Sequência Didática Ensino Fundamental II
Saúde e qualidade de vida
Bloco de Conteúdo
Conhecimento sobre o corpo
Conteúdo
Conhecimento sobre o corpo
Objetivos
- Compreender conceitos e procedimentos básicos sobre atividade física, exercício, saúde e qualidade de vida e como eles se relacionam.
- Participar de um programa de exercícios físicos.
Conteúdos
- Treinamento e condicionamento físicos.
- Conceitos de atividade física, exercício, saúde e qualidade de vida.
Anos
6º ao 9º ano.
Tempo estimado
16 aulas.
Material necessário
Computador com acesso à internet e fichas de registro (como a apresentada na 2ª etapa desta sequência).
Desenvolvimento
1ª etapa
Converse com os alunos sobre atividades físicas e exercícios. Qual a diferença entre eles? O que é aptidão física e como desenvolvê-la? Saúde e qualidade de vida são a mesma coisa? Quais as semelhanças e diferenças? Quais são as atividades físicas e os exercícios praticados por eles dentro e fora da escola? Qual a periodicidade da prática? Quais benefícios trazem para a saúde? Depois de responderem a essas questões, exponha outras. Quais as práticas mais indicadas para o desenvolvimento da aptidão física? E as melhores para a força muscular, a resistência cardiovascular, a flexibilidade e a manutenção de um peso adequado?
2ª etapa
Realize uma avaliação da aptidão física de cada um, mensurando indicadores como o Índice de Massa Corporal (IMC) e a potência aeróbica. Os dados devem ser registrados em fichas (veja um modelo abaixo), que devem ser analisadas no início e no fim da realização do programa. Nelas, também há espaço para anotar as atividades realizadas.
Flexibilização
Solicite aos alunos com deficiência um atestado médico que detalhe suas necessidades específicas e dispense os cadeirantes do teste de Cooper. 3ª etapa
Reúna os estudantes em grupos e oriente-os a pesquisar algum tema relacionado à prática física para a apresentação de seminários. Por exemplo, frequência e intensidade da atividade, aptidão física, práticas mais adequadas a determinada faixa etária e vestimentas necessárias.
Flexibilização
Peça que as pesquisas incluam informações das especificidades das práticas para deficientes físicos.
4ª etapa
Entregue um roteiro aos grupos com orientações sobre seminários. É importante, por exemplo, que todas as apresentações contemplem informações básicas sobre cada tema. Durante as apresentações, oriente a turma a fazer boas perguntas. Qual a prática mais indicada para um idoso? É verdade que o exercício só funciona quando sentimos dor ao praticá-lo?
5ª etapa
Selecione com os alunos os exercícios mais indicados para proporcionar um bom desenvolvimento da aptidão física (e que possam ser realizados na escola, como futebol, corrida e alongamento) e elabore uma rotina para eles praticarem. Verifique e monitore a qualidade da prática de todos. Tudo deve ser registrado nas fichas de avaliação. Sugira também que eles registrem no caderno percepções subjetivas sobre melhoras do humor e do sono e se notaram o aumento de apetite.
Flexibilização
Adapte os exercícios para os deficientes praticarem também e explique a importância de se alongar para estimular os membros paralisados.
6ª etapa
Convide a turma a analisar o entorno da escola. Há espaços adequados para exercícios físicos (como parques e clubes)? Nesse momento, também é interessante levar os alunos a uma academia para conversar com os professores e os frequentadores a respeito dos melhores métodos de treinamento e condicionamento físico.
7ª etapa
De volta à escola, converse sobre mitos e verdades sobre exercícios físicos, o uso de anabolizantes e a prática de esportes em excesso.
Avaliação
Mensure novamente o IMC e a potência aeróbica de cada estudante e registre-os nas fichas. Comente as mudanças subjetivas. Analise os resultados com o grupo, avaliando se o tempo de prática e realização do programa foi suficiente para que cada um observasse alguma evolução no nível de aptidão física. Peça que elaborem, individualmente, um folheto informativo, para ser distribuído à comunidade, sobre os procedimentos básicos para a realização de um bom programa de exercícios físicos.
Sequência Didática Ensino Fundamental II
Atividade física saudável
Bloco de Conteúdo
Educação Física
Mais sobre atividade física
Reportagens
Objetivos
- Desenvolver atitudes e hábitos saudáveis de prática da atividade física, evitando lesões e riscos à saúde.
- Compreender as diferenças conceituais entre dor e fadiga.
- Identificar práticas corporais adequadas à faixa etária e ao nível de condicionamento físico.
- Conhecer métodos e procedimentos preventivos que ajudam a evitar a dor e a lesão na prática de atividades físicas.
Conteúdos
- Dor e fadiga.
- Alongamento.
- Nutrição para o esporte.
Anos
8º e 9º.
Tempo estimado
12 aulas.
Desenvolvimento
1ª etapa
Inicie a sequência apresentando à classe a proposta de debater o que é necessário para uma atividade física saudável e os problemas que ocorrem quando os limites do corpo não são respeitados. Numa roda de conversa, mapeie os conhecimentos da turma: como funciona o nosso corpo quando praticamos exercício físico? Quais as consequências de praticar exercício em excesso? Qual a diferença entre dor e fadiga? Alguém já sentiu dores ou teve lesões durante ou depois das práticas corporais? Quais os principais agentes externos que causam dores e lesões durante a atividade física (calçados inadequados, sobrecarga de treino, postura etc.)? Como prevenir-se contra dores e lesões? Prossiga perguntando sobre quais esportes, jogos, ginásticas e danças a turma pratica, sugerindo uma classificação no quadro de acordo com os seguintes critérios: práticas mais indicadas para a faixa etária da classe, as que causam menos lesões e as que são possíveis de praticar na escola.
2ª etapa
Divida a classe em grupos e peça que cada um deles selecione uma das práticas listadas no quadro durante a etapa anterior. A intenção é que preparem seminários sobre como prevenir dores e lesões na modalidade escolhida. Os trabalhos devem ter duas partes. A primeira, teórica, procurará responder às seguintes questões: qual é a prática? Onde realizá-la? Quem pode praticá-la? Quais os cuidados do praticante? Para que empreendam a busca pelas respostas, indique pesquisas em sites e revistas que abordam o assunto, como Boa Forma, Men's Health, Women's Health e Runner's World, e livros específicos sobre saúde e atividade física - uma indicação é O "Mito" da Atividade Física e Saúde, de Yara Maria de Carvalho. A segunda parte será composta de relatos de vivências das práticas na escola. Para garantir a segurança dos participantes, oriente uma rotina de procedimentos de aquecimento, relaxamento e monitoramento que ajudem a controlar a qualidade da atividade e a prevenir lesões.
3ª etapa
Planeje um evento que possa disseminar para a comunidade escolar os conhecimentos adquiridos no projeto. Algumas sugestões são produzir fôlderes explicativos sobre o tema para outras turmas, realizar vivências com funcionários ou, ainda, organizar palestras com profissionais da área de saúde para ampliar o que se sabe sobre o assunto.
Avaliação
Com base na observação das vivências, das pesquisas, do seminário e do evento escolhido, verifique se os alunos registraram os conhecimentos mais importantes sobre o tema e se os incorporaram à rotina das práticas corporais. Avalie, sobretudo, se eles demonstram cuidado com a postura, com a vestimenta (especialmente no que diz respeito aos calçados) e com procedimentos como aquecimento e alongamento.
Sequência Didática Ensino Fundamental I
Conhecer as danças na Educação Física
Bloco de Conteúdo
Atividades rítmicas e expressivas
Mais sobre dança
Reportagens
Plano de aula
Objetivos
- Descrever, demonstrar e adaptar danças conhecidas.
- Conhecer seus contextos de criação e de prática.
- Identificar a gestualidade das danças e dar significados a elas.
- Reconhecer a atividade como um patrimônio cultural.
Conteúdos
- Conhecimento sobre a origem e as características das danças.
- Vivências corporais rítmicas e expressivas.
- Técnicas específicas das danças vivenciadas pelos alunos.
Anos
3º e 4º anos.
Tempo estimado
Oito aulas.
Material necessário
Folha de papel pardo e pincel atômico.
Flexibilização
Alunos com deficiência intelectual costumam aprender melhor com a repetição de atividades. Por isso, antes de dar início à sequência didática, recomende que ele entre em contato com diferentes danças no contraturno, na sala de recursos. Apresente filmes e figuras. Também vale questionar quais são as músicas favoritas do aluno. Caso ele apresente dificuldades para expressar preferências, faça com que ele escute diferentes estilos musicais e indique quais mais gostou. O aluno com deficiência intelectual também pode participar das demonstrações de dança. Amplie o tempo da atividade para que ele ensaie com os colegas. Se ele tiver algum comprometimento motor, pode ser conduzido por um colega. Sugira que o aluno com deficiência intelectual também ensine gestos à turma nas vivências de diferentes danças. Amplie o tempo da etapa de pesquisa, pois é importante que o aluno repita ações e estabeleça relações com o cotidiano (pesquisar com a família, por exemplo, é uma boa alternativa). A visita a um local onde se dança vai ajudar muito o aluno com deficiência intelectual. Estimule-o a dar sua opinião e a fazer perguntas. Avalie se ele evoluiu nos conhecimentos que tinha da dança e conseguiu acompanhar alguns dos movimentos.
Desenvolvimento
1ª etapa
Faça um mapeamento das danças conhecidas pelos alunos. Após registrar as informações, peça que os estudantes classifiquem os ritmos citados conforme o local da ocorrência, a época, os trajes, os participantes etc. Convide-os a trazer CDs com músicas que gostariam de dançar. O professor deve fazer o mesmo, considerando os registros encontrados.
2ª etapa
Organize demonstrações das danças citadas individualmente ou em grupo. Convide uma parte da turma a interpretar a manifestação apresentada e discuta as diferentes opiniões. Solicite o mesmo ao grupo que apresentou a dança.
3ª etapa
Distribua a turma em grupos e organize a vivência de três diferentes danças. Os autores das demonstrações na etapa anterior, bem como os eventuais interessados, apoiarão os colegas na aprendizagem das coreografias, uma por vez. Estimule a produção de novos gestos nos grupos.
4ª etapa
Consulte a turma sobre seus interesses. Coletivamente, elabore questões. Exemplos: Qual a origem?, por que se dança desse modo?, o que significam esses movimentos?, por que as pessoas ocupam essas posições? Converse sobre os meios de encontrar as respostas. Algumas delas podem ser obtidas em classe, outras por meio da internet, de livros, de familiares e de amigos. Oriente o formato dos registros (caderno, gravador, máquina fotográfica etc.) e combine uma data para a socialização das descobertas. Isso pode ser feito em pequenos painéis, seminários e exposição de trabalhos.
5ª etapa
Uma parte das informações será obtida com a ajuda de pessoas que estão ou já estiveram em contato com as danças. É possível agendar uma visita a um local onde se dança um dos ritmos sugeridos ou receber convidados para uma entrevista. Assim, os estudantes têm a chance de dialogar com eles e reconhecer outras pessoas como agentes da cultura. Os alunos devem estar preparados para fazer perguntas (Quem participa dessa dança? Como é a aprendizagem? Existem ensaios? Como ocorrem? O que significam os trajes?) e registrar as informações coletadas. Depois, ajude-os a identificar semelhanças e diferenças entre seus conhecimentos iniciais e os recém-adquiridos.
Avaliação
Organize uma conversa com os alunos e identifique possíveis modificações nos modos como concebiam as danças estudadas. Proponha uma análise coletiva dos registros e peça que todos falem sobre eventuais mudanças no modo de ver as danças.
Educação Física
Plano de Aula Ensino Médio
Um corpo que não cai
Bases Legais
Linguagens e Códigos
Conteúdo relacionado
Este plano de aula está ligado à seguinte reportagem de VEJA:
Objetivos
Refletir sobre a importância da atividade física em todas as idades
Introdução
A reportagem de VEJA destaca a importância de manter o ritmo de atividades físicas pela vida afora. Leve essa discussão para a sala de aula, mostrando que o desenvolvimento da Educação Física no Brasil esteve ligado a vários fatores, entre eles o futebol. Use-o como pontapé inicial para analisar a questão.
Atividades
1ª aula Durante décadas as equipes de futebol tinham preparadores físicos improvisados, que não eram especialistas. A Copa do Mundo de 1958, na Suécia, primeira conquista nacional, marcou o começo da atuação de profissionais. O preparador Paulo Amaral inaugurou a preocupação do time brasileiro com o desempenho físico. Mas foi na Copa do Mundo de 1970, no México, que ocorreu um verdadeiro salto de qualidade. A busca pelo tricampeonato incluía dois desafios: a forte pressão do governo militar que relacionava a obtenção do título aos êxitos do regime e a altitude superior a 2 mil metros acima do nível do mar, que prejudica os atletas provenientes de localidades mais baixas.
Treinamento militar: O capitão do Exército Carlos Alberto Parreira ajudou
a revolucionar a preparação física do futebol, em 1970. Foto: Zeka Araújo
Conte à turma que a Confederação Brasileira de Desportos, responsável na época pelo futebol no Brasil, solicitou que a Escola de Educação Física do Exército fornecesse professores. Dos designados, dois acabaram se projetando no cenário futebolístico: Carlos Alberto Parreira, técnico campeão da Copa de 1994, e Cláudio Coutinho, que dirigiu a seleção no Mundial de 1978 e faleceu poucos anos depois. Esses militares (que depois foram para a reserva) adotaram formas modernas de treinamento, baseadas especialmente no trabalho de Kenneth Cooper. O americano propôs uma revolução nos costumes com a frase: Quem não encontrar tempo para se exercitar vai ter de encontrar tempo para ficar doente.
Divida a turma em grupos e peça que pesquisem como foi realizada a preparação física em 1970, comparando-a com a das copas anteriores e com a que fizeram as demais seleções que foram ao México. Sugira também que levantem dados sobre o método Cooper: como surgiu e como se expandiu pelo mundo, particularmente no Brasil. Todos devem se organizar para uma apresentação oral e a montagem de uma exposição de cartazes sobre o material apurado.
2ª aula Explique à garotada que foi só nos anos 1960 que o esporte passou a ser visto como uma atividade importante para a saúde da população em geral. Em 1966, o Conseil International dEducation Physique et Sport (Cieps) publicou o Manifesto Mundial do Esporte, assinado por Phillip Noel-Baker, prêmio Nobel da Paz. O documento indicava, pela primeira vez, que a prática de atividades físicas deveria fazer parte do currículo escolar e ser estimulada entre os homens comuns além do esporte de rendimento. Quatro anos depois, a Fédération Internationale dEducation Physique (Fiep) propôs uma conceituação original, que incluía valores morais em seu Manifesto Mundial de Educação Física. Outros documentos se seguiram até o final da década de 1970, como o Movimento Esporte para Todos (EPT), iniciado na Noruega e expandido pelo planeta, a Carta Européia do Esporte para Todos e a Carta Internacional de Educação Física e Esporte, da Unesco que colocava as atividades físicas e as práticas esportivas como um direito universal.
Essa nova visão se desenvolveu lentamente no Brasil e ainda hoje não faltam exemplos de professores de Educação Física que transformam suas aulas em ambientes só de bate-bola, competição entre times e repetição de exercícios. Um contexto que promove a valorização de habilidades motoras e talentos individuais, causando imensa exclusão de quem não tem o perfil de atleta. Mostre a seus alunos que o esporte, apoiado em seu preceito relacional, deve ser desenvolvido na abrangência de uma ética de convivência, voltado para a formação de princípios sócio-educativos que levem os beneficiários a um desenvolvimento da cidadania.
Proponha que os estudantes façam uma pesquisa com a própria família e/ou vizinhos. Estimule-os a buscar depoimentos de adultos das mais variadas idades. O ideal é que elaborem um questionário averiguando a idade, o sexo, a prática de exercícios, a freqüência e as razões dessa atividade. Ressalte que esse tipo de preocupação é recente. Antes dos anos 1980, não era comum a realização de exercícios físicos, corridas ou idas a academias. Lembre que o processo de urbanização, acelerado no Brasil nas últimas décadas, levou os habitantes a prescindir de exercícios. O uso indiscriminado do automóvel e do transporte coletivo fez com que as caminhadas ao trabalho acabassem (além de outras, para diversão ou visitas a amigos e familiares). A industrialização também reduziu os esforços físicos e as atividades de lazer tornaram-se cada vez menos dinâmicas, contribuindo para aumentar o sedentarismo, a obesidade e as doenças crônicas degenerativas. Para se ter uma idéia, o gasto energético do homem moderno é, em média, de apenas 38% do de seus ancestrais e o gasto energético total é de aproximadamente 44%. Para um americano médio se aproximar desse valor, por exemplo, seria necessário gastar 1.190 quilocalorias por dia (o equivalente a uma caminhada de 19 quilômetros) a mais que o habitual. Resumindo, o organismo humano não se adaptou ao estilo de vida sedentário, pois o padrão para o qual nosso genoma foi determinado é muito mais ativo.
Como mostra o texto de VEJA, a população vive cada vez mais recorde que a expectativa de vida no Brasil em 1960 era de 54 anos e hoje supera os 72. Isso significa que é preciso preparar o corpo para uma vida ativa mais longa ou ser condenado a anos de sofrimento e/ou privações na terceira idade.
Peça que a moçada tabule os resultados da pesquisa e use as informações como base para uma redação que estabeleça relações entre saúde, bem-estar e atividade física na vida adulta.
Atividade Permanente Ensino Fundamental II
Atividades corporais na EJA
Bloco de Conteúdo
Conhecimento sobre o corpo
Mais sobre Educação Física
Reportagens
Entrevista
Plano de aula
Galeria de Imagens
Vídeo
Atividade: Experimentação das
práticas corporais
Objetivo
- Vivenciar e analisar criticamente as práticas corporais.
Flexibilização
Para incluir alunos com deficiência nos membros inferiores, realize atividades com caráter lúdico, em que os braços são explorados. Pode-se começar com a brincadeira do remador, realizada em duplas com um aluno de frente para o outro e suas pernas apoiadas umas nas outras; ambos seguram um bastão e realizam movimentos de vai e vem, para frente e para trás; dependendo do direcionamento da força, é possível alcançar um desenvolvimento muscular dos membros superiores e da região do tronco. Realize circuitos motores em que os alunos rastejarão individualmente sem utilizar a força das pernas (a regra vale para os alunos sem deficiência); e, em duplas, um aluno realiza o exercício enquanto o outro oferece apoio.
No caso de alunos com deficiência nos membros superiores, proponha atividades de agachamento, realizadas em duplas. Os dois deverão posicionar-se de costas um para o outro, sentados. Ao comando do professor, a dupla levanta e volta a sentar. É possível, também, pensar em uma atividade menos complexa, o jogo do Vivo ou Morto Maluco, incluindo outras tarefas além das tradicionais. Dependendo do grau de deficiência do aluno, proponha também atividades em forma de circuito com desafios para os membros superiores, sempre trabalhando em duplas ou em trios. Nessas propostas, é possível desenvolver a força do aluno com auxílio e segurança de outros colegas e realizando atividades de isometria, em que o aluno deve suportar uma determinada carga em um bastão adaptado para tal fim.
Desenvolvimento
Proponha ao grupo realizar exercícios simples de força, como agachamentos para fortalecer os músculos. Pergunte quais as sensações obtidas. Destaque que os exercícios exigiram esforços variados, explicitando o princípio da individualidade biológica e tomando como referência os hábitos de vida de cada um.
Avaliação
Divida os estudantes em trios e peça que indiquem atividades físicas para os colegas. Analise se levam em conta os objetivos de cada um, como perda de peso e ganho de força.
Atividade: Pesquisa do movimento
Objetivos
- Identificar o que influencia as pessoas a fazer atividades físicas.
- Relacionar os conhecimentos dos entrevistados com os hábitos de vida.
Material necessário
Imagens de pessoas praticando atividades físicas, disponíveis na galeria de imagens Pesquisa do Movimento
Flexibilização
Para que alunos com deficiência visual possam participar desta atividade, mostre vídeos ou leve para a sala objetos relacionados à prática esportiva - bolas, pesos, corda - para que ele reflita sobre o estilo de vida fisicamente ativo. Na divisão de grupos para os questionários, sugira que o aluno cego entreviste outras pessoas com deficiência para, além de falar sobre a prática esportiva e o sedentarismo, abordar as necessidades das pessoas com deficiência ao exercitar-se. Ao longo da experimentação das práticas corporais, é possível propor para a turma um momento em que todos realizem determinada atividade física com os olhos vendados, para vivenciar as experiências do colega com deficiência visual.
Desenvolvimento
Mostre para a turma as imagens e converse com ela sobre o movimento, visando a adesão ao estilo de vida fisicamente ativo. O que motiva as pessoas a praticar exercícios? Proponha realizarem uma pesquisa de campo. Oriente a elaboração de questões para praticantes e sedentários. Para o primeiro grupo, as questões devem abordar as razões que levam à prática, os objetivos, as sensações experimentadas e o desempenho alcançado. As perguntas para os não-praticantes devem sondar as razões do comportamento, se possuem alguma experiência e, em caso afirmativo, quais os motivos que os levam a não prosseguir com a rotina. Ajude a turma a fazer uma tabela relacionando os motivos, os objetivos e as sensações, no caso das pessoas praticantes, e as razões das não praticantes. Peça que a turma sugira ações para incentivar o segundo grupo a se exercitar.
Avaliação
Analise as propostas dos estudantes. É importante que as ideias levem em consideração as condições físicas e a idade dos entrevistados.
Atividade: Análise de atividades corporais
Objetivo
- Reconhecer a importância de práticas físicas e suas especificidades.
Flexibilização
Pessoas com deficiência intelectual costumam apresentar dificuldades motoras e limitações ao expressar sentimentos. Respeitar o ritmo de cada aluno é fundamental. Peça para que ele também descreva as situações em que o exercício físico provoca cansaço ou dores. Se necessário, solicite que o seu aluno com deficiência demonstre os movimentos que costuma repetir e que causam desconforto. Ele pode e deve participar ativamente da discussão. Ensine alguns exercícios de alongamento e realize-os com o seu aluno, se possível, repetidas vezes. Isso vai ajudá-lo a fixar melhor o conteúdo trabalhado. Se necessário, prolongue o tempo da atividade e elabore atividades que possam ser realizadas no contraturno.
Desenvolvimento
Peça que todos relatem, brevemente, os movimentos que fazem no dia a dia no âmbito profissional e doméstico. Por exemplo: varrer o chão, digitar, caminhar, carregar peso, dirigir e lavar a louça. Anote os que se caracterizam pela repetição e pergunte a cada um como se sente após a realização. Estimule-os a comentar dores e manifestações de cansaço. Explique quais os efeitos das atividades repetitivas, como tendinite e lombalgia. Pergunte o que cada um faz para tentar diminuir as dores. Interrupção temporária do movimento? Instigue o grupo a pensar em alternativas para minimizar as consequências das repetições. Destaque um dos princípios básicos para aliviar a dor - o alongamento - e mostre as várias formas de realizá-lo.
Avaliação
Em grupos, os estudantes devem escolher um movimento repetitivo feito por algum colega no dia a dia e propor alongamentos, considerando o que foi explicado. Observe se eles levam em conta somente as partes afetadas pela repetição ou se consideram também outras áreas do corpo que precisam ser alongadas. Caso seja necessário, organize uma nova discussão e esclareça as vantagens a curto e a longo prazo de realizar essas atividades e como elas podem evitar lesões mais graves.
Sequência Didática Ensino Fundamental II
Estudo dos fundamentos da fisiologia humana
Bloco de Conteúdo
Educação Física
Objetivo
Compreender a finalidade da atividade física
Mais sobre Educação Física
Expectativa de aprendizagem
Conteúdos
Conhecimento dos principais músculos envolvidos em determinados movimentos; identificação das capacidades físicas condicionantes e coordenativas bem como as habilidades motoras básicas e específicas trabalhadas durante a atividade.
Anos
6º ao 9º ano
Tempo estimado
Duas a quatro aulas
Material necessário
01 rede de voleibol
04 bolas de voleibol ou de iniciação esportiva
08 cones
01 bola de handebol meio murcha (para facilitar a empunhadura e estimular o passe como alternativa mais eficiente)
01 bola de basquete
01 bola de futsal
coletes de duas cores
Desenvolvimento
Com o uso de pôsteres, vídeos instrucionais e outros materiais audiovisuais, o professor pode aumentar os conhecimentos dos estudantes sobre o próprio corpo. As atividades físicas devem indicar os músculos trabalhados, as características aeróbicas e anaeróbicas que desenvolvem etc.
1ª etapa
Aquecimento: Peça que os alunos sugiram um pega-pega que conheçam e gostem. Pode ser qualquer um que eles estejam acostumados a brincar. Valorize as sugestões trazidas e utilize, necessariamente, alguma delas. Mesmo que tenha que fazer algum tipo de adaptação pelas características do espaço disponível ou pelo número de alunos presentes. Possíveis sugestões: pega-pega corrente, pega-pega nunca três (em pé ou sentado), pega-pega pula cela, mãe da rua etc.
2ª etapa
Explique a proposta do dia dizendo que experimentarão jogos pré-desportivos relacionados às quatro modalidades mais praticadas na escola: vôlei, handebol, basquete e futsal. Como o tempo de uma aula provavelmente não será suficiente, peça para que a turma eleja duas modalidades para cada dia.
3ª etapa
Sugestões para os jogos:
Vôlei
Jogos 3x3 ou 4x4 (cada equipe em ¼ de quadra), de modo que se tenha de 12 a 16 alunos jogando simultaneamente. Utilizar somente a manchete e o toque. Delimite as quadras utilizando cones (ou outro material) e tenha o cuidado de reduzir o comprimento das mini-quadras. As equipes que não estiverem jogando deverão aguardar no fundo ou nas laterais atentas para substituir imediatamente quando a equipe que estiver em sua quadra sofrer o primeiro ou o terceiro ponto (combinem previamente).
Handebol
Utilize a quadra toda (7x7) de modo que 14 alunos joguem simultaneamente. As substituições podem ocorrer da seguinte forma: 1) Quem estiver na espera fica próximo ao gol de sua equipe; 2) Ocorrências possíveis e seqüência do jogo: a) o goleiro que sofrer um gol irá para a área de espera; b) o goleiro que defender uma finalização substituirá o defensor de sua equipe que marcava o atacante que fez a tentativa, este defensor irá para a área de espera e um novo goleiro entrará em ação.
Basquete
Os jogos podem ser feitos na quadra inteira. Escolha um local em cada lateral da quadra para que este seja a área de espera / posto de troca. O aluno que fizer uma cesta irá para a área de espera da equipe adversária e será substituído por um integrante de sua antiga equipe. A idéia básica é esta: quem pontua sai do jogo e na próxima oportunidade de jogar, já fará parte de outra equipe.
Futsal
Pode-se utilizar o mesmo funcionamento proposto para o handebol, porém com jogos 5x5.
4ª etapa
Alongamento: peça para que a turma faça uma roda e que deem uma distância dos colegas ao lado para que tenham espaço para realizar os exercícios. Estipule um tempo para a realização do alongamento para que eles não apressem esta etapa. Peça sugestões de exercícios de alongamento aos alunos, estabelecendo somente que eles deverão respeitar uma seqüência: iniciar pelos membros inferiores e prosseguir até chegarem aos membros superiores.
Avaliação
Roteiro de avaliação para discutir os jogos e exercícios propostos:
1. O que estes jogos têm em comum ou em que pontos são ao menos semelhantes?
fundamentos técnicos de defesa: postura defensiva, deslocamentos defensivos, desarmes, rebotes de defesa;
fundamentos técnicos de ataque: passes, lançamentos, finalizações, rebotes de ataque.
Princípios táticos: leitura da defesa, circulação da bola, identificação de companheiro desmarcado, identificação do posicionamento do adversário, tomadas de decisão.
2. Identificar as passagens dos jogos em que existe oponência (enfrentamento do adversário) e em que existe cooperação (passes, trabalho em equipe, etc).
3. Alongamento:
Se possível, utilize um pôster do sistema muscular humano para motivar e facilitar a avaliação.
Quais foram os grupos musculares mais exigidos durante as atividades?
Estes músculos foram devidamente cuidados no alongamento final? Em caso afirmativo, durante quais exercícios? Em caso negativo, quais exercícios poderiam ser interessantes?