quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA




Pessoas fisicamente ativas, consequentemente, possuem um metabolismo energético mais elevado, o que significa que são capazes de aproveitar melhor os alimentos nutritivos, sem acumular gordura no corpo.

À medida que a atividade física aumenta, o mesmo acontece com a massa corporal magra (a massa muscular), e o corpo, gradualmente, muda de forma.

A diminuição da gordura por massa muscular favorecerá o aumento do metabolismo energético, ocorrendo maior queima das gorduras acumuladas e menor peso corporal.

A atividade física regular mantém:

• Músculos, ossos e articulações fortes;

• A produção hormonal e sanguínea normais;

• As funções imunológicas e intestinais equilibradas;

• Níveis saudáveis de vida ativa.

Também contribui para a prevenção:

• Das DCNT - Doenças Crônicas Não Transmissíveis, como a osteoporose;

• Os problemas nas articulações;

• Problemas circulatórios;

• Obesidade;

• Diabetes e outras doenças.

De forma inversa, a inatividade física aumentará:

• O risco de diversas doenças;

• Predispõe o organismo ao acúmulo de gordura e à obesidade;

• Sensibilidade para os resfriados;

• Depressão.

As pessoas que estão em forma física:

• Desfrutam mais da vida;

• Dormem melhor;

• Não acumulam stress;

• Ficam menos enfermas;

• Terão maior expectativa de vida;

• Envelhecem com saúde;

• São profissionalmente mais produtivas;

• Faltam menos ao trabalho;

• Desenvolvem maior resistência contra doenças.

O exercício físico é um poderoso remédio, muitas vezes, mais eficaz do que medicamentos convencionais, pois melhora a qualidade de vida, diminui o risco de doenças do aparelho cardiorrespiratório, e consequentemente, diminui a pressão arterial. Além disso, reduz o risco de diabetes e de câncer do colo uterino e do intestino.

Alivia a ansiedade em aproximadamente, 50%, e aumenta o tônus muscular. As crianças fisicamente ativas têm melhor desempenho escolar, são mais sociáveis, apresentam melhor relacionamento com os pais e amigos e, provavelmente, terão menor tendência ao tabagismo ou ao uso de drogas.

Atividade física pode ser:

Qualquer trabalho que envolva a movimentação do corpo, como:

• Andar, correr, jogar;

• Limpar a casa, lavar o carro e praticar jardinagem ou cultivo de hortas;

• Levar o cachorro para passear;

• Andar em ritmo acelerado;

• Exercícios de alongamento;

• Ciclismo ou natação;

• Dançar.

Todas as formas de recreação ou esporte, que mantenham o corpo em forma, mais forte e jovem, são consideradas atividades físicas. A atividade física regular e frequente, além de prevenir o sobrepeso e a obesidade, é benéfica para a saúde mental e emocional.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
 https://www.portaleducacao.com.br/educacao-fisica/artigos/72400/biomecanica-movimento-do-corpo

terça-feira, 18 de outubro de 2016

PROJETO VIDA SAUDÁVEL NA ESCOLA

Na manhã de segunda -feira dia 17, estivemos na TV Gazeta concedendo entrevista para falar do projeto vida saudável na escola de minha autoria,. projeto este que visa melhorar a qualidade de vida dos alunos de tora a rede educacional de Campo Alegre Al.
Esse projeto visa trazer autonomia ao aluno e a prevenir contra doenças relacionadas à falta de atividades físicas tais como a obesidade, a produção do colesterol LDL E VLDL que são transportadores de triglicerídeos para as células, ou seja: a atividade física associada a uma boa alimentação colabora com a produção de HDL mais conhecido como colesterol bom, incentive essa iniciativa.

http://g1.globo.com/al/alagoas/bom-dia-alagoas/videos/t/edicoes/v/projeto-em-escola-publica-coloca-alunos-para-dancar/5381646/

Veja a baixo o vídeo de nossa entrevista!



domingo, 16 de outubro de 2016

ATIVIDADE FÍSICA: AS RECOMENDAÇÕES DA OMS PARA CADA FAIXA ETÁRIA

Pessoas com limitações causadas por doenças crônicas ou avanço da idade devem ser tão ativas quanto possível, diz órgão

 

 — A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu parâmetros ideais de atividade para cada idade, e afirma que os benefícios do exercício, em qualquer idade, são bem maiores do que qualquer problema que ele possa provocar. Ao nível recomendado de 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana, lesões músculoesqueléticas são incomuns, e os riscos de sofrê-las é reduzido quando a pessoa começa a se exercitar gradualmente. Conheça as recomendações:
Dos 5 aos 17 anos:
Para esta faixa etária, atividade física inclui brincadeiras, jogos, esportes, locomoção, recreação, educação física ou exercício planejado, na família, em família ou durante participação em atividades comunitárias. Para melhorar a capacidade cardiorrespiratória e muscular, a saúde dos ossos, os biomarcadores de saúde cardiovascular e metabólica e reduzir o risco de aparecerem sintomas de ansiedade e depressão são recomendados:
— Pelo menos 60 minutos de atividade física diária, moderada ou intensa.
— Mais de 60 minutos de atividade física diária proprocionam ganhos extras para a saúde.
— A maior parte da atividade física diária deve ser aeróbica. Atividades de grande intensidade devem ser incorporadas, incluindo as que fortalecem músculos e ossos, três vezes por semana.
Dos 18 ao 64 anos:
A atividade física inclui o tempo

de locomoção (por exemplo, caminhar ou andar de bicicleta), ocupação (trabalho), serviços domésticos, jogos, esportes e exercício planejado, que devem ser feitos diariamente, de preferência em companhia da família, dos amigos ou de grupos da comunidade. Para melhorar a capacidade cardiorrespiratória e muscular e a saúde dos ossos, bem como reduzir o risco de doenças não transmissíveis e o surgimento de depressão recomenda-se:
— 150 minutos de atividade aeróbica moderada, ou 75 minutos de atividade aeróbica intensa são o mais adequado.
— A atividade aeróbica deve ser realizada em períodos de pelo menos dez minutos de duração.
— Chegar a 300 minutos de atividade aeróbica moderada ou a 150 minutos de atividade aeróbica intensa trazem benefícios adicionais para a saúde.
— Atividades de fortalecimento muscular, envolvendo os grandes grupos musculares, devem ser feitas em dois ou mais dias da semana.
A partir dos 65 anos:
A atividade física inclui locomoção, ocupação (se a pessoa ainda está engajada no trabalho), serviços domésticos, jogos, esportes e exercício planejado, que devem ser feitos diariamente, de preferência em companhia da família, dos amigos ou de grupos da comunidade. Para melhorar a capacidade cardiorrespiratória e muscular e a saúde óssea e funcional, além de reduzir o risco de doenças não transmissíveis, depressão e declínio cognitivo, recomenda-se:
— 150 minutos de atividade aeróbica moderada, ou 75 minutos de atividade aeróbica intensa são o mais adequado.
— A atividade aeróbica deve ser realizada em períodos de pelo menos dez minutos de duração.
— Chegar a 300 minutos de atividade aeróbica moderada ou a 150 minutos de atividade aeróbica intensa trazem benefícios adicionais para a saúde traz benefícios adicionais.
— Adultos desta faixa etária com mobilidade reduzida devem realizar atividade física três ou mais dias por semana, como forma de melhorar o equilíbrio e evitar quedas.
— Atividades de fortalecimento muscular, envolvendo os grandes grupos musculares, devem ser feitas em dois ou mais dias da semana.

— Adultos desta faixa etária que não possam fazer a quantidade recomendada de atividade física devido a condições de saúde devem ser tão fisicamente ativos quanto suas limitações o permitirem.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

POR QUE PRECISAMOS TOMAR BANHO?


 



A resposta para esta pergunta parece óbvia: temos que tomar banho para ficarmos limpos, cheirosos e saudáveis. Mas esse esclarecimento pode ser ainda mais profundo.

O ser humano precisa tomar banho por uma questão cultural, para a aceitação na sociedade, por questões psicológicas e sociais. O banho significa limpeza e cuidado.

Nós também precisamos tomar banho todos os dias para não ficarmos doentes. A pele humana tem células que formam a epiderme. Sobre as células da epiderme existe uma camada de queratina, um tipo de proteína que não permite que a água passe para dentro do organismo.

Nos poros da pele temos o suor e as glândulas sebáceas. Todos os dias, a nossa pele é renovada, e as células mortas se acumulam. Sendo assim, o banho é importante para remover as impurezas e as células mortas da pele.

Com o banho nós conseguimos equilibrar a presença das bactérias comensais na pele, tipo de bactéria que convive com o ser humano sem causar doenças. Estas bactérias precisam estar em equilíbrio para evitar que outros microorganismos perigosos à saúde fiquem na pele e nas mucosas.

Nós precisamos tomar banho para evitarmos doenças e para retirarmos resíduos naturais da pele, como suor, sebo e células mortas. Só assim conseguimos manter uma pele e um organismo saudável.

Lembre-se que o banho em excesso também pode ser prejudicial, pois pode matar as bactérias comensais, que protegem a pele contra microorganismos nocivos. Fique atento e preserve sua saúde!



segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ENTENDA PORQUE SE FALA TANTO SOBRE GIRO QUANDO COMEÇAMOS A PEDALAR E A SUA IMPORTÂNCIA




Logo quando começamos pedalar já escutamos de ciclistas mais experientes da importância do giro/cadência, de manter um giro alto e constante, mas afinal de contas o que acontece no nosso corpo, em especial em nossos músculos que torna o giro tão importante?
Para entender melhor, vamos começar falando das especificidades de nossos músculos, dos tipos de fibras que o compõem e suas características.
MUSCULOS ATINGIDOS

Os músculos são divididos em 3 tipos de fibras: tipo I, tipo IIa e tipo IIb.
As fibras tipo I são de contração lenta, e usam predominantemente o metabolismo aeróbico (oxigênio) para produzir energia. Esse tipo de fibra tem como característica principal a grande resistência à fadiga e produzem energia de forma gradativa e constante. Atletas de endurance (maratonistas, triatletas, ciclistas) tem predominância desse tipo de fibra.
ESPORTES COM PREDOMINÂNCIA DE FIBRAS DO TIPO I
As fibras tipo IIa, são essencialmente de contração rápida, no entanto são classificadas como fibras mistas, por usarem tanto o metabolismo aeróbico como também o anaeróbico, elas tem uma tolerância menor a fadiga se comparadas as fibras do tipo I.
As fibras tipo IIb , também conhecidas como fibras glicolíticas são de contração rápida (explosiva), e não necessitam da presença de oxigênio para gerar energia. Elas são recrutadas em atividades que necessitam o uso de maior força muscular e por isso desenvolvem maior força numa única contração, porém são mais suscetíveis à fadiga. São exemplos de atletas que tem predominância esse tipo de fibra corredores de 100 m e levantadores de peso.

ESPORTES COM PREDOMINÃNCIA DOTIPO II

A genética é o principal fator determinante com relação ao tipo de fibra predominante em nossos músculos. É muito comum de se ver, dois indivíduos que realizam o mesmo treino numa sala de musculação, tem uma alimentação parecida, no entanto atingem desempenhos e resultados diferentes.

Mas e o giro, o que tem a ver com a “tipagem” de fibras?

O ciclismo de estrada e o mtb são modalidades de endurance/resistência, com treinos e provas de longa duração, em que o metabolismo aeróbico é predominante, consequentemente o tipo de fibra usada nesse tipo de prova é o tipo I, de contração lenta e altamente tolerante a fadiga.

Quanto maior o giro, menor será o esforço exercido pelo ciclista devido ao recrutamento das fibras tipo I, a musculatura em cadências mais altas é preservada, no entanto, é necessário um maior aporte de sangue e oxigênio para a musculatura, o que exige mais do condicionamento cardiorrespiratório. Já em giros mais baixos o ciclista faz mais força e preserva o sistema cardiorrespiratório, mas existe um contraponto: cadência mais baixas demandam mais das fibras tipo IIa e IIb levando os músculos e o corpo a fadiga mais rápida.
TIPOS DE FIBRAS DE CONTRAÇÃO RÁPIDAS


Para perceber a diferença dos tipos de fibras recrutadas durante o pedal não é difícil: num trecho longo e plano em que a cadência é alta e constante as fibras tipo I tem seu trabalho predominante, logo após quando pegamos uma elevação íngreme, em que se torna necessário desempenhar mais força, as fibras glicolíticas (tipo IIa e IIb) entram em ação, e aquela “queimação” sentida nas pernas é uma resposta a fadiga.
Apesar de o ciclismo ser um esporte de resistência e o tipo de fibra predominante usada é a tipo I, de predominância aeróbica, vale ressaltar que grande parte das provas de ciclismo são decididas nos metros finais, quando os sprinters que guardaram todas as suas forças durante a prova usam a explosão muscular, as fibras tipo II, para lutar pelos lugares mais altos do pódio.
 CICLISMO


Ronde van Frankrijk / TDF / Etape Rit/(c) Tim De Waele
Os dois tipos de fibra são importantes e interdependentes, é impossível pensar isoladamente num ou noutro tipo de fibra para otimizar o desempenho. Por mais que o ciclismo seja um esporte de endurance (longa duração), exigindo predominantemente as fibras tipo I (de resistência), as fibras tipo II (força e explosão) também tem papel fundamental – “Nunca vi provas/treinos de ciclismo em que todos andam no mesmo ritmo e em percursos planos” -.
Treinos de volume, em que se enfoca a distância percorrida e o giro alto e constante estimulam mais as fibras resistentes. O treinamento intervalado e o treino de montanha (de elevação)  são estratégias bastante interessantes para trabalhar as fibras de força e explosão.
Na academia é possível realizar treinos específicos para o recrutamento das fibras tipo I e II .Quando bem planejado e orientado, o trabalho em conjunto entre a musculação e o ciclismo é essencial, previne lesões e melhora o desempenho. Vale ressaltar que o acompanhamento de um Educador Físico qualificado faz toda diferença. 
Para encontrar a cadência/giro ideal demanda tempo e consciência corporal, procure realizar um giro/pedalada redonda, harmônica, em que as duas pernas exerçam a mesma força e velocidade, se atente para a troca de marchas nos momentos corretos e lembre-se: quanto menor a oscilação da força da pedalada mais efetivo será o giro/cadência, consequentemente melhor será o seu rendimento.


domingo, 11 de outubro de 2015

Esporte - A importância do esporte na educação




Cada vez mais os esportes vem revolucionando as escolas do país. A preocupação no ensino vem crescendo e uma maneira de incentivo aos nossos alunos é buscar o desenvolvimento nos esportes. Por isso, a importância do esporte na educação.
A prática esportiva como instrumento educacional visa o desenvolvimento integral das crianças, jovens e adolescentes, capacita o sujeito a lidar com suas necessidades, desejos e expectativas, bem como, com as necessidades, expectativas e desejos dos outros, de forma que o mesmo possa desenvolver as competências técnicas, sociais e comunicativas, essenciais para o seu processo de desenvolvimento individual e social.
O esporte, como instrumento pedagógico, precisa se integrar às finalidades gerais da educação, de desenvolvimento das individualidades, de formação para a cidadania e de orientação para a prática social. O campo pedagógico do Esporte é um campo aberto para a exploração de novos sentidos/significados, ou seja, permite que sejam explorados pela ação dos educandos envolvidos nas diferentes situações.
Além de ampliar o campo experimental do indivíduo, cria obrigações, estimula a personalidade intelectual e física e oferece chances reais de integração social.
Em meio a estas descobertas do esporte o que vem revolucionando hoje em dia as escolas é o chamado Esporte Radical. A adrenalina, emoção e o prazer de se exercitar nesta aventura faz com que o aluno alcance diferentes maneiras de aprender um movimento e de se integrar ao meio social.
Ensinar a prática de esportes radicais é preparar o aluno para executar determinadas habilidades por meio da descoberta do prazer de se exercitar. Tudo isso envolvendo segurança, bons profissionais e educadores sempre por perto.
Para a criança ou adolescente estar em contato com a adrenalina, natureza e aventura é o modo de desenvolver outras habilidades e nesta hora que é mostrado o potencial de cada um. 
Através destas aulas é possível adequar as disciplinas dadas em sala de aula, mostrando e fazendo com que a criança se desenvolva melhor.


Conheça algumas bibliografias:
- PAES, Dr.Roberto Rodrigues. Pedagogia do esporte e os jogos coletivos.
- TUBINO, Manoel José Gomes. As dimensões sociais do esporte. SP, editora Cortez, 1992.
- PICOLO, V.L.N. (org.). Pedagogia do esporte. Campinas: Papirus, 1999.
- MARCELINO, N.C. Pedagogia da animação. Campinas: Papirus, 1990.
- HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura; Tradução de João Paulo Monteiro. São Paulo: Perspectiva, 1872 - 1945.
- BRUHNS, H.T. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas, Papirus, 1993.
- TANI, Go (ETAL.). Educação física escolar: Fundamento de uma abordagem desenvolvimentista (13:2). São Paulo: EPU, 1988.
- LEITE, Marcio Monteiro. Educação física: Implicações da prática desportiva precoce no crescimento e desenvolvimento infantil.
- BRACHT, V. Sociologia crítica do esporte: Uma introdução. Vitória: UFES, 1997.
- FREIRE, João Batista. A criança do brinquedo e do esporte. UNICAMP/Campinas, publicação da revista da ciência.
- FERREIRA, Vera Lúcia da Costa. Prática de Educação Física no 1º grau: modelo de reprodução ou perspectiva de transformação?. São Paulo, IBRASA, 1984
.- NÓVOA, Antônio (coord.) Os professores e sua formação. Lisboa, Dom Quixote, 1997.
- TUBINO, Manoel José Gomes. Em busca de uma tecnologia educacional para as escolas de Educação Física. São Paulo, IBRASA, 1980.

Tecnologia Educacional: das máquinas de aprendizagem à programação funcional por objetivos. São Paulo: IBRASA, 1984.

TRANSPORTE DE BICICLETAS - FINALMENTE, CONTRAN DEFINE NORMAS


Lei que regulamentava o assunto era de 1979 e gerava dúvidas, principalmente quanto à fiscalização. Nova resolução traz poucas alterações, mas esclarece pontos obscuros




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 postado em 04/06/2010 12:54 Paula Carolina /Estado de Minas

Julio Cezar colocou a placa adicional na bicicleta, mas, por lei, deverá ter o selo
Desde a entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que um ato aparentemente simples — o transporte de bicicleta em automóvel ou picape — causava transtornos a ciclistas e usuários de fim de semana. O novo código não aprofundou no assunto, deixando lacunas, e nem os agentes de fiscalização se entendiam. O maior prejudicado era o motorista, que tentava cumprir a lei mas acabava multado, penalizado pela falta de legislação específica. Com a publicação da Resolução 349, na segunda semana de agosto, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamenta o assunto, estabelecendo regras claras para o transporte. A nova lei passa a valer 90 dias depois de sua publicação, ou seja, em 18 de agosto.

"Há pouco tempo, fui multado, dentro de Belo Horizonte, transportando a bicicleta em um suporte fixado na traseira do veículo. De fato, a visibilidade da placa traseira estava prejudicada, mas exatamente por isso eu havia pendurado uma segunda placa e o agente viu que a placa era idêntica à do carro", diz, indignado, o treinador de ciclismo Julio Cezar Queiroz Machado, que há três anos, sem sucesso, vem tentando esclarecer junto a diversas autoridades de trânsito qual seria a maneira adequada para transportar a bicicleta.

NA TRASEIRA OU NO TETO
Em casos como o de Julio Cezar, em que a bicicleta for transportada na parte traseira do carro, encobrindo a placa, a adoção da segunda placa de identificação, no lado direito da traseira do veículo e instalada no para-choque ou na carroceria, é um dos pontos definidos pela nova resolução. Esta placa, no entanto, terá que ser lacrada e fixada pelo órgão de trânsito do estado ou município (Detrans ou delegacias de Trânsito). E continuam valendo exigências importantes: a largura da bicicleta não pode ultrapassar a do veículo e não podem ser encobertos indicadores de direção, luzes de freio e dispositivos refletores (veja quadro). Outra decisão fundamental: fica claro que a bicicleta poderá ser transportada em suportes de fixação no teto do automóvel, em pé ou deitada, ponto que também gerava controvérsias.

"Algumas autoridades entendiam que, no teto, as bicicletas só poderiam ser transportadas deitadas, para não ultrapassar 50cm de altura (limite determinado para cargas). Agora, o Contran definiu as bicicletas como objeto indivisível e uma exceção, podendo ser transportadas também em pé. Muito legal esse tratamento", pondera o organizador da Copa Internacional de Mountain Bike, Rogério Bernardes Ferreira. Ele completa que, embora as mudanças tenham sido pequenas, o mais importante foi a regulamentação: "É importante agora disseminar a informação. Esclarecer os usuários sobre a maneira melhor, e correta, de transportar a bicicleta. Vai ser bom para o ciclista e para a fiscalização, que também tinha dúvidas".

TIPOS
Com relação à largura da bicicleta, que normalmente ultrapassa a do carro, quando usados os suportes fixados na traseira, Rogério lembra que basta tirar a roda dianteira da bicicleta para resolver o problema: "A roda dianteira é fácil de tirar. E você pode colocá-la dentro do porta-malas ou pendurada no próprio quadro". No que diz respeito aos suportes existentes, ele afirma que há interessantes racks no mercado, leves e práticos, que são acoplados às bolotas dos engates. Os preços variam muito, mas é possível encontrar suportes a partir de R$ 100.

Com relação ao transporte no teto, quem explica é Guilherme Falci, da Giro Sport Center: "Quando não há barras é preciso adquiri-las e depois as calhas, que são colocadas no sentido transversa"”. Tanto as barras quanto as calhas são encontradas por diversos preços e de diferentes marcas. Mas, com menos de R$ 400 é possível comprar tudo.

NA CAÇAMBA
As bicicletas também poderão ser transportadas em picapes, mesmo que haja necessidade de abertura do compartimento de carga (desde que somente durante o transporte).

POR DENTRO DA LEI
O transporte de bicicletas era regulamentado pela Resolução 549, de 1979, ainda sob a vigência do antigo Código Nacional de Trânsito. E o de cargas, pela Resolução 577, de 1981 (cerne da dúvida sobre o transporte no teto, devido à exigência de altura máxima de 50cm). Ambos foram revogadas pela nova Resolução 349 (que também regulamenta o transporte de cargas), publicada no dia 20, mas com previsão de entrar em vigor a partir de 18 de agosto.

Entre as exigências: a bicicleta não poderá atrapalhar a visibilidade nem comprometer a estabilidade do veículo; não poderá provocar ruído nem poeira; não poderá ocultar as luzes de freio, indicadores de direção e dispositivos refletores (ressalvada ocultação da lanterna de freio elevada); não poderá exceder a largura máxima do veículo nem ultrapassar as dimensões autorizadas para veículos (Resolução 210/2006); todos os acessórios como cabos, correntes, lonas, grades ou redes, que sirvam para acondicionar, proteger e fixar a carga, deverão estar devidamente ancorados.

Segunda placa traseira de identificação: será obrigatória na hipótese do encobrimento da placa traseira; terá que ser colocada em local visível, ao lado direito da traseira do veículo, podendo ser instalada no para-choque ou na carroceria, admitido o uso de suportes adaptadores; deverá ser lacrada na parte estrututal em que estiver instalada.

É considerada carga indivisível e, portanto, poderá ser transportada em caçamba, mesmo que com o compartimento de carga aberto, mas deve respeitar o peso máximo estabelecido para o veículo.

Multa: conforme a falha cometida, o motorista está sujeito a infrações distintas – conduzir o veículo sem uma das placas de identificação (artigo 230/multa de R$ 191,54, perda de sete pontos, possibilidade de apreensão e remoção do veículo); transitar com o veículo derramando, lançando ou arrastando sobre a via carga que esteja transportando (artigo 231, inciso II/mesma multa e pontuação, retenção do veículo para regularização); transitar com dimensões da carga superiores aos limites estabelecidos (artigo 231, inciso IV/multa de R$ 127,69, perda de cinco pontos, retenção do veículo); transitar com excesso de peso (artigo 231, inciso V/multa de R$ 85,13, quatro pontos, remoção do veículo); transportar, em veículo destinado a passageiros, carga excedente (artigo 248/multa de R$ 127,69, cinco pontos, retenção para o transbordo).