sexta-feira, 24 de junho de 2011

QUAL O SIGNIFICADO DAS FESTAS JUNINAS PRA VOCÊ

A verdade bíblica sobre as festas juninas

As festas juninas estão por toda a parte na cidade e estendem até mesmo pelo mês de julho. Mas por que os evangélicos não participam dessa festa? De onde vem essa tradição que ganhou força no Brasil?
A tradição de celebrar o mês de junho é bem antiga. Há mais de dois mil anos, os povos antigos da Europa já festejavam, no mês de junho, o início das colheitas. Fogueiras, danças e muita comida sempre fizeram parte destes rituais pagãos.
No Brasil, a data é celebrada desde 1583. O costume foi trazido pelos portugueses e espanhóis, ainda como uma forma de agradecer pelas colheitas, mas também como uma maneira de homenagear os santos do mês de junho. A comemoração da safra acontecia com cantos, danças, fogos e comidas, integrando a religiosidade e a festividade, a devoção e a distração. Aos poucos, outros elementos foram sendo introduzidos nas festas juninas. A quadrilha, por exemplo, chegou ao Brasil no século 19, trazida pela corte portuguesa.
Hoje, os festejos juninos acontecem em todo o país, com forró, arraiais, fogueiras, fogos, quadrilhas e comidas típicas. Na região Nordeste do Brasil essa festa é muito mais arraigada se comparada às de Brasília, por exemplo.
As festas juninas mais famosas do Brasil acontecem em Caruaru, Pernambuco; Campina Grande, na Paraíba; Mossoró, no Rio Grande do Norte; Juazeiro do Norte, no Ceará; e em Cametá, no Pará. A festa de Caruaru está registrada no Guinness Book, categoria festa country (regional) ao ar livre.
Conheça os santos festejados
Os santos comemorados durante o mês de junho são:
Santo Antônio, celebrado no dia 13;
São João, no dia 24;
São Pedro, no dia 29.
Entenda os símbolos da festa junina
A roupa – Sempre muito coloridas, imitam os caipiras que são os matutos que vivem na roça.
Arraial – Também chamado na linguagem matuta de arraiá, é um largo espaço ao ar livre, cercado ou não e onde barracas, ddecorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro.
Fogueira - A fogueira simboliza a proteção dos maus espíritos, que atrapalhavam a prosperidade das plantações. A festa realizada em volta da fogueira é para agradecer pelas fartas colheitas. Além disso, como a festa é realizada num mês frio, serve para aquecer. Cada santo tem uma fogueira, sendo a quadrada de santo Antonio, a redonda de São João e a triangular de São Pedro. A fogueira ainda possui outro significado. Para os cristãos, a fogueira está relacionada ao nascimento de São João Batista. Contam os católicos que Santa Isabel acendeu uma fogueira para avisar à Maria, mãe de Jesus, do nascimento de seu filho, João Batista, no dia 24 de junho. Para os pagãos, a fogueira espanta os maus espíritos.
Balões e fogos de artifício - Segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. Também é comum as crianças soltarem bombas como buscapé e espada de fogo.
Mastro de São João - É erguido durante para celebrar os três santos ligados aos festejos. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas três bandeirinhas simbolizando os santos.
A quadrilha - Tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a “quadrille”. Veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX porque, por aqui, interessava tudo que fosse a última moda de Paris.
Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções. Aqui ganhou areas rurais. Por isso os participantes da quadrilha vestem-se de matuto ou à caipira. Dançam em pares. Tem ainda a figura do noivo e da noiva, já que a quadrilha encena um casamento fictício.
O casamento caipira - Faz uma sátira aos casamentos tradicionais, além de banalizar o sentido do mesmo. A noiva está grávida e o pai dela obriga o rapaz a se casar. Na apresentação do casamento, na roça, o noivo aparece bêbado, tentando fugir do altar por várias vezes, sendo capturado pelo pai da noiva que lhe aponta uma espingarda. Este conta com o apoio do delegado da cidade e do padre para que o casamento seja realizado. Após a cerimônia, os noivos puxam a quadrilha.
Músicas – No Brasil a festa ganhou ritmos bem nacionais como o forró, baião, xote, samba-de-coco e as cantigas.
Simpatias – As pessoas que participam podem fazer simpatias e promessas para os santos. As promessas para se casar são as mais frequentes, uma vez que o santo casamenteiro é celebrado na festa.
Uma simpatias muito comum é: moças solteiras que querem casar colocam um figurino do santo de cabeça para baixo atrás da porta ou dentro do poço ou enterram-no até o pescoço. Fazem o pedido e, enquanto não são atendidas, lá fica a imagem de cabeça para baixo.
No dia 13 de junho, é comum ir à igreja para receber o pãozinho de Santo Antônio, que é dado gratuitamente pelos frades. Em troca, os fiéis costumam deixar ofertas. O pão, que é bento, deve ser deixado junto aos demais mantimentos para que esses não faltem jamais.
A lavagem dos santos - É o momento em que as suas bandeiras são mergulhadas em água, para trazer purificação. As bandeirolas representam as bandeiras dos santos, levando purificação a todo o local da festa.
O pau de sebo - É uma brincadeira com o objetivo de se ganhar uma quantia em dinheiro, que está afixada em seu topo. As pessoas têm que subir no mastro, lambuzado de gordura. Muitas vezes, os participantes vão subindo nos ombros uns dos outros, até conseguirem pegar o prêmio, que acaba servindo para pagar parte de suas despesas na festa.
A pesquisa sobre os símbolos da festa junina foram realizadas nos sites:
http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/festa-junina.htm
http://pessoas.hsw.uol.com.br/festas-juninas4.htm
As festas juninas e a igreja
Os evangélicos não concordam e não participam das festas juninas porque, na verdade, essa é uma celebração a santos. As comidas e as danças, longe de ser apenas uma diversão, são oferecidas a eles.
A festa junina não é cultural, puramente falando. Mas é religiosa, associada ao culto de santos, como os acima citados. Onde um crente protestante poderia coadunar com isso? Ir a uma paróquia participar é meio contraditório. Se for assim, os evangélicos poderiam participar de todo ritual religioso professado no Brasil como ritos de umbanda e candomblé, orientais e outros que também oferecem a deuses e guias comidas e festas. É claro que nenhum evangélico participaria dessa festa com a intenção de praticar a idolatria. Mas tal procedimento, por si só, é condenado pela Bíblia.
A Bíblia é muito clara em relação à idolatria e à exortação a não cultuarmos outros deuses. Para saber mais sobre esses assuntos, leia 1 Sm. 15: 23; At. 17:16; 1 Co. 01:14; e Gl. 5:20. Sobre comida sacrificada aos ídolos, leia At. 15:20; Rm. 14:15-21; 1 Co. 8;10:25-33.
Depoimentos dos pastores
Os evangélicos devem participar das festas juninas?
“A festa junina não é cultural, puramente falando, mas, sim, da cultura religiosa, e da religião cristã católica, associada ao culto de santos, como santo Antônio e outros. Onde um crente protestante poderia coadunar com isso? Quer pamonha, curau, milho verde, cachorro quente? Faz em casa e reúne os amigos. Mas ir a uma paróquia participar é meio contraditório. Se for assim, vamos participar de todo ritual religioso professado no Brasil como ritos de umbanda e candomblé, orientais e outros que também oferecem a deuses e guias comidas e festas.”
Pr. Ricardo Espindola, vice-presidente da Igreja Batista Central de Brasília
“As festas juninas, aparentemente inofensivas, enquadram-se na mesma categoria das outras festas pagãs. A festa junina tem sido uma grande arma na mão do maligno e, por meio dessa arma, tem conseguido atingir milhares de famílias “cristãs”. Aproveito a oportunidade e faço um apelo aos pais, para que evitem que os filhos participarem dessas comemorações promovidas pelos colégios, associações ou outras entidades. Já basta de tantos enganos. Fechemos as portas para essa demônio que sutilmente tem achado brecha nas nossas vidas. A Bíblia diz: “portanto, quer comais ou bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Cor. 10:31). Tudo que fazemos deve glorificar o nome do Senhor. As festas juninas e suas comidas dedicadas ao santo, não glorificam o nome do Senhor. …”Isto é coisa sacrificada a ídolo, não comais (1 Cor. 10:28). A Bíblia ainda diz, em Provérbios 27:20: “O inferno e a perdição nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se satisfazem”. Também sabemos que “um abismo chama outro abismo”, como narra o Salmos 42:7.”
Pr. Édio Valença
“A Igreja cristã, a partir do primeiro século, permitiu a miscigenação da cultura pagã com o cristianismo puramente apostólico. O que foi tão durante defendido pela comunidade cristã primitiva logo se perdeu, e a Igreja tornou-se permissiva com as práticas pagãs trazidas pelos novos convertidos gentílicos, que não abandonaram totalmente os hábitos antigos, até que foram oficializadas pelo Império Romano, passando a fazer parte da cultura cristã, recebendo estas festas novos nomes, e assimiladas posteriormente como se fossem puramente cristãs. Com o advento da Reforma Protestante, buscou-se purificar a Igreja dessas e de outras práticas não recepcionadas pelos primeiros cristãos. Entretanto, a Igreja Evangélica, outrora defensora ferrenha da não-contaminação com ídolos e que nunca acolheu costumes reprovados pela Bíblia, foi lentamente infiltrada com o sentimento de banalidade, ao entendimento de que não se está fazendo nada de errado ao participar de uma festa que tem como fundo um culto religioso. Para preservar a liberdade que cada crente deve ter para reger sua vida à luz dos princípios da Bíblia, mas com vistas também a preservar a autoridade da Igreja, que tradicionalmente rejeita os movimentos sincréticos entre seus membros, já que, na melhor das hipóteses, é um culto a um santo (já ignorando a origem pagã da festa), poderia resumir dizendo, como o texto bíblico, “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas (I Co. 6:12).”

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A CIDADE DE JESUS E UM POUCO DO SEU SIGNIFICADO

ARQUEOLOGIA DAS CIDADES DE NAZARÉ E FILIPOS

ARQUEOLOGIA DA CIDADE DE NAZARÉ

Pouco se sabe sobre Nazaré, não é mencionada em nenhum lugar do Antigo Testamento. A frase: Ele será chamado Nazareno (Mt 2.23), exatamente assim não é encontrada no Velho Testamento, e provavelmente se referem a várias prefigurações ou predições dos profetas de que o Messias seria desprezado (Sl 22.6; Is 53.3), pois nos dias de Jesus, “Nazareno” era como um sinônimo de “desprezado” (Jo 1.45-46).

Nazaré é a cidade onde viveram Maria e José, e foi também a cidade onde Jesus residiu até sua revelação como o prometido Messias de Israel, na idade de 30 anos. Hoje a cidade está parcialmente isolada nas montanhas, na metade do caminho entre o Mediterrâneo e o mar da Galiléia. Fica perto da frequentada estrada entre o Egito e a Mesopotâmia. Ali sem dúvida alguma, Jesus viu passar caravanas de muitas nacionalidades.

A Igreja da Anunciação, que tradicionalmente assinala o lugar onde morava a Virgem Maria, foi edificada sobre os alicerces de uma igreja que havia sido erguida pelos cruzados no século 12. Debaixo da nave havia uma capela, na qual se encontra a inscrição latina: “Aqui o Verbo se fez carne” (Jo 1.14)).

O lugar mais autêntico de Nazaré que tem relação com a sagrada família é o Poço da Virgem, o qual tem sido sempre o único local onde tem existido água. A verdadeira fonte de água é um manancial nas ladeiras, localizado a quase um quilometro e meio da fora cidade, um conduto leva a água até este poço coberto. Provavelmente Maria vinha a este poço com o tradicional cântaro de água sobre a cabeça, e quem sabe, algumas vezes acompanhada do filho Jesus.

Há em Nazaré um notável precipício, perpendicular, com 12 a 15 metros de altura, que deve ser o local onde os enfurecidos conterrâneos de Jesus o levaram para dali o jogarem (Lc 4.29). A vista que se descortina do cume de Neby Ismael, um dos montes por detrás da cidade, é muito bela.

Nazaré é hoje Em-Nasirah, uma cidade fechada entre montes rochosos e estéreis, formando o espinhaço meridional do Líbano, que termina na planície de Esdrelom.










 

ARQUEOLOGIA DA CIDADE DE FILIPOS

Cidade da Macedônia próxima ao mar Egeu, antes denominada Krenides. Filipos deve seu novo nome a Filipe da Macedônia (pai de Alexandre, o Grande). Filipe arrebatou a cidade das mãos dos trácios no quarto século a.C. e pôs nela o seu nome. Cidade rica em minérios foi em suas proximidades que Marco Antonio e Otávio (César Augusto) derrotaram Bruno e Cássio, assassinos de Júlio César. Por esses episódios, a cidade tornou-se colônia romana. Estava estrategicamente localizada sobre a via Inaciana, que corria na direção leste-oeste entre Roma e a Ásia, e serviu como ponto de partida a Alexandre, o Grande, quando ele começou sua campanha para conquistar o mundo.

Paulo veio diretamente a Filipos depois de uma visão que um homem lhe rogava: “Passa à Macedônia, a ajuda-nos” (At 16.9). Aqui Paulo pregou o evangelho na margem de um rio, foi posto na prisão, e estabeleceu sua primeira e mais amada igreja no continente europeu.

A Escola Francesa de Atenas realizou escavações nesse lugar de 1914 a 1938. Foram desenterrados muitos trechos da cidade, sendo dada especial atenção ao foro, à praça do mercado, ao anfiteatro, a uma biblioteca e sala de leitura, e um pódio retangular que servia de tribuna para os oradores. Os fundamentos de uma grande porta abobadada que se estendia sobre a via Inaciana, a qual saía pelo lado nordeste da cidade, resultaram de interesse especial para os estudiosos da Bíblia. Muitos acreditam que Paulo saiu por essa porta a caminho da margem do rio, em busca de um local para oração, e onde pregou o evangelho a um grupo de mulheres. O único rio nas proximidades de Filipos está aproximadamente um quilômetro e meio a oeste dessa porta.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

POTÁSSIO: O MINERAL QUE ESPANTA O DIABETE


Potásssio na dieta previne diabetes, hipertensão, derrame cerebral, disrritimias e muito mais!

Potásssio na dieta previne diabetes, hipertensão, derrame cerebral, disrritimias e muito mais!Potássio na dieta ajuda a prevenir várias doenças como diabetes, hipertensão, derrame cerebral, disrritimias entre outras veja á seguir:

Diabetes: Sem açúcares e carboidratos e com potássio?

Isso mesmo!Se você descobrisse que tem propensão ao diabete, o que mudaria na sua alimentação? Dá para arriscar que 99% das pessoas focariam o pensamento em reduzir o consumo de doces e acrescentariam o adoçante à lista de compras.

Só que controlar a ingestão de carboidratos, apesar de ser uma atitude correta em casos assim, não é a única medida à mesa quando se quer barrar essa ameaça.

De acordo com um trabalho recente, alimentos ricos em potássio, como a banana e o feijão, dão uma força e tanto para prevenir o diabete — por mais inusitado que isso pareça.

Por enquanto, os médicos só levantam hipóteses para explicar a relação entre o baixo consumo do mineral e a ocorrência do problema. "Uma delas é de que o potássio influencie processos enzimáticos que atuam sobre a ação da insulina", diz Gebara. Com isso, se falta potássio no organismo, o açúcar tende a sobrar na circulação.

"Quando esse nutriente está em baixa, a própria secreção de insulina pelo pâncreas é afetada", afirma o endocrinologista Marcio Mancini, chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas de São Paulo.

O potássio, assim, teria uma tarefa dupla: equilibrar a produção do hormônio e potencializar sua ação nas células. E, sem estabilidade e eficiência, a probabilidade de o diabete progredir é alta.

Potássio contra hipertensão e derrame cerebral

Boas doses de potássio também fazem um bem danado ao cérebro. Uma revisão de estudos que saiu no Journal of American College of Cardiology, publicação conceituadíssima nos meios científicos, concluiu que a cada 1,6 grama a mais do nutriente na dieta — quantidade encontrada em três unidades de banana e dois copos de água de coco — o risco de ter um acidente vascular cerebral, sobretudo o hemorrágico, se torna 21% menor. Porque, com o potássio extra, diante de uma crise hipertensiva os vasos da massa cinzenta aguentariam melhor a tensão, sem estourar.

"O potássio auxiliaria no controle da pressão arterial", conta o neurologista Antonio Cezar Galvão, do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. "Provavelmente porque esse nutriente compete com o sódio e facilita sua excreção pelos rins. E esse outro mineral aumenta a pressão."

Isso, por sua vez, ocorre porque o sódio provoca retenção de água, elevando o volume de sangue circulante no corpo. Mas, quando o potássio entra em cena, ele compete com essa substância, mandando-a embora.

Potássio "relaxaria" as pareses dos vasos sanguineos

Há ainda outra hipótese não totalmente esclarecida. "Aparentemente o potássio também promove relaxamento nas paredes dos vasos sanguíneos", diz Eli Faria Evaristo, neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital paulista. "Quando elas se contraem, a pressão do sangue aumenta.

E se, ao contrário, relaxam, o sangue escoa com maior facilidade." Nesse caso, a probabilidade de rompimentos nos vasos cerebrais se reduz. "A prevenção do problema passa não só pelo consumo do mineral. Inclui reduzir o índice de açúcar no sangue, as taxas de colesterol e praticar atividade física", enfatiza Evaristo.

Potássio na medida

"Sem contar que o potássio não pode ser consumido em excesso e sua suplementação não deve ser feita sem acompanhamento médico", lembra a neurologista Ana Paula Peña Dias, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. Níveis muito elevados da substância no sangue podem ser fatais para o coração. Ora, o potássio está entre os minerais que participam do processo de contração e relaxamento do músculo cardíaco, o miocárdio. Daí que tanto o exagero quanto a falta dele desencadeiam a disrritmia.

As pessoas com problemas renais e os idosos precisam ficar ainda mais atentos à quantidade ingerida. "Quando há comprometimento da função dos rins, o potássio não é filtrado direito e, então, é reabsorvido, aumentando demais sua quantidade no sangue", explica a nutricionista funcional Patricia Davidson Haiat, especialista em nutrição em clínica cirúrgica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

"Já os idosos naturalmente têm a função renal comprometida pela idade avançada. Neles também é importante controlar o consumo de fontes do mineral." Mas, em geral, um prato cheio de boas fontes do nutriente sempre cai bem.

Adeus cãibra

Quem já teve sabe que o sofrimento é grande. Mas a cãibra é outra que pode ser prevenida com fontes de potássio. "Ela é uma contração involuntária e intensa, causada por excesso de trabalho muscular ou pelo desequilíbrio entre líquidos e eletrólitos, como o próprio potássio e o sódio", define a nutricionista Maria Fernanda Elias Llanos, doutoranda em nutrição humana aplicada pela Universidade de São Paulo.

Por isso, a ingestão desses minerais auxilia no equilíbrio das contrações musculares, evitando as fisgadas dolorosas. Uma boa pedida para quem apresenta tendência a cãibras é a laranja, que possui quantidades significativas dos dois.

Fontes do mineral

Abaixo, você confere alimentos que, juntos, alcançam a recomendação diária de potássio — 4,7 gramas para adultos. Se algum deles não entra com frequência no seu cardápio, fique calmo. Há outras fontes do nutriente, como o abacate, a beterraba, a acelga, a couve, as amêndoas, a alcachofra, a sardinha, a linhaça, o extrato de tomate e até o chocolate amargo. Monte sua combinação predileta.

A matemática do potássio
  • 2 Filés de carne pequenos (700 mg*)
  • + 2 goiabas (628 mg)
  • + 2 Pedaços de mandioca (550 mg)
  • + 3 Peras (560 mg)
  • + 4 Conchas de feijão(1 600 mg)
  • + 4 Colheres de espinafre (466 mg)
  • = Á dose ideal de potássio por dia
Para maiores informações consulte um médico e um nutricionista.

Fonte: Revista Saúde
Muita obrigada

sábado, 28 de maio de 2011

COMO ESTÁ SEU CONSUMO DE ÁGUA POR DIA?

 

SERÁ QUE DOIS LITROS É MESMO A QUANTIDADE CERTA A SER TOMADA DE ÁGUA?

Médicos combatem a idéia de que
é preciso beber muita água por dia



Quanta água você deve beber por dia? A resposta habitual é "oito copos ou o equivalente a 2 litros". Por essa medida, os americanos seriam um povo desidratado. Um levantamento dos produtores de água mineral dos Estados Unidos, feito com 3.000 pessoas, mostra que o consumo médio por lá é de apenas 1,5 litro per capita – o que ensejou, é claro, uma campanha da indústria para vender mais garrafas de água mineral. Os dados disponíveis por aqui permitem concluir que os brasileiros tomam diariamente um pouco mais: 1,6 litro. Ou seja, formaríamos também uma massa de desidratados e, conseqüentemente, estaríamos sujeitos a males como dores de cabeça, distúrbios intestinais e problemas nos músculos e nas articulações. Mas, antes de correr para o bebedouro, saiba que os 2 litros de água por dia são um número sem nenhum fundamento científico. Essa quantidade foi determinada há cerca de quinze anos, depois que estudiosos constataram que um adulto saudável, de porte médio, tem uma perda diária de 2 litros. Não demorou muito para que se fizesse a tosca dedução de que, então, era preciso tomar os tais oito copos. Cristalizado o lugar-comum, surgiram dietas e receitas de beleza que emprestaram à água poderes emagrecedores e estéticos quase tão milagrosos quanto os efeitos especiais de Hollywood. Tudo bobagem.
Liderados pelo médico americano Robert Alpern, da Universidade do Texas, muitos especialistas estão combatendo essa idéia estapafúrdia de que é necessário se entupir de água para manter uma boa saúde. Na verdade, dependendo da pessoa e do seu estilo de vida, 2 litros podem até ser prejudiciais. Sobrecarregam os rins e causam a eliminação excessiva de sais minerais, principalmente sódio e potássio, essenciais para o equilíbrio orgânico. O mais adequado é consumir 1 litro por dia – quatro copos –, não importa se na forma de água mesmo ou de sucos e leite. Não, chope não vale. "Álcool rouba a água do organismo, o que explica a boca seca típica da ressaca", explica a nutricionista Midori Ishii, da Universidade de São Paulo. O outro litro que o corpo necessita repor é obtido indiretamente por meio da alimentação. Em maior ou menor grau, todos os alimentos contêm água. As frutas lideram o ranking dos, por assim dizer, sólidos mais líquidos. Em seguida, vêm as verduras, legumes e carnes. Um bife acebolado de 100 gramas tem 71% de água. Só é recomendável uma quantidade maior de líquido para atletas de alta performance, que suam demais, e para pacientes que sofrem de pedras nos rins. Quatro copos por dia significam, em resumo, que você deve beber água quando sentir sede. Pois é e isso siguinifica que o corpo etá realmente precisando de água!

   

 

A importância da água para os seres humanos ... 

 

 

 


Fundamental para a vida em nosso planeta, a água tem se tornado uma preocupação em todas as partes do mundo. O uso irracional e a poluição de rios, oceanos, mares e lagos, podem ocasionar, em breve, a falta de água doce, caso não ocorra uma mudança drástica na maneira com que o ser humano usa e trata este bem natural.
Causas e consequências 
Os principais fatores de deteriorização dos rios, mares,  lagos e oceanos são: poluição e contaminação por produtos químicos e esgotos. O homem tem causado, desde a Revolução Industrial (segunda metade do século XVIII),  todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle.


Busca de soluções 
Com o intuito de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos da Terra, foi realizado no Japão, entre 16 e 23 de março de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos, pesquisadores e autoridades de diversos países aprovaram vários documentos que visam a tomada de atitudes para resolver os problemas hídricos mundiais. Estes documentos, reafirmam que a água doce é extremamente importante para a vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das necessidades básicas da população, a garantia do abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de riscos, a valorização da água, a divisão e a eficiente administração dos recursos hídricos do planeta.

Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no dia-a-dia todas as pessoas podem colaborar para que a água doce não falte no futuro. A preservação, economia e o uso racional da água deve estar presente nas atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer perigosas conseqüências num futuro pouco distante.


Curiosidade:
Produtos que mais poluem os rios, lagos e mares: detergentes, óleos de cozinha, óleos de automóveis, gasolina, produtos químicos usados em indústrias, tintas, metais pesados (chumbo, zinco, alumínio e mercúrio).

quarta-feira, 25 de maio de 2011

OS BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO SÃO INÚMEROS SE ASSOCIADOS AOS EXERCÍCIOS AERÓBIOS

Musculação, o remédio da pesada contra o diabete

Na receita médica de quem não quer sofrer com a doença deve estar prescrito o levantamento de peso. Somado ao exercício aeróbico, ele tem o mesmo poder de um medicamento no controle do açúcar no sangue.

por THEO RUPRECHT / design PILKER / fotos DERCÍLIO / Infográficos PILKER e

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O halter é mais do que um instrumento em prol do vigor e da beleza. Peça básica das academias, ele também dá uma força e tanto para domar o mal que eleva a glicose na circulação. É o que comprova um trabalho da Universidade do Estado da Louisiana, nos Estados Unidos. Lá, cientistas separaram 262 diabéticos do tipo 2 em dois grupos: um se concentrava nas práticas aeróbicas, como a corrida; já outro aliava as passadas a exercícios anaeróbicos — a famosa musculação. Após nove meses, os pesquisadores averiguaram o índice de açúcar dos últimos 90 dias. Entre os que adotaram a combinação, houve uma redução de quase 7% nesses níveis, o dobro em relação à outra turma. "Estudos feitos com remédios mostram diminuição semelhante", diz Carlos Eduardo Barra Couri, endocrinologista da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, no interior do estado.

Além disso, o aumento no uso de medicamentos ficou em torno de 18% nos participantes que fizeram o treino duplo, contra 22% em quem se limitou às pedaladas. "Aparentemente, atividades aeróbicas e resistidas são complementares, porque mexem com mecanismos diferentes no corpo", ressalta o fisiologista Timothy Church, que assina o estudo. Na hora de tirar um peso do chão, a via utilizada pelo organismo para conseguir energia é diferente da empregada em uma caminhada. "A atividade anaeróbica tende a usar glicose, enquanto a aeróbica se vale, dependendo da duração, mais da gordura", esclarece o educador físico William Komatsu, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.

Não custa reforçar: é a mistura entre supino e esteira que traz melhores resultados. Isso porque, se por um lado erguer barras pesadas torra glicose aos montes, são as passadas largas e rápidas que diminuem a barriga. "E o acúmulo de gordura na região abdominal prejudica o trabalho da insulina", explica Marisa Passarelli, fisiologista do Laboratório de Lípides da USP. Se esse hormônio não funciona corretamente, a glicose fica fora das células e, logo, sobra nas artérias. Mais do que esvaziar os pneus da cintura, esportes como a natação condicionam o sistema cardiovascular. Isso, além de facilitar o trabalho da insulina, serve como proteção contra infartos e afins. "Problemas no coração são, disparado, a principal causa de morte entre diabéticos", reforça Nabil Ghorayeb, médico do esporte e cardiologista do Hospital do Coração, na capital paulista.

Para se valer dos benefícios dessa união, no entanto, é importante visitar a sala de ginástica com frequência. Em contrapartida, exagerar na malhação é um tiro pela culatra (saiba o porquê no quadro acima, à esquerda), especialmente para quem tem diabete e, portanto, necessita de cuidados antes de pôr o calçado esportivo. Um deles, aliás, é usar tênis adequados e meias para evitar feridas nos pés que podem passar despercebidas e, então, culminar em problemões (observe na lista ao lado outras medidas essenciais). Desde que tudo esteja em ordem, tenha certeza: qualquer academia é bem-vinda aos diabéticos em busca de uma vida saudável.

NADA DE EXCESSOS!
Os níveis de açúcar de quem não maneira na atividade física ficam instáveis. Em alguns casos, caem drasticamente, gerando hipoglicemia. Em outros, são catapultados. "A sobrecarga pode aumentar a presença de hormônios como a adrenalina, que estimulam a descarga de glicose na circulação", atesta William Komatsu, da Unifesp. Esse quadro, se mantido por muito tempo, afeta os vasos sanguíneos.

CHECKLIST DO DIABÉTICO
›› Fazer testes ergométricos regularmente
›› Medir a glicose antes, ao longo e depois da atividade
›› Realizar exames oftalmológicos
›› Não se exercitar com glicemia acima de 250 mg/dL
›› Andar com identificação de diabético
›› Coordenar, com o médico, o uso dos medicamentos
›› Fazer uma avaliação cardiológica completa
›› Levar sachê de açúcar líquido para eventual hipoglicemia
 
 

A IMPORTÂNCIA DO CAFÉ DA MANHÃ

O café da manhã perfeito para ter muita saúde!

A ciência refuta a tese de que o exagero à mesa está liberado no começo do dia. Só que deixa claro: o desjejum é essencial para ganhar disposição, debelar males como o diabete e até emagrecer

por THEO RUPRECHT | fotos ALEX SILVA

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Imigrantes europeus, ao desembarcar no Brasil no final do século 19, trouxeram consigo o chamado café colonial — um cardápio farto e composto de pães, tortas, queijos, leite, frutas e carnes, entre outras delícias. Na época, refestelar-se com um banquete imediatamente após a aurora trazia a energia necessária às atividades braçais dos colonos, que começavam junto com o nascer do sol. Mas, ao longo dos anos, o trabalho deixou de ser fisicamente extenuante para muitas pessoas, enquanto a cultura de comer à vontade logo cedo atravessou gerações.

Como esse hábito veio do Velho Continente, nada melhor do que um pesquisador de lá para observar suas influências nos dias de hoje. Após analisar a dieta de 380 indivíduos, Volker Schusdziarra, da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, chegou a uma conclusão desanimadora: abusar da comida nas primeiras horas da jornada culmina, sim, em ganho de quilos. Segundo o cientista, mesmo quando se faz um ataque pesado à geladeira logo depois de acordar, geralmente não se diminuem as garfadas nas outras refeições. "Ou seja, para se manter na forma ideal, é necessário controlar as calorias já no desjejum", sentencia Schusdziarra.

Lidas de maneira simplista, essas palavras justificariam o jejum absoluto no nascimento do dia. Contudo, tal prática não tem nada a ver com saúde. À esquerda, você já se depara com um belo exemplo de alimentação matutina, que garante elementos essenciais ao organismo e que não faz a circunferência abdominal aumentar.

A importância de colocar algo dentro do estômago ao amanhecer é inquestionável em todos os sentidos, inclusive no do emagrecimento. "Existem fortes evidências científicas do seguinte: quem inicia o dia fazendo boas escolhas alimentares tende a comer bem nas demais horas", afirma Mariana Del Bosco, nutricionista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

"Por outro lado, pessoas que pulam o café da manhã dificilmente conseguem se controlar no almoço", completa a nutricionista Priscila Maximino, da Nutrociência Assessoria em Nutrologia, na capital paulista. O motivo disso é simples: a partir do momento em que fica vazio, o estômago manda sinais para o cérebro de que é preciso reabastecer seus estoques. E daí? Daí que, quando a privação de comida se estende por horas a fio, esses avisos vindos da barriga se tornam, digamos, cada vez mais contundentes. Resultado: guloseimas demais no prato e acúmulo de gordura na cintura.

Muito além da regulação da fome, uma refeição matinal equilibrada acelera o organismo como um todo. "A digestão aumenta em até 30% a atividade metabólica e influi inclusive na frequência cardíaca. Isso aumenta o gasto calórico e, portanto, contribui para o peso ideal", ensina a nutróloga Marcella Garcez Duarte, da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), em Curitiba, no Paraná. Essa, aliás, é uma das razões pelas quais os especialistas recomendam fracionar as refeições, com um menor volume em cada uma delas. A dúvida, porém, sempre recai sobre a quantidade exata reservada para o café da manhã, até porque ela varia de acordo com a rotina de cada um.

Quem se exercita cedo, por exemplo, precisa de nutrientes extras para aguentar a sobrecarga. Mas, no fundo, para qualquer mortal, os especialistas indicam que pelo menos 20% das calorias diárias venham de itens devorados de manhãzinha (saiba mais no gráfico).

A porcentagem em questão serve para evitar exageros. Mesmo assim, não dá indicativos claros de como balancear os elementos do prato, outro fator essencial na busca por um corpo saudável e, claro, bonito. Para criar um menu salutar, como o ilustrado à esquerda, o jeito é apostar na diversidade. "Deve haver espaço para os carboidratos, presentes nos pães, as proteínas, encontradas no leite, os lipídeos, presentes na margarina, e também para as vitaminas e minerais, que estão nas frutas. Essas, assim como os cereais integrais, contêm fibras, que auxiliam no funcionamento do intestino", enumera Juliana Zanetti, chefe do Setor de Nutrição do Hospital São Camilo, em São Paulo.

Produtos lácteos, como o queijo, também trazem a vantagem de carregar doses avantajadas de cálcio. E a substância formadora dos ossos, de acordo com estudos recentes, ainda teria seu papel no afinamento da cintura. "Uma teoria é a de que ele auxiliaria na liberação de gordura", aponta Mariana Del Bosco.

Durante uma noite de sono, o corpo diminui seu ritmo. Mesmo assim, continua queimando energia — cerca de 80 calorias por hora — para cumprir tarefas básicas, como respirar. Logo, sem uma reposição de combustível, ele não ativa para valer todas as suas funções. "O cérebro é uma das estruturas que mais sofrem com isso. Ele precisa de glicose para manter sua atividade normal", ressalta Marcella Duarte, nutróloga da Abran. E, se a cabeça não está 100% ligada, fica complicado guardar histórias, apreender novas informações e raciocinar.

A falta de nutrientes compromete ainda a maneira como se encaram os compromissos diários. Afinal, sem nada para reabastecer a sua maquinaria, o organismo passa a economizar. E a primeira coisa a ser riscada da folha de pagamento atende pelo nome de disposição. "Com o funcionamento neuronal reduzido, a tendência é ficar quieto, sem vontade para fazer nada", arremata Marcella.

 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

AS AULAS DE EDF NO ENSINO FUNDAMENTAL 1

 Muitas são as questões que envolvem a Educação Física atualmente. Como as questões relativas a sua função como disciplina curricular, sua legitimidade e principalmente relativas ao grau de relevância de seu currículo.
Como sabemos que não é só a educação que passa por este momento de discussão de valores, torna-se mais simples entender que qualquer instituição passa por processos sociais que visam sua transição para padrões mais modernos que venham a atender novas demandas que surgem a partir do progresso e do desenvolvimento tecnológico causado pelo mesmo.
Partindo desse pressuposto, pretendemos discutir uma questão restrita a uma das ramificações da Educação Física que é a Educação Física Escolar e seus conteúdos pedagógicos, observando a utilização ou não de instrumentos educacionais que, ao nosso ver são de fundamental importância: os jogos e brincadeiras infantis.

 Ao observarmos algumas aulas de Educação Física para turmas de 1º segmento do ENSINO FUNDAMENTAL 1, constatamos que cada vez torna-se menos observável a utilização de jogos e brincadeiras que não possuam interligação direta ou indireta com o desporto.
A respeito dessa situação, Faria Jr. (1996) Comenta que:

 "A respeito dos jogos populares a nossa realidade escolar, não se fará sem oposição. Primeiro será necessário convencer os educadores da seriedade do jogo como atividade na escola." (p.17)
Podemos salientar que a não utilização destas atividades pode ser explicada pelo alto grau de esportivização em que a Educação Física está envolvida desde a década de 70, supervalorizada pela mídia, ferramenta do modelo capitalista, que dita as normas de utilização e valorização de atividades a partir do que as mesmas possam gerar de retorno para a classe dominante.
É neste instante que a Educação Física passa a possuir a importância de servir como momento inicial de disseminação destes padrões, deixando de lado o que não tem valor para o sistema e estimulando as massas a cada vez mais a se interessarem em atividades com regras prontas que as inibem de exercitar suas capacidades e possibilidades de adquirir autonomia.
 A mídia tem papel fundamental neste processo de ordenação das atividades utilizadas pelo professor de Educação Física em suas aulas, ditando as normas que o consumismo de nosso sistema econômico utilizam para manter as engrenagens funcionando.

  Situação Problema.

Como podemos observar, a crise que envolve a Educação brasileira, reflete diretamente sobre a Educação Física, pois como um dos seguimentos do sistema de ensino, a Educação Física Escolar não deixa de ser como a própria Educação, um reflexo da sociedade em que está inserida por conseguinte, está sujeita aos mesmos processos sociais e problemas que os constituem.
Observando as aulas de Educação Física em escolas públicas e particulares, podemos constatar, dentre outras questões, uma que consideramos de fundamental importância para o professor de Educação Física e para o cotidiano escolar em que se encontra inserido: a não utilização de jogos e brincadeiras infantis nas aulas de Educação Física.
Levando em consideração que os professores possuem um conteúdo abrangente relativo a existência e utilização de tais jogos, a partir de sua formação acadêmica, onde adquiriu conhecimentos sobre recreação, psicomotricidade, lazer, folclore, etc, alicerçadas nos jogos e brincadeiras infantis (considerados molas mestras para a aquisição de conteúdos relativos ao desenvolvimento psicomotor da criança), torna-se interessante descobrir a causa do quase total abandono dessas atividades (jogos e brincadeiras infantis), em detrimentos de outros conteúdos, nem sempre apropriados para faixas etárias diferenciadas.
Faz-se necessário, portanto, salientar que este estudo parte do pressuposto que os jogos e brincadeiras infantis não são utilização nas aulas de Educação Física e busca constatar o porquê desta não utilização, cujo valor pedagógico dessas atividades, procuraremos ressaltar no decorrer deste estudo.

  Justificativa.

 Após uma minuciosa pesquisa, feita com professores de Educação Física na cidade de São Miguel dos Campos, (o estudo "A utilização dos jogos e brincadeiras infantis nas aulas de Educação Física", IBESA-2011) constatamos que boa parte desses professores, tanto em escolas públicas quanto em particulares, além de não fazerem uso das atividades mencionadas, desconhece suas características culturais e educacionais, as quais procuraremos expressar sucintamente nesta justificativa.
Por serem os jogos e brincadeiras infantis, atividade de fácil organização, materiais acessíveis e por possuírem formas de conhecimentos tradicionais provenientes de nossa cultura, consideramos que este estudo merecia ser desenvolvido de forma aprofundada, com o intuito de oferecer aos professores de Educação Física, o real valor didático-pedagógico destas atividades, de forma a embasá-los em suas atividades no cotidiano escolar.
Por conseguinte, desejamos salientar uma contraposição aos valores culturais impostos pela mídia que sufocam e inibem os diferentes segmentos sociais de terem acesso a estas formas relevantes de enriquecimento intelectual e cultural existentes nos jogos e brincadeiras infantis e por conseguinte contribuir para o aumento das possibilidades curriculares, relativas ao cotidiano escolar, como no caso das aulas de Educação Física, cujo conteúdo apresenta plenas possibilidades de aquisição de conhecimentos diferenciados

  Objetivo

- Constatar se os professores de Educação Física tem utilizado ou não, os jogos e brincadeiras infantis em suas aulas escolares para o primeiro segmento do 1º grau.
- Identificar as razões para tais atividades serem ou não utilizadas em aulas de Educação Física.
- Discutir teoricamente o problema à luz do paradigma da cultura corporal.

  Considerações Metodológicas

Após escolhemos a abordagem empírico-analítica (Gamboa. 1989) para nortear nossa pesquisa, e como estratégia o estudo de caso, partimos para a escolha de um instrumento que ao mesmo tempo agilizasse a pesquisa e por conseguinte trouxesse o maior número de informações sobre a realidade abordada para que alcançassemos a conclusão de nosso estudo.
Foi através de um questionário que recolhemos as informações que concorreram diretamente para o fechamento do estudo.

   Conclusão

 Após a análise das informações recolhidas durante a coleta de dados, encontramos algumas informações que condizem com a expectativa por nós apresentada no decorrer do estudo.
A grande maioria dos professores entrevistados através do questionário (mais de 70%) demonstrou relativo desprezo pela utilização dos jogos e brincadeiras infantis em suas aulas, bem como o desconhecimento dos aspectos culturais, educacionais e históricos contidos nestas atividades.

 Outro parecer interessante obtido na pesquisa foi que os jogos e brincadeiras infantis quando não ficaram em 6º ou 7º lugar entre as demais atividades apresentadas para comparação (jogos pré-desportivos, educativos técnicos, contestes, piques, brinquedos cantados, atividades folclóricas), sequer foram indicadas como qualquer prioridade no contexto das aulas de Educação Física.
É a partir destes pressupostos que chegamos a conclusão que os jogos e brincadeiras infantis não possuem qualquer importância no contexto das aulas de Educação Física, tanto pelo desconhecimento de suas propostas e valores intrínsecos como pela falta de espaço hábil para sua utilização devida a supremacia de outros conteúdos nem sempre condizentes com a faixa etária característica do 1º segmento do 1º grau.

 Com ênfase nesta conclusão, buscaremos a partir deste estudo, desenvolver um próximo estudo que visará realizar uma pesquisa minuciosa dos diferentes tipos de jogos e brincadeiras infantis utilizáveis nas aulas de Educação Física e seus aspectos culturais e educacionais, bem como buscar no currículo relativo a Educação Física escolar no 1º segmento do 1º grau formas pelas quais este conteúdo de significativa relevância poderá aumentar a gama de possibilidades dos professores de Educação Física no cotidiano escolar

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