implica em mau condicionamento. Além disso, a moda era ser frágil.
Outro fator da fragilidade da mulher vitoriana era sua vestimenta. Tipicamente pesada, exagerava a silhueta feminina e ao mesmo tempo escondia o corpo. As curvas eram destacadas com espartilhos apertados que, junto com as longas e pesadas roupas de baixo, limitavam a capacidade das mulheres de mover e até de respirar.
Algumas mulheres terminaram por rebelar-se e, em 1888, uma carta publicada no The Rational Dress Society - de um grupo de mulheres que lutavam por uma vestimenta mais inteligente - afirmou, "o peso máximo da roupa de baixo (sem os sapatos) aprovados pelo The Rational Dress Society, não pode exceder os três quilos".
Três quilos de roupa de baixo? Um progresso? É muito mais que qualquer top de ginástica. Obviamente as mulheres precisavam mudar de roupa de baixo. É onde entra a bicicleta.

Uniforme de entrada

No fim do século XIX, a popularidade das bicicletas explodiu. Por exemplo, em 1880, um dos primeiros grupos de ciclistas, chamado League of American Wheelmen, possuía 40 membros; em 1898 já reuniam quase 200.000. Andar de bicicleta era tão comum que em 1896, o The New York Journal of Commerce avaliou que o hábito estava custando aos cinemas, restaurantes e outros negócios mais de 100 milhões de dólares por ano. Considerando a popularidade cada vez mais intensa da bicicleta, era natural que as mulheres também a usassem.
Antes das bicicletas, o cavalo era o melhor meio de transporte. O acesso das mulheres ao cavalo, claro, era limitado. Cavalos eram perigosos e de controle difícil; e uma convenção médica sugeria que montar poderia danificar os genitais femininos. As mulheres deveriam montar de lado, com as duas pernas juntas. Nessa posição artificial, elas não conseguiam percorrer grandes distâncias, realimentando a idéia que não deveriam montar.
Bicicletas, em comparação, eram de manipulação fácil. Não havia motivo porque uma mulher não pudesse subir numa bicicleta e dignamente pedalar para tão longe de casa como nunca estivera. Nenhum motivo a não ser sua pesada vestimenta e o dilema de que, se pedalasse, ou perderia a virtude ou morreria de exaustão.
Para que a mulher participasse da nova mania sem enroscar-se na corrente da bicicleta, ela precisava de saias mais curtas ou mesmo uma vestimenta bifurcada chamada "bloomers". Também seria necessário sair de casa e fazer exercícios físicos - atividades antes consideradas impróprias.
A intensidade dos protestos contra as mulheres nas bicicletas é prova de como lutaram. As valentes mulheres que usavam uma roupa mais razoável eram criticadas, não tinham acesso aos lugares públicos e ridicularizadas nos meios de comunicação. 
Ciclistas femininas geralmente eram atacadas verbal ou fisicamente enquanto rodavam. Emma Eades, uma das primeiras ciclistas de Londres, foi atingida por tijolos e pedras. Homens e mulheres, igualmente, exigiam que ela voltasse para casa de onde não deveria ter saído e se comportasse convenientemente.
Muitos temiam que a mobilidade sem precedentes proporcionada às mulheres pela bicicleta as corrompesse moralmente. Uma empresa chamada The Cyclist's Chaperon Association fornecia "senhoras de boa posição social para conduzir damas em passeios e excursões de bicicletas". Tais senhoras deveriam satisfazer critérios exigentes para se qualificarem como guardiãs da virtude. Eram senhoras casadas, viúvas, ou solteiras com mais de 30 anos. Deveriam apresentar três referências pessoais, duas de senhoras de inquestionável posição social e outra de um clérigo da igreja - tudo isso para impedir que as mulheres tivessem sua moral degradada por suas bicicletas.
Apesar de tão evidente condenação social, os grupos ciclistas continuaram e acabaram por introduzir mudanças fundamentais na sociedade. As mulheres rodaram em suas bicicletas e, para espanto geral, não desmaiaram nem cometeram atrocidades morais.
Na verdade, elas descobriram o que todos que andam de bicicleta sabem: ela proporciona boa forma, descontração e mais vivacidade. As mulheres ganharam mais independência, melhor condicionamento físico e, como brinde, liberdade daquelas roupas constritoras e representativas das cadeias sociais.

O veículo da liberdade feminina

O censo americano de 1900, publicado mais de vinte anos após a introdução da bicicleta, afirmava, "Poucos objetos utilizados pelos seres humanos originaram uma revolução tão grande nas convenções sociais como a bicicleta." Para as mulheres, isto foi especialmente verdade.
A bicicleta continua sendo a paixão dos pensadores avançados. Mesmo hoje ela é o centro de muitos movimentos reformistas. Jacquie Phelan, por exemplo, uma feminista "mountain biker", fundou os WOMBATS ou Women's Mountain Bike and Tea Society. Eleita três vezes campeã mundial como uma das dez melhores mountain bikers de todos os tempos, Phelan luta incansavelmente pela igualdade. Advoga dois preços para bicicletas, baseada nos 59 centavos de dólar que cada mulher ganha para cada dólar ganho por um homem. 
Como a bicicleta continua auxiliando as mais variadas causas, é importante lembrar qual foi sua primeira batalha. Liberação é palavra facilmente associada à bicicleta. Pedalar numa estrada com o vento batendo no rosto é uma experiência libertária, mas para as primeiras ciclistas, um simples passeio de bicicleta foi libertário de modo muito mais profundo.

http://www.revistabicicleta.com.br/bicicleta.php?a_mulher_e_a_bicicleta&id=631

quarta-feira, 25 de março de 2015

PARA ONDE VAI A GORDURA NA PERDA DE PESO? NOVA DESCOBERTA SURPREENDE


De acordo com pesquisa australiana publicada no “British Medical Journal”, processo de emagrecimento culminaria na expiração de dióxido de carbono.






O que acontece com a gordura do corpo quando emagrecemos? Durante muito tempo se imaginou que ela era convertida em energia. De fato, parte dela é transformada em calor. Mas, de acordo com um estudo realizado pela escola de biotecnologia e ciência biomolecular da University of New South Wales, na Austrália, o processo da perda de peso é ainda mais complexo.

Apesar da obsessão mundial pela busca de umcorpo perfeito, um grande número de especialistas da área de saúde não é capaz de responder a esta pergunta corretamente. Segundo cientistas australianos, a maior parte da gordura eliminada no emagrecimento é colocada para fora do corpo na forma de dióxido de carbono (CO2), durante a respiração. O trabalho, liderado pelo pesquisador e apresentador de TV Ruben Meerman, mostra que perder 10kg de gordura requer a inalação de 29kg de oxigênio. Este processo metabólico produziria 28kg de CO2 e 11kg de água.

Na falta da glicose, a gordura acumulada é usada como fonte de energia por nosso organismo. Para isso, ela é dividida em moléculas de oxigênio, hidrogênio e carbono. Quando queimado, o oxigênio se transforma em energia, liberando dois subprodutos: o dióxido de carbono e água. O CO2 é eliminado pelos pulmões, e a água excretada na urina, fezes, suor, respiração, lágrimas e outros fluidos corporais.

Para chegar a esta conclusão, o autor rastreou cada átomo da gordura a ser eliminada. Assim ele descobriu que, à medida que 10kg de gordura são perdidos, 8,4kg de dióxido de carbono são exalados pelos pulmões.
- Nada disso é óbvio para as pessoas porque o dióxido de carbono que exalamos é invisível. Os equívocos que encontramos revelam uma surpreendente falta de conhecimento a respeito de aspectos básicos do funcionamento do corpo humano - observa o autor da pesquisa.
A maneira mais eficaz de queimar gordura continua a mesma: aliar a prática de exercícios físicos a uma alimentação saudável, sempre sob a supervisão de profissionais
Ruben Meerman se interessou por entender o processo de perda de peso em 2013. Depois de emagrecer 15kg, quis compreender para onde iria a gordura perdida, e acabou chegando àreveladora descoberta publicada no “British Medical Journal”.

- Com a crise mundial de obesidade ocorrendo, todos nós deveríamos saber a resposta desta simples questão: para onde vai a gordura? O fato de que quase ninguém poderia responder isso me pegou de surpresa - ele revela.

No entanto, o simples ato de respirar com mais frequência não é capaz de causar perda de peso. Realizar o movimento mais vezes do que o exigido pelo metabolismo pode levar à hiperventilação, causando tonteira, palpitações e perda de consciência. A maneira mais eficaz de queimar gorduracontinua a mesma: aliar a prática de exercícios físicos a uma alimentação saudável, sempre sob a supervisão de profissionais.


sexta-feira, 20 de março de 2015

MÁXIMO ACEITÁVEL DE GLICOSE NO SANGUE

Médicos baixam índice de glicose aceitável para evitar doenças em pré-diabéticos
Em 15 anos o índice do pré-diabetes caiu de 140 para 99; ao entrar nessa faixa, rim e olhos já podem sofrer lesões
Elioenai Paes | 21/07/2014 08:00:49 - Atualizada às 24/07/2014 13:29:49
Foto: Getty Images
Mudança de hábitos pode dificultar a progressão da doença ou até mesmo revertê-la
Parece exagero o valor de referência do pré-diabetes cair, dentro de 15 anos, de 140 para 99. Mas não é. Estudos mostraram que o organismo já começa a ser lesado quando a glicose em jejum passa de 99 e o resultado da hemoglobina glicada, hoje considerado o teste mais fidedigno do diabetes, vai além de 5,7%. O sofrimento dos tecidos é silencioso, mas os rins já começam a ter alterações e elevam-se os riscos de problemas nos microvasos da retina, o que pode levar à perda de visão total.
Leia: Diabetes descontrolada é responsável por 80% das doenças da retina
Como forma de prevenção e não por sintomas ismo médico", os valores de referência baixaram. O endocrinologista do Hospital Villa-Lobos Vinicius Eduardo D’Andrea explica que esses valores servem para nortear um tratamento e estipular o ponto de corte para começar os cuidados. Segundo ele, o estudo UPKDS, feito na Grã-Bretanha durante 20 anos, mostrou o surgimento de doenças em quem apresentava glicose a partir de 99 - o que na época não era considerado pré-diabetes - e norteou a decisão de baixar esses valores de referência.
Muita calma nessa hora
Apesar do perigo, quem recebe a notícia de que está com pré-diabetes não precisa se desesperar. Nessa fase, felizmente, não é preciso usar medicamentos, apenas mudar os hábitos de vida. O recomendável é trocar carboidratos simples por integrais (eles retardam a absorção de açúcar no organismo), fazer exercícios físicos e, em casos de sobrepeso ou obesidade, emagrecer.
Mexa-se: Exercício é tão eficaz quanto remédio para algumas doenças, diz estudo
No Brasil, mais da metade da população está em sobrepeso (IMC de 25 a 30) ou obesa (IMC superior a 30), o que leva a um aumento da doença, explica Airton Golbert, endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Por isso, mesmo que o diabetes esteja sendo diagnosticado precocemente, os casos não param de crescer.
Veja 11 sintomas de que você pode estar com diabetes:
1/12



Estima-se que no Brasil existam cerca de 11 milhões de diabéticos, sendo que 3,5 milhões não sabem que têm a doença
AnteriorProximo
Exame da hemoglobina glicada
É possível que alguém já tenha tentado abrir o próprio exame de diagnóstico de diabetes e tenha ficado confuso. Pode acontecer de a glicemia em jejum estar dentro dos padrões, mas a hemoglobina glicada não, configurando o pré-diabetes ou diabetes. Mas como isso acontece?
Leia: Em idoso, remédio para diabetes pode causar mais efeito colateral que benefício
O exame de sangue que indica os valores da hemoglobina glicada é o padrão-ouro em diagnóstico. “A glicemia em jejum é uma ‘fotografia do momento’, a hemoglobina glicada é como um vídeo, que mostra o comportamento ao longo de três meses”, explica oendocrinologista Fadlo Fraige Filho. Dessa forma, aquela clássica dieta que muitos fazem uma semana antes do exame não vai alterar em nada no diagnóstico do diabetes, já que a avaliação da hemoglobina glicada tem o histórico dos últimos 3 meses.
Devido à importância do assunto, Fraige Filho prefere chamar a pré-diabetes como "início da doença." "Essa terminologia 'pré' se entende como situação prévia. Se sou pré, eu não sou. É uma terminologia inadequada. Prefiro chamar isso de início da doença porque já podem aparecer sintomas."( vamos pedalar).

quarta-feira, 18 de março de 2015

A BRINCADEIRA DE CRIANÇA QUE SE TORNA UMA PAIXÃO

Grupo de ciclistas de Campo Alegre Al


















A maioria das pessoas deram as primeiras pedaladas quando ainda eram crianças e hoje, a bicicleta está entre os presentes mais desejados pela garotada.De rodinhas, com cestinha na frente, colorida, prateada, não importa o jeito, uma bike é tudo de bom. A bike também é a melhor forma de se manter com saúde!





Mas depois que crescemos parece que esquecemos de tudo, porém nunca é tarde para um recomeço e a oportunidade nos bate a porta outra vez. Venha pedalar também e seja feliz buscando assim uma estabilidade na saúde física e mental. Saindo com os amigos para um pedal bem distante tenho entendido esse amor pelo esporte com sem preço. pedalamos em média 40 km por dia mas as vezes nos 
arriscamos sair de Campo Alegre a Maceió, capital do estado das Alagoas e isso seria dizer pedalar cerca de 196 km ida e volta, e sem sombra de dúvidas é apaixonante esse esporte.
Um detalhe muito importante é lembrar dos benefícios que o esporte trás, entre eles a melhora do sistema cardiorrespiratório e ajuda no combate ao uso de drogas. Há relatos de pessoas que conseguiram vencer o vício do tabagismo que tanto perturbam as vidas, fisicamente falando também oferece fortalecimento muscular e é ótimo no combate ao stress.

Segundo o INCOR –Instituto do Coração,










domingo, 16 de novembro de 2014

Entenda como funciona o processo de envelhecimento do ser humano




Cabelo grisalho, perda de memória, rugas e ossos frágeis. Cedo ou tarde, (se tivermos sorte) todos nós ficamos velhos. Ainda assim, os cientistas dizem que não existe uma razão evolucionária para nós envelhecermos. Então por que ficamos velhos?
O processo de envelhecimento
Pesquisadores não concordam entre si sobre quais são as causas do envelhecimento. Alguns dizem que nossos genes estão programados para se deteriorarem, murcharem e morrerem. Outros acreditam que o acúmulo de dano é a raiz da nossa senescência. Cavando mais fundo, muitos acreditam que uma combinação de vários fatores contribui para o envelhecimento.
Dano celular
Por volta de 1882, quando introduzida pelo biólogo August Weismann, a teoria do dano celular basicamente dizia que o corpo sucumbe ao desgaste:
Como os componentes de um carro velho, cedo ou tarde o uso constante faz com que as partes do corpo desgastem, matando o corpo.
Trabalhando sobre essa ideia fundamental, pesquisadores atuais estão explorando aspectos particulares específicos que revelem onde e como esse desgaste ocorre.
Efeitos somáticos ao DNA
Focando na deterioração do DNA no decorrer da vida, de acordo com esta teoria:
Os danos ao DNA ocorrem continuamente nas células… Enquanto a maior parte desses danos são reparados, alguns se acumulam… [e] ocorrem mutações genéticas e se acumulam com o aumento da idade, fazendo com que as células se deteriorem e apresentem mau funcionamento. O dano ao DNA mitocondrial, particularmente, leva à disfunção [onde] os efeitos da idade são resultado do dano à integridade genética das células do corpo.
O DNA mitocondrial (mtDNA) sofre mutações mais rápido do que o DNA no núcleo das células, então o mtDNA causa mais “radicais livres”, que se acredita levarem ao envelhecimento. Uma vez que a mitocôndria (a usina de força das células) trabalha mais quando tem mais combustível (ou seja, comida) disponível, quanto menos o organismo se alimenta, menos radicais livres são produzidos. O resultado disso é que alguns cientistas dizem que a restrição de calorias pode agir como uma fonte da juventude:
Uma dieta com uma restrição severa de calorias (cerca de 30 porcento abaixo do normal, porém acima dos níveis de inanição) pode aumentar o tempo de vida, diminuir as chances de câncer e tornar mais lento o declínio da memória e dos movimentos.
Outros são mais cautelosos sobre a recomendação de uma dieta com restrição de calorias:
Animais em dieta restrita crescem mais lentamente, se reproduzem menos e têm sistemas imunológicos mais frágeis… [porque a] dieta restrita parece colocar o corpo em um modo de sobrevivência, suprimindo o crescimento e o consumo de energia.
Além disso, os detratores ressaltam que só porque “[foram] percebidos aumentos no tempo de vida de ratos, [isso] pode não ser verdade em mamíferos grandes, como os humanos… [porque, diferente de animais pequenos,] mamíferos grandes podem migrar em tempos de fome”.
De qualquer forma, pelo menos um estudo mostrou que pessoas em uma dieta restritiva de calorias vão “ter a insulina e o colesterol do sangue mais baixos e menor risco de aterosclerose”, condições que contribuem para o envelhecimento e a mortalidade.
Reticulação
Outro ramo da teoria do dano celular foca na reticulação, um processo no qual proteínas danificadas e obsoletas, que de outra forma seriam quebradas por enzimas (proteases), são protegidas disso ao fazer ligações inapropriadas, permitindo que elas “fiquem por lá (…) e causem problemas“. Com o passar do tempo:
Um acúmulo de proteínas que passaram por reticulação danifica células e tecidos, deixando mais lentos os processos do corpo…
Esse fenômeno foi identificado em pelo menos um sinal do envelhecimento e está implicado em outro:
A reticulação do colágeno, proteína da pele, por exemplo, se provou ao menos parcialmente responsável pelas rugas e outras mudanças dermatológicas relacionadas à idade [e]… no cristalino dos olhos, também se acredita que tem um papel na formação da catarata que vem com a idade. Pesquisadores especulam que a reticulação das proteínas nas paredes das artérias ou dos sistemas de filtragem dos rins podem ser culpadas por pelo menos alguns casos de aterosclerose.
Codificando os genes
Olhando para os projetos que guiam os organismos, cada uma destas teorias exploram a idéia de que, a nível celular, nós estamos “programados” para a obsolência.
Longevidade programada
Muitos pesquisadores acreditam que “o envelhecimento é o resultado do liga e desliga sequencial de certos genes, com a senescência [velhice] sendo definida como o tempo em que os déficits da idade se manifestam”.
Para apoiar essa teoria, cientistas têm estudado o envelhecimento com a ajuda de Caenorhabditis elegans:
O clássico nematoda de laboratório… [que são] pequenos vermes transparentes… fáceis de manipular geneticamente e com uma vida de apenas duas semanas… provêm uma rápida visão em time-lapse do processo de envelhecimento.
Em 1993, um grupo de pesquisadores descobriu que “C. elegans com uma mutação específica em um único gene vivem duas vezes mais do que as espécies sem [essa mutação. Isso] … leva a uma mudança no pensamento… que [não são muitos genes, mas sim] um único gene pode regular dramaticamente o quanto um organismo vive…”
Este gene, daf-2, é uma proteína muito similar à insulina, nossa proteína receptora e, pelo menos em C. elegans, mostrou em um estudo posterior que é um gene bastante mandão:
O Daf-2 normalmente controla muitos outros genes… por exemplo, em seus estudos de C. elegans, pesquisadores encontraram um grande conjunto de genes que são “ligados” ou “desligados” em vermes que carregavam duas cópias da mutação no daf-2…
Os tipos de genes que são regulados pelo daf-2 incluem os de desenvolvimento, metabolismo e resistência ao estresse. Isso é importante porque “vários genes codificam para proteínas que aumentam o tempo de vida ao agirem como antioxidantes, regulando o metabolismo e exercendo um efeito antibactericida”.
Teoria endócrina
Outros pesquisadores defendem a teoria que genes reguladores da idade carregam “relógios biológicos [que] agem através de hormônios para controlar o ritmo que o envelhecimento [atravessa] o IIS, ou seja, a via de transdução de sinal evolucionária da insulina ou do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1…”
O sistema IIS é um sistema antigo e altamente conservado que coordena o crescimento, a diferenciação e o metabolismo, em resposta às mudanças das condições ambientais e na disponibilidade de nutrientes…
Nessa teoria, indivíduos se adaptam a nível celular, em resposta às condições do ambiente. Assim, nutrem os melhores resultados para a continuação das espécies.
Em resposta a condições ambientais rigorosas… [as células se adaptam para produzir] um aumento da resistência e da proteção contra o estresse, a redução de inflamações de nível baixo e o aumento na biogênese mitocondrial [aumento de energia na célula].
Deste modo, em tempos difíceis o tempo de vida do organismo aumenta, pelo menos por tempo suficiente para cumprir a necessidade biológica de reprodução.
Teoria imunológica
A terceira proposta de codificação do gene que se propõe a explicar o envelhecimento diz que “o sistema imunológico é programado para deteriorar com o passar do tempo, o que leva a uma crescente vulnerabilidade a doenças infecciosas e, então, ao envelhecimento e à morte”.
Os defensores dessa teoria observam que “conforme alguém envelhece, anticorpos perdem sua eficácia e poucas das doenças novas podem ser combatidas com eficiência pelo corpo, o que causa estresse celular e, futuramente, a morte”.
Esse último argumento foi questionado por uma pesquisa recente que estudou a mortalidade e a fertilidade em 46 espécies diferentes (incluindo humanos), levando a resultados marcantes:
Embora… a maior parte das 46 espécies possa ser grosseiramente classificada ao longo de um envelhecimento contínuo… [mostrando] uma forte deterioração com a idade, [outras espécies demonstraram] deterioração negativa, com envelhecimento negativo e um aperfeiçoamento com a idade.
Isso significa que algumas espécies: “com o passar dos anos, ao contrário dos humanos, se tornam mais propensas a reproduzir e menos propensas a morrer”.
Na verdade, há tanta diversidade no envelhecimento entre as espécies que, mesmo entre aquelas que envelhecem como nós, há algumas, como o andorinhão-real, que se tornam mais férteis (propensos a reproduzir) conforme se aproximam da morte.

Melissa escreve para o site TodayIFoundOut.com, com muitos fatos interessantes. Clique aquipara assinar a newsletter “Conhecimento Diário”, ou curta a página no Facebook aqui.
Este post foi republicado com permissão de TodayIFoundOut.com.


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O PAPEL E A DIDÁTICA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA (PARTE 2)

 Segundo Libâneo no que diz respeito ao ensino da Educação Física especificamente, o escolanovismo propiciou as condições necessárias para que alguns professores escondessem suas dificuldades profissionais. Por não dominar o conteúdo da Educação Física, desconhecer suas metodologias de ensino, ou, ainda, por não ter compromisso político com seu trabalho docente, em alguns casos, o professor de Educação Física acaba se tornando um "especialista em relações humanas", acreditando que se"ausentar[nos pseudo debates] é a melhor forma de respeito e aceitação plena do aluno". Justifica sua "ausência" alegando que toda  intervenção é ameaçadora, o resultado de uma aula é muito parecido ao de uma boa terapia de grupo: boa aula é aquela que permite ao aluno uma verdadeira purificação pessoal (Catarse). A não atividade abandona os alunos a seus próprios desejos, como se eles tivessem uma tendência espontânea a alcançar os objetivos esperados da educação.[...] As Tendências espontâneas e naturais não são "naturais" , antes são tributárias das condições de vida e do meio (LIBÂNEO, 1986, p. 41).
A Educação Física pedagogicista (1945-1964), versão escolanovista da Educação Física, postulava a necessidade dessa disciplina ser entendida pela sociedade como uma prática prioritariamente educativa. Como algo útil para a sociedade era "capaz de promover a Educação Física do homem brasileiro, respeitando suas peculiaridades culturais, físico-morfologicas e psicológicas". (GHIRALDELLI JÚNIOR,1994, p. 19), mantendo-se acima das questões políticas e das contradições de classes.