domingo, 17 de abril de 2011

O NOSSO CÍCLO DE VIDA COMEÇA AÍ!




GESTAÇÃO MÊS A MÊS

Nos seres humanos, a gravidez se refere ao estado resultante da fecundação de um óvulo pelo espermatozóide, envolvendo o subsquente desenvolvimento do feto gerado no útero, que dura cerca de 9 meses, até seu nascimento.

A idade embriológica da gestação é contada a partir da fecundação do óvulo. No entanto, é praticamente impossível a identificação do momento em que ocorreu a fecundação ou a data correta do coito ou da ovulação. Por isso, convencionou-se contar a idade da gravidez a partir de um marco mais fácil de identificar: o primeiro dia do último período menstrual da mulher. Trata-se da idade obstétrica da gravidez. Quando o clínico ou o ultrassonografista se refere a qualquer idade gestacional, está usando como marco esta data. É evidente que no período entre o início do ciclo menstrual e a fecundação (supostamente ocorrida 14 dias depois do início do ciclo menstrual) ou a nidação(considerando-se o início fisiológico da gravidez na mulher) não há ainda a gravidez. Trata-se de marcador impreciso, mas é o único disponível.
A idade gestacional (IG) é definida como o tempo transcorrido entre o primeiro dia da última menstruação (DUM) e a data atual, medido em semanas e dias. A duração da gravidez tendo-se como base a DUM é, em média, de 280 dias ou 40 semanas, 10 meses lunares (de 4 semanas). Devemos nos lembrar que a duração da gestação varia segundo as características da mãe e do concepto. Também pode haver imprecisão na caracterização do último período menstrual.
Em aproximadamente 20% dos casos, observa-se discordância entre a idade gestacional calculada pela DUM e aquela estimada pela ultrassonografia. O exame ultrassonográfico é mais preciso para a avaliação da idade gestacional quando efetuado precocemente. Quanto mais precoce o exame, mais precisa esta avaliação. Nesses casos, se a idade calculada pela DUM se situar dentro da margem de erro da estimativa ultrassonográfica (aproximadamente ±1 semana no 1° trimestre da gravidez, ±2 semanas no 2° trimestre da gravidez e ±3 semanas no 3° trimestre da gravidez), ela é aceita como correta. Caso contrário, utiliza-se a idade calculada pela ultrassonografia como datação para a gestação.
A gravidez pode acontecer de várias formas. A mais comum acontece quando o pênispenetra a vagina. Quando há uma grande expelição de esperma, alguns espermatozoidespodem conseguir atingir o óvulo. Uma outra forma é pela fertilização in vitro.
1ª a 4ª semana:


O óvulo fertilizado subdivide-se em diversas células, ao mesmo tempo que avança pela trompa de Falópio. Ao chegar à cavidade do útero (por volta do quarto dia após a fertilização) é já uma pequena bola (ainda não visível a olho nu), constituída por cerca de 100 células. Neste período, o ovo vai-se desenvolvendo até atingir perto de 0,3 cm de comprimento.


Mãe: Nenhum sintoma
5ª a 6ª semana:


O embrião flutua no saco de líquido e terá quase 1 cm. A cabeça começou a ganhar forma e nas suas quatro concavidades aparecerão, mais tarde, as orelhas e os olhos. Quatro pequenos cotos formarão os membros.

Desenvolve-se a barriga e o peito e começa a constituir-se o coração e o sistema circulatório.


Mãe: A menstruação está atrasada há mais de duas semanas, os seios estão inchados, os mamilos mais sensíveis e com uma tonalidade mais escura. Surgem as náuseas e os vómitos, possivelmente um sinal da presença da hormona presente na gravidez - a gonadotrofina coriónica.

Outros sintomas vão-se juntando a estes: um aumento da circulação sanguínea, aumento dos batimentos cardíacos, baixa da tensão arterial e uma produção aumentada de progesterona. Toda esta série de modificações trazem um aumento de cansaço e um sono quase incontrolável. Além da frequente azia existe um aumento da vontade de urinar com bastante frequência.

Para confirmar a gravidez, o médico assistente faz um exame ginecológico. Um teste laboratorial verifica a dosagem, na urina ou sangue, da hormona Beta HCG. Se o resultado for positivo, então a futura mãe está de parabéns: um bebé vem a caminho e com ele, muitas mudanças na vida do casal. 



Orientações:


- Para aliviar os enjoos, chupe gelo, limão ou sumo de hortelã.

- O cigarro está proibido e o consumo de álcool restrito durante toda a gravidez.

- Não tome qualquer medicamento nem faça radiografias sem orientação do seu médico assistente.
- Consuma mais alimentos ricos em ácido fólico, como o feijão, grão-de-bico, lentilha, espinafre, brócolos, couve-flor, repolho cru, cenoura, fígado, levedo de cerveja, pão integral, laranja e banana. Ajudam a prevenir anomalias cardíacas, malformações e alterações congénitas.

7ª semana:


Com cerca de 1,3 cm, o embrião tem a cabeça inclinada sobre o peito e o rosto está já a ganhar forma. Os braços e as pernas são agora mais visíveis. O coração começa a desempenhar a sua função. O bebé já possui intestinos, rins, fígado, pulmões. Em formação estão os órgãos sexuais, as células ósseas e o sistema nervoso.
8ª semana:


O embrião continua a crescer até perto dos 3 cm, sendo agora chamado de feto. O rosto já é mais visível, a língua já está formada e as partes internas das orelhas estão a tomar forma. As pernas e os braços estão agora mais compridos e têm os dedos em fase final de formação. Já se distinguem os ombros, as ancas, os cotovelos e os joelhos. Os órgãos internos estão quase todos desenvolvidos. O bebé mexe-se bastante, apesar de a mãe não sentir.
12ª semana:


Mede agora cerca de 5 a 6,5 cm e pesa perto de 18 gr. Tem os órgãos internos formados, estando parte deles em funcionamento. O alimento e o oxigénio são-lhe levados pelo cordão umbilical, que se encontra ligado ao umbigo e à placenta. O bebé mexe os músculos da boca e já consegue engolir. As pálpebras estão formadas, assim como os lóbulos das orelhas.

Os dedos já abrem e fecham e começam a aparecer as unhas. O bebé mexe-se cada vez mais, dado que os músculos se desenvolvem com rapidez. 


Mãe: O índice mais alto de progesterona influi directamente nos movimentos dos intestinos, causando a prisão de ventre que, nalguns casos, se prolonga até o final da gestação.

Aumentam as células produtoras de leite e os canais que o transportam até aos mamilos. As mamas crescem, ficam muito mais sensíveis e com a temperatura elevada, devido ao maior fluxo sanguíneo por toda a região; o próprio organismo começa a preparar os seios para a amamentação.

O corpo ganha formas arredondadas. A essa altura, a grávida já deve ter engordado cerca de dois quilos; a média ideal é de 800g a 1kg por mês.
Na visita pré-natal, o seu médico assistente vai pedir os seguintes exames: urina, hemograma completo, creatinina, uricémia, grupo sanguíneo e factor Rh, HIV, glicemia de jejum (diabetes), reação sorológica para citomegalovírus, hepatite, sífilis, rubéola e toxoplasmose, e a primeira ecografia.



Orientações:


- Adopte um esquema alimentar equilibrado, que garanta os nutrientes necessários para uma gestação saudável.


- Intestino preso? Utilize mais alimentos como germe de trigo, ameixa, aveia e os mais ricos em fibra no geral.


- Beba, pelo menos, dois litros de líquidos por dia, entre sucos, vitaminas e água. Ajuda a evitar os inchaços nos dedos e tornozelos, causados pelo mau funcionamento dos rins.


- Cuide da beleza: hidrate a pele da barriga, dos seios, das coxas e da face para prevenir a formação de estrias. No Verão, não saia de casa sem usar um protector solar: na gravidez, a pele fica mais sujeita ao aparecimento de sardas e manchas escuras. 
16ª Semana:


O bebé mede 16 cm e pesa 135 g. Está quase formado e a ecografia já é capaz de identificar o seu sexo. Nesta fase, começam a desenvolver-se os ossos, estando já formadas as articulações dos braços e das pernas. O bebé já tem pescoço e crescem-lhe agora as pestanas e as sobrancelhas, bem como uma camada de penugem fina sobre a pele. O peito mostra sinais respiratórios. Com um aparelho de ultra-som, o médico já consegue ouvir o seu ritmo cardíaco. O bebé mexe-se muito, sem que a mãe o sinta, e crescerá bastante ao longo deste mês.


Mãe: Tonturas, palpitações e taquicardia são comuns nesta fase; efectivamente, há um litro e meio a mais de sangue a circular pelo seu corpo, percorrendo um trajecto maior, para nutrir e alimentar o feto e a placenta.

Por causa disso, o coração passa a bombear mais rapidamente, o fluxo sanguíneo em direcção ao cérebro é reduzido e a tensão arterial baixa; algumas senhoras grávidas sentem cãibras, principalmente à noite.


E se for uma gravidez em idade superior a 35 anos?

É importante, então, vários estudos desde o exame da biópsia do vilo-corial, para detectar o risco de doenças cromosómicas ou ligadas ao tubo neural.

A salivação aumenta, torna-se mais ácida e as gengivas sangram com facilidade, exigindo uma higiene oral cuidadosa; as veias, mais dilatadas, podem provocar o aparecimento de varizes e hemorróidas.



Orientações:


- Aumente o consumo de fígado, rins, ovos, trigo integral, ameixas, uvas e vegetais verdes; o organismo na gravidez tem uma necessidade aumentada de alimentos ricos em ferro.


- Contra as cãibras, estenda as pernas e flexione os tornozelos e dedos dos pés para cima, em direcção ao joelho.


- Uma pitada de sal, por baixo da língua, ajuda a elevar a tensão e alivia a tontura.


- Comece a preparar os seios para a amamentação; quando se enxugar, após o banho, friccione os mamilos com a toalha: fortalece a pele e evita as rachaduras nos bicos. Sol directo, sempre que possível, também ajuda. 
20ª Semana:


O bebé mede 25 cm e pesa 340 g. Começa a ter os primeiros cabelos. Forma-se uma substância protetora da pele do bebé no útero - o vérnix. Ao mesmo tempo, o sangue da mãe fornece substâncias que lhe dão resistência a certas doenças nas primeiras semanas de vida. O bebé reage agora aos ruídos exteriores e movimenta-se com frequência, apesar de reservar alguns períodos ao descanso.


Mãe: Os enjoos passaram e o risco de aborto também; mas tantas mudanças no corpo, em simultâneo com as alterações hormonais, modificam a estabilidade emocional; a grávida sente-se mais insegura, angustiada, e com medos; passa do choro ao riso sem motivo aparente.

É normal, também, que o desejo sexual se altere, para mais ou para menos; as causas podem ter uma origem puramente biológica ou estarem associadas a um medo inconsciente de ferir o bebé durante o acto sexual.

Além dos mamilos, a gestante pode notar um escurecimento da pele também na região genital, nas axilas, em sinais e cicatrizes; Não é de assustar; tal acontece por causa do excesso de produção de melanina. Algumas mulheres apresentam, ainda, manchas escuras no rosto.
O médico assistente vai pedir novas análises nesse período; como prevenção, e se a idade for superior a mais de 35 anos ou já é mãe de uma criança com síndrome de Down, terá de ser efectuado o exame da amniocentese, para garantir se o feto sofre ou não de alguma anomalia genética.



Orientações:


- Os exercícios físicos são importantíssimos para o bem-estar geral e vão ajudar muito no momento do parto; há que dar preferência às caminhadas, natação, hidroginástica ou até mesmo o ioga.


- Nalguns casos mais específicos e especiais um curso de preparação de parto e cuidados com o bebé é aconselhável: além de efectuar ginástica específica, sempre se conhecem outras grávidas, onde se trocam dúvidas, medos e experiências comuns.


- Converse com o companheiro sobre a vida sexual; juntos, encontrarão as posições e a frequência mais indicada para estes mêses. 

24ª Semana:


O bebé mede agora 33 cm e pesa 570 gr. Começam a formar-se as primeiras glândulas sudoríparas e os músculos encontram-se já em actividade intensa. A pele torna-se mais espessa, mas o bebé está ainda muito magro, pois não existe ainda acumulação de gordura. Já ouve a voz da mãe e sobressalta-se com ruídos repentinos. Também já faz algumas expressões faciais. De vez em quando dá socos, pontapés e cambalhotas e pode ter soluços e tosse.


Mãe: A secreção vaginal aumenta e está mais ácida, criando um ambiente propício aos fungos e infecções urinárias; sintomas como ardor ao urinar e prurido ou coceira no tracto urogenital devem ser transmitidos ao médico.

As alterações no metabolismo fazem surgir os chamados desejos, pela própria carência de determinadas substâncias no organismo; nalguns alguns casos, podem estar ligados a factores emocionais, quando a mulher procura uma compensação na comida.

A pele e os cabelos estão diferentes: secos ou oleosos demais; o problema resolve-se, comprando produtos específicos, de preferência à base de compostos naturais.
Novidades na ecografia: além de acompanhar o desenvolvimento da gravidez, por vezes, já é possível saber o sexo do bebé.



Orientações:


- Há que ter gosto no guarda-roupa e nos cuidados com a aparência; há uma sensação de bem estar e a sensação de estar bonita é fundamental, neste momento de tantas transformações.


- Atenção à forma: nada de exagero nos doces, condimentos, massas ou sal, mesmo quando a vontade se torna incontrolável.


- Não é altura boa para se apanharem gripes ou de se contrair qualquer tipo de vírus; evitar choques térmicos, correntes de ar e ambientes fechados, com muita gente e cigarro. 

28ª Semana:


O bebé mede 37 cm e pesa cerca de 1 kg. Começa agora a acumular alguma gordura. Os pulmões encontram-se na fase final de desenvolvimento. Como possui imensas papilas gustativas, o seu gosto é bastante apurado. A parte do cérebro responsável pelo raciocínio está bastante desenvolvida e, portanto, já reage à dor como um bebé nascido. A audição é quase perfeita e os olhos já se abrem.

Mãe: Não estranhe alguns desconfortos normais nesta fase; as costas doem, estão sobrecarregadas pelo peso da barriga e pelas articulações da bacia que se vão afrouxando para facilitar o parto. Há uma continuidade da necessidade de urinar a todo o momento; Mas, agora porque a cabeça do bebé passa a comprimir a bexiga para baixo, diminuindo a capacidade de segurar a vontade.

A temperatura do corpo está mais elevada, causando uma transpiração excessiva; é hora de aumentar o consumo de líquidos e procurar ambientes não muito aquecidos.

Há um grande cansaço: reservar algum tempo após o almoço ou no final da tarde, com uma boa soneca para recompor as energias.
Há que começar a pensar na decoração do quarto e no enxoval do bebé. Existem casas comerciais hoje na cidade já muito específicas para este tipo de escolha ou orientação. Atenção à estação do ano em que o bebé vai nascer, para evitar comprar peças que ele nunca chegará a usar. Não esquecer de preparar a malinha do bebé para a maternidade. 



Orientações:


- Não diminuir a quantidade de líquidos para urinar menos; evitar, também não urinar, quando sentir vontade; daqui em diante, não esquecer de se acompanhar de lenços de papel na bolsa, para as possíveis emergências.



- Há que aumentar o consumo de cálcio, que fortalece os ossos e dentes, quer da grávida, quer do bebé.



- Saltos médios, sentar-se com a coluna recta, dormir num colchão mais duro e não carregar pesos ajudam a aliviar as dores nas costas. 

32ª Semana:


O bebé mede 40,5 cm e pesa 1,6 kg. Já está completamente formado e a sua cabeça está mais proporcional ao corpo. Nesta fase, começará a engordar um pouco mais. Já distingue a luz da escuridão. É provável que já esteja de cabeça para baixo.


Mãe: O organismo retém mais líquido, a circulação não fluí como dantes; resultado: pernas, tornozelos e pés inchados. 

O útero bastante aumentado de volume pressiona o diafragma, causando falta de ar; a azia volta, e então podem sentir-se cãibras, principalmente à noite.

Os desconfortos são muitos, mas a barriga enorme anuncia que o bebé está já a chegar. 
É o momento ideal também para completar, o enxoval do bebé.
Há que redobrar a atenção na condução: os reflexos estão mais lentos; evitar viajar de avião, a não ser que haja necessidade imperial.
Neste mês, será efectuada a última ecografia que, além de avaliar as condições da placenta, vai confirmar a posição do bebé para o parto.



Orientações:


- Contra os inchaços, diminuir a quantidade de sal na comida, e todas as noites, antes de dormir, mergulhar os pés numa bacia de água quente com sal. O alívio é imediato.



- Se existir tensão arterial elevada e houver a formação de edemas (inchaços), procurar imediatamente o médico.



- Para diminuir a sensação de peso causada pelas varizes, deitar sempre com as pernas mais elevadas que a cabeça.

- Incluir pacotes de fraldas descartáveis na lista da malinha do bebé; elas serão muito úteis, principalmente nos primeiros meses. 

36ª Semana:


O bebé mede 46 cm e pesa 2,5 kg. A cabeça deverá estar já na cavidade pélvica (nas mulheres que já tiveram filhos, este processo poderá atrasar-se até ao início das primeiras contracções). Ocupa todo o espaço do útero e dá pontapés e socos. A sua pele está agora mais rosada e o cabelo pode ter até 5 cm de comprimento. Está quase pronto a nascer. Aliás, se nascesse com este tempo, teria boas capacidades de sobrevivência.


Mãe: Maçãs da face mais redondas, seios encaroçados e muitas dores nas costas. 

As pernas também estão pesadas e há tem dificuldades para se sentar ou levantar. 

Ao deitar de barriga para cima, a sensação é de falta de ar. Há que ter calma e paciência pois em breve tais sintomas vão desaparecer e o bebé estará finalmente cá fora.
Mais do que nunca, é preciso aproveitar todo o tempo livre para relaxar: ir ao cinema, visitar uma amiga, ficar em casa a ler ou distraindo-se na televisão; Sem deixar de lado as medidas práticas, como passar as roupinhas do bebé e arrumar as malas para a maternidade.
É importante também, agora, escolher, junto do médico assistente e do obstetra, o tipo de parto mais indicado, decidir sobre o Hospital ou Casa de Saúde para onde vai e ter conhecimento dos seus direitos, como a licença-maternidade, por exemplo.



Orientações:


- Deitar-se virada para o lado esquerdo melhora a circulação e a respiração; experimentar com um travesseiro extra que pode servir de apoio.



- A vida sexual não precisa ser interrompida, a não ser por recomendação médica; basta encontrar as posições mais confortáveis.



- Conversar com o médico obstectra sobre o tipo de anestesia que ele vai utilizar, caso seja um parto que a necessite, esclarecendo os antecedentes pessoais e familiares de reacções alérgicas a qualquer medicamento.

- Manter de perto e ao alcance de todos os telefones de familiares, da ambulância, da maternidade ou do obstetra. Ter muita atenção, também, ao tempo que leva a chegar de casa à maternidade. 

40ª Semana:


Não dá para ter certeza absoluta do tamanho que seu bebê terá ao nascer, mas a média dos recém-nascidos vem ao mundo com cerca de 3 quilos e medindo por volta de 50 centímetros. Está preparado para nascer.
Os ossos da cabeça do nenê ainda não estão totalmente unidos, o que permitirá que eles se sobreponham um tantinho se a passagem do canal de parto estiver bem apertada. Essa flexibilidade óssea é o motivo por que muitas crianças nascem com uma cabeça que lembra um cone. Se for o caso do seu filho, não se preocupe, já que isso é perfeitamente normal e temporário.


Mãe: Todo o corpo pesa, há dificuldades na locomoção e movimentos, mas há que insistir nas caminhadas e nos exercícios de respiração e relaxamento. As dores nas costas, a falta de posição para dormir e a ansiedade impedem um sono tranquilo e estável.

Nestas últimas semanas, as visitas ao médico passam a ser semanais; é o momento de esclarecer todas as dúvidas que ainda existam, e escolher, definitivamente o tipo de parto a ser feito.

Mais do que nunca, ficar atenta aos sinais de alarme: 
Um sangramento nesta altura, pode significar o deslocamento prévio da placenta, ou seja, a sua separação do útero antes da hora do parto, e que vai deixa o bebé sem oxigênio e nutrientes. Caso aconteça, correr imediatamente para a maternidade.



Final do nono mês: a barriga desceu e as contracções, que começaram lá pela 28ª semana, intensificam-se e chegam em intervalos cada vez menores; quando surgirem a cada 20

minutos, é hora de seguir para a maternidade, com ou sem o rompimento da bolsa das águas. Em breve, o bebé irá nascer. Para a alegria de toda a família.


Orientações:


- Um banho morno, de preferência de banheira, e um chá de camomila ou tília, antes de se deitar, ajudam a relaxar e a dormir melhor.



- Abasteçer a despensa para, tão cedo, não pensar em supermercados e compras. Não são horas de carregar sacos ou empurrar carrinhos com abastecimentos.



- Passar uma tarde no salão de beleza e cabeleireira; cortar os cabelos, acertar as sobrancelhas, cuidar das mãos e dos pés e porque não, alguma depilação a fazer? Tudo para receber confortavelmente e com boa aparência o tão desejado bebê!

terça-feira, 12 de abril de 2011

É IMPORTANTE PRATICAR ALGUMA ATIVIDADE FÍSICA!

Reserve 30 minutos por dia para a sua saúde


Todos já sabem que exercícios são importantes para manter uma vida saudável e evitar doenças, mas o que fazer para manter a saúde em dia? Baseado nas recomendações internacionais de 30 minutos de exercício diário, o UOL Ciência e Saúde preparou um plano de exercício para você sair do sofá, ou pelo menos usá-lo para se exercitar. Se você quer ainda perder uns quilos, aumente para 90 minutos e não dispense o acompanhamento médico.
Fazer exercícios regularmente é muito importante para reduzir o risco de doenças degenerativas como diabetes, pressão alta, colesterol alto e até mesmo câncer. Indivíduos ativos tendem a viver mais e com mais saúde.
Mesmo quem já possui alguma doença crônica, os exercícios ajudam no controle. Entre outras coisas, eles auxiliam na diminuição do nível de açúcar no sangue, da pressão, do colesterol e do risco cardíaco, além de auxiliar no aumento da densidade óssea, importante para quem possui osteopenia e osteoporose.
Para manter a saúde, o Colégio Americano de Medicina Esportiva (Came), maior organização de medicina e exercício no mundo, indica 30 minutos de atividades físicas aeróbias de intensidade moderada a alta por dia em cinco dias por semana ou 20 minutos de atividade física vigorosa três vezes por semana.
Faça: 30 minutos de atividades aeróbicas com intensidade moderada a alta por 5 dias na semana; ou

20 minutos de atividade vigorosa três vezes por semana
Além disso, eles recomendam 20 minutos de exercícios de força pelo menos duas vezes por semana. Essa indicação é reproduzida por diversos órgãos de saúde e governos, inclusive pela organização mundial de saúde e o governo brasileiro.
Em termos práticos, para quem é sedentário é melhor começar com atividades de intensidade moderada, para depois pensar em atividades mais intensas. A professora do Departamento de Biodinâmica do Movimento do Corpo Humano da Escola de Educação Física e Esporte  da USP (EEFEUSP), Claudia Forjaz, comenta que sedentários não devem iniciar as atividades com 30 minutos, comece com 10 ou 15 minutos e vá aumentando até os 30.
As recomendações mostram que não há diferença para a saúde em fazer 30 minutos seguidos ou divididos pelo dia (em partes de no mínimo 10 minutos). Portanto, se não aguentar ou tiver tempo para os 30 minutos, pode dividir em três sessões de 10 minutos ou duas de 15 minutos, por exemplo.
Os exercícios aeróbios podem ser caminhar, correr, andar de bicicleta, nadar, pular corda etc. Procure uma atividade que lhe atraia para não enjoar e parar depois.
Uma dúvida comum é como saber qual intensidade do exercício. O Came explica que uma atividade moderada é aquela que é capaz de aumentar os batimentos cardíacos, causar suor e alterar a respiração, mas ainda permite que você mantenha uma conversa.
Os 30 minutos por dia podem não ser suficiente para quem quer perder peso, as recomendações nesses casos podem chegar a 90 minutos diários, mas é necessário um acompanhamento profissional para ter melhores resultados.

sábado, 9 de abril de 2011

NA EDUCAÇÃO FÍSICA VOCÊ PRECISA DE PLANEJAMENTO PARA NÃO CAIR NA MESMICE! (ENTÃO EU TROUXE AULGUNS EXEMPLOS DE PLANOS DE AULA PRA VOCÊ)



Sequência Didática Ensino Fundamental II
Saúde e qualidade de vida
Bloco de Conteúdo
Conhecimento sobre o corpo
Conteúdo
Conhecimento sobre o corpo
Objetivos
- Compreender conceitos e procedimentos básicos sobre atividade física, exercício, saúde e qualidade de vida e como eles se relacionam.
- Participar de um programa de exercícios físicos.

Conteúdos
- Treinamento e condicionamento físicos.
- Conceitos de atividade física, exercício, saúde e qualidade de vida.

Anos
6º ao 9º ano.

Tempo estimado
16 aulas.

Material necessário
Computador com acesso à internet e fichas de registro (como a apresentada na 2ª etapa desta sequência).

Desenvolvimento
1ª etapa
Converse com os alunos sobre atividades físicas e exercícios. Qual a diferença entre eles? O que é aptidão física e como desenvolvê-la? Saúde e qualidade de vida são a mesma coisa? Quais as semelhanças e diferenças? Quais são as atividades físicas e os exercícios praticados por eles dentro e fora da escola? Qual a periodicidade da prática? Quais benefícios trazem para a saúde? Depois de responderem a essas questões, exponha outras. Quais as práticas mais indicadas para o desenvolvimento da aptidão física? E as melhores para a força muscular, a resistência cardiovascular, a flexibilidade e a manutenção de um peso adequado?

2ª etapa
Realize uma avaliação da aptidão física de cada um, mensurando indicadores como o
Índice de Massa Corporal (IMC) e a potência aeróbica. Os dados devem ser registrados em fichas (veja um modelo abaixo), que devem ser analisadas no início e no fim da realização do programa. Nelas, também há espaço para anotar as atividades realizadas.

Flexibilização
Solicite aos alunos com deficiência um atestado médico que detalhe suas necessidades específicas e dispense os cadeirantes do teste de Cooper.
Ficha
3ª etapa
Reúna os estudantes em grupos e oriente-os a pesquisar algum tema relacionado à prática física para a apresentação de seminários. Por exemplo, frequência e intensidade da atividade, aptidão física, práticas mais adequadas a determinada faixa etária e vestimentas necessárias.

Flexibilização
Peça que as pesquisas incluam informações das especificidades das práticas para deficientes físicos.

4ª etapa
Entregue um roteiro aos grupos com orientações sobre seminários. É importante, por exemplo, que todas as apresentações contemplem informações básicas sobre cada tema. Durante as apresentações, oriente a turma a fazer boas perguntas. Qual a prática mais indicada para um idoso? É verdade que o exercício só funciona quando sentimos dor ao praticá-lo?

5ª etapa
Selecione com os alunos os exercícios mais indicados para proporcionar um bom desenvolvimento da aptidão física (e que possam ser realizados na escola, como futebol, corrida e alongamento) e elabore uma rotina para eles praticarem. Verifique e monitore a qualidade da prática de todos. Tudo deve ser registrado nas fichas de avaliação. Sugira também que eles registrem no caderno percepções subjetivas sobre melhoras do humor e do sono e se notaram o aumento de apetite.

Flexibilização
Adapte os exercícios para os deficientes praticarem também e explique a importância de se alongar para estimular os membros paralisados.

6ª etapa
Convide a turma a analisar o entorno da escola. Há espaços adequados para exercícios físicos (como parques e clubes)? Nesse momento, também é interessante levar os alunos a uma academia para conversar com os professores e os frequentadores a respeito dos melhores métodos de treinamento e condicionamento físico.

7ª etapa
De volta à escola, converse sobre mitos e verdades sobre exercícios físicos, o uso de anabolizantes e a prática de esportes em excesso.

Avaliação
Mensure novamente o IMC e a potência aeróbica de cada estudante e registre-os nas fichas. Comente as mudanças subjetivas. Analise os resultados com o grupo, avaliando se o tempo de prática e realização do programa foi suficiente para que cada um observasse alguma evolução no nível de aptidão física. Peça que elaborem, individualmente, um folheto informativo, para ser distribuído à comunidade, sobre os procedimentos básicos para a realização de um bom programa de exercícios físicos.
Sequência Didática Ensino Fundamental II
Atividade física saudável
Bloco de Conteúdo
Educação Física
Mais sobre atividade física
Reportagens
Objetivos
- Desenvolver atitudes e hábitos saudáveis de prática da atividade física, evitando lesões e riscos à saúde.
- Compreender as diferenças conceituais entre dor e fadiga.
- Identificar práticas corporais adequadas à faixa etária e ao nível de condicionamento físico.
- Conhecer métodos e procedimentos preventivos que ajudam a evitar a dor e a lesão na prática de atividades físicas.

Conteúdos
- Dor e fadiga.
- Alongamento.
- Nutrição para o esporte.

Anos
8º e 9º.

Tempo estimado
12 aulas.

Desenvolvimento
1ª etapa
Inicie a sequência apresentando à classe a proposta de debater o que é necessário para uma atividade física saudável e os problemas que ocorrem quando os limites do corpo não são respeitados. Numa roda de conversa, mapeie os conhecimentos da turma: como funciona o nosso corpo quando praticamos exercício físico? Quais as consequências de praticar exercício em excesso? Qual a diferença entre dor e fadiga? Alguém já sentiu dores ou teve lesões durante ou depois das práticas corporais? Quais os principais agentes externos que causam dores e lesões durante a atividade física (calçados inadequados, sobrecarga de treino, postura etc.)? Como prevenir-se contra dores e lesões? Prossiga perguntando sobre quais esportes, jogos, ginásticas e danças a turma pratica, sugerindo uma classificação no quadro de acordo com os seguintes critérios: práticas mais indicadas para a faixa etária da classe, as que causam menos lesões e as que são possíveis de praticar na escola.

2ª etapa
Divida a classe em grupos e peça que cada um deles selecione uma das práticas listadas no quadro durante a etapa anterior. A intenção é que preparem seminários sobre como prevenir dores e lesões na modalidade escolhida. Os trabalhos devem ter duas partes. A primeira, teórica, procurará responder às seguintes questões: qual é a prática? Onde realizá-la? Quem pode praticá-la? Quais os cuidados do praticante? Para que empreendam a busca pelas respostas, indique pesquisas em sites e revistas que abordam o assunto, como Boa Forma, Men's Health, Women's Health e Runner's World, e livros específicos sobre saúde e atividade física - uma indicação é O "Mito" da Atividade Física e Saúde, de Yara Maria de Carvalho. A segunda parte será composta de relatos de vivências das práticas na escola. Para garantir a segurança dos participantes, oriente uma rotina de procedimentos de aquecimento, relaxamento e monitoramento que ajudem a controlar a qualidade da atividade e a prevenir lesões.

3ª etapa
Planeje um evento que possa disseminar para a comunidade escolar os conhecimentos adquiridos no projeto. Algumas sugestões são produzir fôlderes explicativos sobre o tema para outras turmas, realizar vivências com funcionários ou, ainda, organizar palestras com profissionais da área de saúde para ampliar o que se sabe sobre o assunto.

Avaliação
Com base na observação das vivências, das pesquisas, do seminário e do evento escolhido, verifique se os alunos registraram os conhecimentos mais importantes sobre o tema e se os incorporaram à rotina das práticas corporais. Avalie, sobretudo, se eles demonstram cuidado com a postura, com a vestimenta (especialmente no que diz respeito aos calçados) e com procedimentos como aquecimento e alongamento.
Prática pedagógicaRitmos e expressão
Sequência Didática Ensino Fundamental I
Conhecer as danças na Educação Física
Bloco de Conteúdo
Atividades rítmicas e expressivas
Mais sobre dança
Reportagens
Plano de aula
Objetivos
- Descrever, demonstrar e adaptar danças conhecidas.
- Conhecer seus contextos de criação e de prática.
- Identificar a gestualidade das danças e dar significados a elas.
- Reconhecer a atividade como um patrimônio cultural.

Conteúdos
- Conhecimento sobre a origem e as características das danças.
- Vivências corporais rítmicas e expressivas.
- Técnicas específicas das danças vivenciadas pelos alunos.

Anos
3º e 4º anos.

Tempo estimado
Oito aulas.

Material necessário
Folha de papel pardo e pincel atômico.

Flexibilização
Alunos com deficiência intelectual costumam aprender melhor com a repetição de atividades. Por isso, antes de dar início à sequência didática, recomende que ele entre em contato com diferentes danças no contraturno, na sala de recursos. Apresente filmes e figuras. Também vale questionar quais são as músicas favoritas do aluno. Caso ele apresente dificuldades para expressar preferências, faça com que ele escute diferentes estilos musicais e indique quais mais gostou. O aluno com deficiência intelectual também pode participar das demonstrações de dança. Amplie o tempo da atividade para que ele ensaie com os colegas. Se ele tiver algum comprometimento motor, pode ser conduzido por um colega. Sugira que o aluno com deficiência intelectual também ensine gestos à turma nas vivências de diferentes danças. Amplie o tempo da etapa de pesquisa, pois é importante que o aluno repita ações e estabeleça relações com o cotidiano (pesquisar com a família, por exemplo, é uma boa alternativa). A visita a um local onde se dança vai ajudar muito o aluno com deficiência intelectual. Estimule-o a dar sua opinião e a fazer perguntas. Avalie se ele evoluiu nos conhecimentos que tinha da dança e conseguiu acompanhar alguns dos movimentos.

Desenvolvimento
1ª etapa
Faça um mapeamento das danças conhecidas pelos alunos. Após registrar as informações, peça que os estudantes classifiquem os ritmos citados conforme o local da ocorrência, a época, os trajes, os participantes etc. Convide-os a trazer CDs com músicas que gostariam de dançar. O professor deve fazer o mesmo, considerando os registros encontrados.

2ª etapa
Organize demonstrações das danças citadas individualmente ou em grupo. Convide uma parte da turma a interpretar a manifestação apresentada e discuta as diferentes opiniões. Solicite o mesmo ao grupo que apresentou a dança.

3ª etapa
Distribua a turma em grupos e organize a vivência de três diferentes danças. Os autores das demonstrações na etapa anterior, bem como os eventuais interessados, apoiarão os colegas na aprendizagem das coreografias, uma por vez. Estimule a produção de novos gestos nos grupos.

4ª etapa
Consulte a turma sobre seus interesses. Coletivamente, elabore questões. Exemplos: Qual a origem?, por que se dança desse modo?, o que significam esses movimentos?, por que as pessoas ocupam essas posições? Converse sobre os meios de encontrar as respostas. Algumas delas podem ser obtidas em classe, outras por meio da internet, de livros, de familiares e de amigos. Oriente o formato dos registros (caderno, gravador, máquina fotográfica etc.) e combine uma data para a socialização das descobertas. Isso pode ser feito em pequenos painéis, seminários e exposição de trabalhos.

5ª etapa
Uma parte das informações será obtida com a ajuda de pessoas que estão ou já estiveram em contato com as danças. É possível agendar uma visita a um local onde se dança um dos ritmos sugeridos ou receber convidados para uma entrevista. Assim, os estudantes têm a chance de dialogar com eles e reconhecer outras pessoas como agentes da cultura. Os alunos devem estar preparados para fazer perguntas (Quem participa dessa dança? Como é a aprendizagem? Existem ensaios? Como ocorrem? O que significam os trajes?) e registrar as informações coletadas. Depois, ajude-os a identificar semelhanças e diferenças entre seus conhecimentos iniciais e os recém-adquiridos.

Avaliação
Organize uma conversa com os alunos e identifique possíveis modificações nos modos como concebiam as danças estudadas. Proponha uma análise coletiva dos registros e peça que todos falem sobre eventuais mudanças no modo de ver as danças.
Educação Física
Plano de Aula  Ensino Médio
Um corpo que não cai
Bases Legais
Linguagens e Códigos
Conteúdo
Corpo e cultura
Conteúdo relacionado
Este plano de aula está ligado à seguinte reportagem de VEJA:
Objetivos
Refletir sobre a importância da atividade física em todas as idades

Introdução
A reportagem de VEJA destaca a importância de manter o ritmo de atividades físicas pela vida afora. Leve essa discussão para a sala de aula, mostrando que o desenvolvimento da Educação Física no Brasil esteve ligado a vários fatores, entre eles o futebol. Use-o como pontapé inicial para analisar a questão.

Atividades
1ª aula – Durante décadas as equipes de futebol tinham preparadores físicos improvisados, que não eram especialistas. A Copa do Mundo de 1958, na Suécia, primeira conquista nacional, marcou o começo da atuação de profissionais. O preparador Paulo Amaral inaugurou a preocupação do time brasileiro com o desempenho físico. Mas foi na Copa do Mundo de 1970, no México, que ocorreu um verdadeiro salto de qualidade. A busca pelo tricampeonato incluía dois desafios: a forte pressão do governo militar — que relacionava a obtenção do título aos êxitos do regime — e a altitude superior a 2 mil metros acima do nível do mar, que prejudica os atletas provenientes de localidades mais baixas.

Treinamento militar: O capitão do Exército Carlos Alberto Parreira ajudou
a revolucionar a preparação física do futebol, em 1970. Foto: Zeka Araújo
Conte à turma que a Confederação Brasileira de Desportos, responsável na época pelo futebol no Brasil, solicitou que a Escola de Educação Física do Exército fornecesse professores. Dos designados, dois acabaram se projetando no cenário futebolístico: Carlos Alberto Parreira, técnico campeão da Copa de 1994, e Cláudio Coutinho, que dirigiu a seleção no Mundial de 1978 — e faleceu poucos anos depois. Esses militares (que depois foram para a reserva) adotaram formas modernas de treinamento, baseadas especialmente no trabalho de Kenneth Cooper. O americano propôs uma revolução nos costumes com a frase: “Quem não encontrar tempo para se exercitar vai ter de encontrar tempo para ficar doente”.

Divida a turma em grupos e peça que pesquisem como foi realizada a preparação física em 1970, comparando-a com a das copas anteriores e com a que fizeram as demais seleções que foram ao México. Sugira também que levantem dados sobre o método Cooper: como surgiu e como se expandiu pelo mundo, particularmente no Brasil. Todos devem se organizar para uma apresentação oral e a montagem de uma exposição de cartazes sobre o material apurado.

2ª aula – Explique à garotada que foi só nos anos 1960 que o esporte passou a ser visto como uma atividade importante para a saúde da população em geral. Em 1966, o Conseil International d’Education Physique et Sport (Cieps) publicou o Manifesto Mundial do Esporte, assinado por Phillip Noel-Baker, prêmio Nobel da Paz. O documento indicava, pela primeira vez, que a prática de atividades físicas deveria fazer parte do currículo escolar e ser estimulada entre os homens comuns — além do esporte de rendimento. Quatro anos depois, a Fédération Internationale d’Education Physique (Fiep) propôs uma conceituação original, que incluía valores morais em seu Manifesto Mundial de Educação Física. Outros documentos se seguiram até o final da década de 1970, como o Movimento Esporte para Todos (EPT), iniciado na Noruega e expandido pelo planeta, a Carta Européia do Esporte para Todos e a Carta Internacional de Educação Física e Esporte, da Unesco — que colocava as atividades físicas e as práticas esportivas como um direito universal.

Essa nova visão se desenvolveu lentamente no Brasil e ainda hoje não faltam exemplos de professores de Educação Física que transformam suas aulas em ambientes só de bate-bola, competição entre times e repetição de exercícios. Um contexto que promove a valorização de habilidades motoras e talentos individuais, causando imensa exclusão de quem não tem o perfil de atleta. Mostre a seus alunos que o esporte, apoiado em seu preceito relacional, deve ser desenvolvido na abrangência de uma ética de convivência, voltado para a formação de princípios sócio-educativos que levem os beneficiários a um desenvolvimento da cidadania.

Proponha que os estudantes façam uma pesquisa com a própria família e/ou vizinhos. Estimule-os a buscar depoimentos de adultos das mais variadas idades. O ideal é que elaborem um questionário averiguando a idade, o sexo, a prática de exercícios, a freqüência e as razões dessa atividade. Ressalte que esse tipo de preocupação é recente. Antes dos anos 1980, não era comum a realização de exercícios físicos, corridas ou idas a academias. Lembre que o processo de urbanização, acelerado no Brasil nas últimas décadas, levou os habitantes a prescindir de exercícios. O uso indiscriminado do automóvel e do transporte coletivo fez com que as caminhadas ao trabalho acabassem (além de outras, para diversão ou visitas a amigos e familiares). A industrialização também reduziu os esforços físicos e as atividades de lazer tornaram-se cada vez menos dinâmicas, contribuindo para aumentar o sedentarismo, a obesidade e as doenças crônicas degenerativas. Para se ter uma idéia, o gasto energético do homem moderno é, em média, de apenas 38% do de seus ancestrais e o gasto energético total é de aproximadamente 44%. Para um americano médio se aproximar desse valor, por exemplo, seria necessário gastar 1.190 quilocalorias por dia (o equivalente a uma caminhada de 19 quilômetros) a mais que o habitual. Resumindo, o organismo humano não se adaptou ao estilo de vida sedentário, pois o padrão para o qual nosso genoma foi determinado é muito mais ativo.

Como mostra o texto de VEJA, a população vive cada vez mais — recorde que a expectativa de vida no Brasil em 1960 era de 54 anos e hoje supera os 72. Isso significa que é preciso preparar o corpo para uma vida ativa mais longa ou ser condenado a anos de sofrimento e/ou privações na terceira idade.

Peça que a moçada tabule os resultados da pesquisa e use as informações como base para uma redação que estabeleça relações entre saúde, bem-estar e atividade física na vida adulta.
Prática pedagógicaCultura corporal
Atividade Permanente Ensino Fundamental II
Atividades corporais na EJA
Bloco de Conteúdo
Conhecimento sobre o corpo
Mais sobre Educação Física
Reportagens
Entrevista
Plano de aula
Galeria de Imagens
Vídeo
Atividade: Experimentação das
práticas corporais

Objetivo
- Vivenciar e analisar criticamente as práticas corporais.

Flexibilização
Para incluir alunos com deficiência nos membros inferiores, realize atividades com caráter lúdico, em que os braços são explorados. Pode-se começar com a brincadeira do remador, realizada em duplas com um aluno de frente para o outro e suas pernas apoiadas umas nas outras; ambos seguram um bastão e realizam movimentos de vai e vem, para frente e para trás; dependendo do direcionamento da força, é possível alcançar um desenvolvimento muscular dos membros superiores e da região do tronco. Realize circuitos motores em que os alunos rastejarão individualmente sem utilizar a força das pernas (a regra vale para os alunos sem deficiência); e, em duplas, um aluno realiza o exercício enquanto o outro oferece apoio.

No caso de alunos com deficiência nos membros superiores, proponha atividades de agachamento, realizadas em duplas. Os dois deverão posicionar-se de costas um para o outro, sentados. Ao comando do professor, a dupla levanta e volta a sentar. É possível, também, pensar em uma atividade menos complexa, o jogo do Vivo ou Morto Maluco, incluindo outras tarefas além das tradicionais. Dependendo do grau de deficiência do aluno, proponha também atividades em forma de circuito com desafios para os membros superiores, sempre trabalhando em duplas ou em trios. Nessas propostas, é possível desenvolver a força do aluno com auxílio e segurança de outros colegas e realizando atividades de isometria, em que o aluno deve suportar uma determinada carga em um bastão adaptado para tal fim.

Desenvolvimento
Proponha ao grupo realizar exercícios simples de força, como agachamentos para fortalecer os músculos. Pergunte quais as sensações obtidas. Destaque que os exercícios exigiram esforços variados, explicitando o princípio da individualidade biológica e tomando como referência os hábitos de vida de cada um.

Avaliação
Divida os estudantes em trios e peça que indiquem atividades físicas para os colegas. Analise se levam em conta os objetivos de cada um, como perda de peso e ganho de força.

Atividade: Pesquisa do movimento

Objetivos
- Identificar o que influencia as pessoas a fazer atividades físicas.
- Relacionar os conhecimentos dos entrevistados com os hábitos de vida.

Material necessário
Imagens de pessoas praticando atividades físicas, disponíveis na galeria de imagens
Pesquisa do Movimento

Flexibilização
Para que alunos com deficiência visual possam participar desta atividade, mostre vídeos ou leve para a sala objetos relacionados à prática esportiva - bolas, pesos, corda - para que ele reflita sobre o estilo de vida fisicamente ativo. Na divisão de grupos para os questionários, sugira que o aluno cego entreviste outras pessoas com deficiência para, além de falar sobre a prática esportiva e o sedentarismo, abordar as necessidades das pessoas com deficiência ao exercitar-se. Ao longo da experimentação das práticas corporais, é possível propor para a turma um momento em que todos realizem determinada atividade física com os olhos vendados, para vivenciar as experiências do colega com deficiência visual.

Desenvolvimento
Mostre para a turma as imagens e converse com ela sobre o movimento, visando a adesão ao estilo de vida fisicamente ativo. O que motiva as pessoas a praticar exercícios? Proponha realizarem uma pesquisa de campo. Oriente a elaboração de questões para praticantes e sedentários. Para o primeiro grupo, as questões devem abordar as razões que levam à prática, os objetivos, as sensações experimentadas e o desempenho alcançado. As perguntas para os não-praticantes devem sondar as razões do comportamento, se possuem alguma experiência e, em caso afirmativo, quais os motivos que os levam a não prosseguir com a rotina. Ajude a turma a fazer uma tabela relacionando os motivos, os objetivos e as sensações, no caso das pessoas praticantes, e as razões das não praticantes. Peça que a turma sugira ações para incentivar o segundo grupo a se exercitar.

Avaliação
Analise as propostas dos estudantes. É importante que as ideias levem em consideração as condições físicas e a idade dos entrevistados.

Atividade: Análise de atividades corporais

Objetivo
- Reconhecer a importância de práticas físicas e suas especificidades.

Flexibilização
Pessoas com deficiência intelectual costumam apresentar dificuldades motoras e limitações ao expressar sentimentos. Respeitar o ritmo de cada aluno é fundamental. Peça para que ele também descreva as situações em que o exercício físico provoca cansaço ou dores. Se necessário, solicite que o seu aluno com deficiência demonstre os movimentos que costuma repetir e que causam desconforto. Ele pode e deve participar ativamente da discussão. Ensine alguns exercícios de alongamento e realize-os com o seu aluno, se possível, repetidas vezes. Isso vai ajudá-lo a fixar melhor o conteúdo trabalhado. Se necessário, prolongue o tempo da atividade e elabore atividades que possam ser realizadas no contraturno.

Desenvolvimento
Peça que todos relatem, brevemente, os movimentos que fazem no dia a dia no âmbito profissional e doméstico. Por exemplo: varrer o chão, digitar, caminhar, carregar peso, dirigir e lavar a louça. Anote os que se caracterizam pela repetição e pergunte a cada um como se sente após a realização. Estimule-os a comentar dores e manifestações de cansaço. Explique quais os efeitos das atividades repetitivas, como tendinite e lombalgia. Pergunte o que cada um faz para tentar diminuir as dores. Interrupção temporária do movimento? Instigue o grupo a pensar em alternativas para minimizar as consequências das repetições. Destaque um dos princípios básicos para aliviar a dor - o alongamento - e mostre as várias formas de realizá-lo.

Avaliação
Em grupos, os estudantes devem escolher um movimento repetitivo feito por algum colega no dia a dia e propor alongamentos, considerando o que foi explicado. Observe se eles levam em conta somente as partes afetadas pela repetição ou se consideram também outras áreas do corpo que precisam ser alongadas. Caso seja necessário, organize uma nova discussão e esclareça as vantagens a curto e a longo prazo de realizar essas atividades e como elas podem evitar lesões mais graves.
Sequência Didática Ensino Fundamental II
Estudo dos fundamentos da fisiologia humana
Bloco de Conteúdo
Educação Física
Objetivo
Compreender a finalidade da atividade física
Mais sobre Educação Física
Expectativa de aprendizagem
Conteúdos
Conhecimento dos principais músculos envolvidos em determinados movimentos; identificação das capacidades físicas – condicionantes e coordenativas – bem como as habilidades motoras – básicas e específicas – trabalhadas durante a atividade.

Anos
6º ao 9º ano

Tempo estimado
Duas a quatro aulas

Material necessário
01 rede de voleibol
04 bolas de voleibol ou de iniciação esportiva
08 cones
01 bola de handebol meio murcha (para facilitar a empunhadura e estimular o passe como alternativa mais eficiente)
01 bola de basquete
01 bola de futsal
coletes de duas cores

Desenvolvimento

Com o uso de pôsteres, vídeos instrucionais e outros materiais audiovisuais, o professor pode aumentar os conhecimentos dos estudantes sobre o próprio corpo. As atividades físicas devem indicar os músculos trabalhados, as características aeróbicas e anaeróbicas que desenvolvem etc.
1ª etapa
Aquecimento: Peça que os alunos sugiram um pega-pega que conheçam e gostem. Pode ser qualquer um que eles estejam acostumados a brincar. Valorize as sugestões trazidas e utilize, necessariamente, alguma delas. Mesmo que tenha que fazer algum tipo de adaptação pelas características do espaço disponível ou pelo número de alunos presentes. Possíveis sugestões: pega-pega corrente, pega-pega nunca três (em pé ou sentado), pega-pega pula cela, mãe da rua etc.

2ª etapa
Explique a proposta do dia dizendo que experimentarão jogos pré-desportivos relacionados às quatro modalidades mais praticadas na escola: vôlei, handebol, basquete e futsal. Como o tempo de uma aula provavelmente não será suficiente, peça para que a turma eleja duas modalidades para cada dia.

3ª etapa
Sugestões para os jogos:

Vôlei
Jogos 3x3 ou 4x4 (cada equipe em ¼ de quadra), de modo que se tenha de 12 a 16 alunos jogando simultaneamente. Utilizar somente a manchete e o toque. Delimite as quadras utilizando cones (ou outro material) e tenha o cuidado de reduzir o comprimento das mini-quadras. As equipes que não estiverem jogando deverão aguardar no fundo ou nas laterais atentas para substituir imediatamente quando a equipe que estiver em sua quadra sofrer o primeiro ou o terceiro ponto (combinem previamente).

Handebol
Utilize a quadra toda (7x7) de modo que 14 alunos joguem simultaneamente. As substituições podem ocorrer da seguinte forma: 1) Quem estiver na espera fica próximo ao gol de sua equipe; 2) Ocorrências possíveis e seqüência do jogo: a) o goleiro que sofrer um gol irá para a área de espera; b) o goleiro que defender uma finalização substituirá o defensor de sua equipe que marcava o atacante que fez a tentativa, este defensor irá para a área de espera e um novo goleiro entrará em ação.

Basquete
Os jogos podem ser feitos na quadra inteira. Escolha um local em cada lateral da quadra para que este seja a área de espera / posto de troca. O aluno que fizer uma cesta irá para a área de espera da equipe adversária e será substituído por um integrante de sua antiga equipe. A idéia básica é esta: quem pontua sai do jogo e na próxima oportunidade de jogar, já fará parte de outra equipe.

Futsal
Pode-se utilizar o mesmo funcionamento proposto para o handebol, porém com jogos 5x5.

4ª etapa
Alongamento: peça para que a turma faça uma roda e que deem uma distância dos colegas ao lado para que tenham espaço para realizar os exercícios. Estipule um tempo para a realização do alongamento para que eles não apressem esta etapa. Peça sugestões de exercícios de alongamento aos alunos, estabelecendo somente que eles deverão respeitar uma seqüência: iniciar pelos membros inferiores e prosseguir até chegarem aos membros superiores.

Avaliação
Roteiro de avaliação para discutir os jogos e exercícios propostos:

1. O que estes jogos têm em comum ou em que pontos são ao menos semelhantes?
• fundamentos técnicos de defesa: postura defensiva, deslocamentos defensivos, desarmes, rebotes de defesa;
• fundamentos técnicos de ataque: passes, lançamentos, finalizações, rebotes de ataque.
Princípios táticos: leitura da defesa, circulação da bola, identificação de companheiro desmarcado, identificação do posicionamento do adversário, tomadas de decisão.

2. Identificar as passagens dos jogos em que existe oponência (enfrentamento do adversário) e em que existe cooperação (passes, trabalho em equipe, etc).

3. Alongamento:
Se possível, utilize um pôster do sistema muscular humano para motivar e facilitar a avaliação.
• Quais foram os grupos musculares mais exigidos durante as atividades?
• Estes músculos foram devidamente cuidados no alongamento final? Em caso afirmativo, durante quais exercícios? Em caso negativo, quais exercícios poderiam ser interessantes?