domingo, 16 de novembro de 2014

Entenda como funciona o processo de envelhecimento do ser humano




Cabelo grisalho, perda de memória, rugas e ossos frágeis. Cedo ou tarde, (se tivermos sorte) todos nós ficamos velhos. Ainda assim, os cientistas dizem que não existe uma razão evolucionária para nós envelhecermos. Então por que ficamos velhos?
O processo de envelhecimento
Pesquisadores não concordam entre si sobre quais são as causas do envelhecimento. Alguns dizem que nossos genes estão programados para se deteriorarem, murcharem e morrerem. Outros acreditam que o acúmulo de dano é a raiz da nossa senescência. Cavando mais fundo, muitos acreditam que uma combinação de vários fatores contribui para o envelhecimento.
Dano celular
Por volta de 1882, quando introduzida pelo biólogo August Weismann, a teoria do dano celular basicamente dizia que o corpo sucumbe ao desgaste:
Como os componentes de um carro velho, cedo ou tarde o uso constante faz com que as partes do corpo desgastem, matando o corpo.
Trabalhando sobre essa ideia fundamental, pesquisadores atuais estão explorando aspectos particulares específicos que revelem onde e como esse desgaste ocorre.
Efeitos somáticos ao DNA
Focando na deterioração do DNA no decorrer da vida, de acordo com esta teoria:
Os danos ao DNA ocorrem continuamente nas células… Enquanto a maior parte desses danos são reparados, alguns se acumulam… [e] ocorrem mutações genéticas e se acumulam com o aumento da idade, fazendo com que as células se deteriorem e apresentem mau funcionamento. O dano ao DNA mitocondrial, particularmente, leva à disfunção [onde] os efeitos da idade são resultado do dano à integridade genética das células do corpo.
O DNA mitocondrial (mtDNA) sofre mutações mais rápido do que o DNA no núcleo das células, então o mtDNA causa mais “radicais livres”, que se acredita levarem ao envelhecimento. Uma vez que a mitocôndria (a usina de força das células) trabalha mais quando tem mais combustível (ou seja, comida) disponível, quanto menos o organismo se alimenta, menos radicais livres são produzidos. O resultado disso é que alguns cientistas dizem que a restrição de calorias pode agir como uma fonte da juventude:
Uma dieta com uma restrição severa de calorias (cerca de 30 porcento abaixo do normal, porém acima dos níveis de inanição) pode aumentar o tempo de vida, diminuir as chances de câncer e tornar mais lento o declínio da memória e dos movimentos.
Outros são mais cautelosos sobre a recomendação de uma dieta com restrição de calorias:
Animais em dieta restrita crescem mais lentamente, se reproduzem menos e têm sistemas imunológicos mais frágeis… [porque a] dieta restrita parece colocar o corpo em um modo de sobrevivência, suprimindo o crescimento e o consumo de energia.
Além disso, os detratores ressaltam que só porque “[foram] percebidos aumentos no tempo de vida de ratos, [isso] pode não ser verdade em mamíferos grandes, como os humanos… [porque, diferente de animais pequenos,] mamíferos grandes podem migrar em tempos de fome”.
De qualquer forma, pelo menos um estudo mostrou que pessoas em uma dieta restritiva de calorias vão “ter a insulina e o colesterol do sangue mais baixos e menor risco de aterosclerose”, condições que contribuem para o envelhecimento e a mortalidade.
Reticulação
Outro ramo da teoria do dano celular foca na reticulação, um processo no qual proteínas danificadas e obsoletas, que de outra forma seriam quebradas por enzimas (proteases), são protegidas disso ao fazer ligações inapropriadas, permitindo que elas “fiquem por lá (…) e causem problemas“. Com o passar do tempo:
Um acúmulo de proteínas que passaram por reticulação danifica células e tecidos, deixando mais lentos os processos do corpo…
Esse fenômeno foi identificado em pelo menos um sinal do envelhecimento e está implicado em outro:
A reticulação do colágeno, proteína da pele, por exemplo, se provou ao menos parcialmente responsável pelas rugas e outras mudanças dermatológicas relacionadas à idade [e]… no cristalino dos olhos, também se acredita que tem um papel na formação da catarata que vem com a idade. Pesquisadores especulam que a reticulação das proteínas nas paredes das artérias ou dos sistemas de filtragem dos rins podem ser culpadas por pelo menos alguns casos de aterosclerose.
Codificando os genes
Olhando para os projetos que guiam os organismos, cada uma destas teorias exploram a idéia de que, a nível celular, nós estamos “programados” para a obsolência.
Longevidade programada
Muitos pesquisadores acreditam que “o envelhecimento é o resultado do liga e desliga sequencial de certos genes, com a senescência [velhice] sendo definida como o tempo em que os déficits da idade se manifestam”.
Para apoiar essa teoria, cientistas têm estudado o envelhecimento com a ajuda de Caenorhabditis elegans:
O clássico nematoda de laboratório… [que são] pequenos vermes transparentes… fáceis de manipular geneticamente e com uma vida de apenas duas semanas… provêm uma rápida visão em time-lapse do processo de envelhecimento.
Em 1993, um grupo de pesquisadores descobriu que “C. elegans com uma mutação específica em um único gene vivem duas vezes mais do que as espécies sem [essa mutação. Isso] … leva a uma mudança no pensamento… que [não são muitos genes, mas sim] um único gene pode regular dramaticamente o quanto um organismo vive…”
Este gene, daf-2, é uma proteína muito similar à insulina, nossa proteína receptora e, pelo menos em C. elegans, mostrou em um estudo posterior que é um gene bastante mandão:
O Daf-2 normalmente controla muitos outros genes… por exemplo, em seus estudos de C. elegans, pesquisadores encontraram um grande conjunto de genes que são “ligados” ou “desligados” em vermes que carregavam duas cópias da mutação no daf-2…
Os tipos de genes que são regulados pelo daf-2 incluem os de desenvolvimento, metabolismo e resistência ao estresse. Isso é importante porque “vários genes codificam para proteínas que aumentam o tempo de vida ao agirem como antioxidantes, regulando o metabolismo e exercendo um efeito antibactericida”.
Teoria endócrina
Outros pesquisadores defendem a teoria que genes reguladores da idade carregam “relógios biológicos [que] agem através de hormônios para controlar o ritmo que o envelhecimento [atravessa] o IIS, ou seja, a via de transdução de sinal evolucionária da insulina ou do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1…”
O sistema IIS é um sistema antigo e altamente conservado que coordena o crescimento, a diferenciação e o metabolismo, em resposta às mudanças das condições ambientais e na disponibilidade de nutrientes…
Nessa teoria, indivíduos se adaptam a nível celular, em resposta às condições do ambiente. Assim, nutrem os melhores resultados para a continuação das espécies.
Em resposta a condições ambientais rigorosas… [as células se adaptam para produzir] um aumento da resistência e da proteção contra o estresse, a redução de inflamações de nível baixo e o aumento na biogênese mitocondrial [aumento de energia na célula].
Deste modo, em tempos difíceis o tempo de vida do organismo aumenta, pelo menos por tempo suficiente para cumprir a necessidade biológica de reprodução.
Teoria imunológica
A terceira proposta de codificação do gene que se propõe a explicar o envelhecimento diz que “o sistema imunológico é programado para deteriorar com o passar do tempo, o que leva a uma crescente vulnerabilidade a doenças infecciosas e, então, ao envelhecimento e à morte”.
Os defensores dessa teoria observam que “conforme alguém envelhece, anticorpos perdem sua eficácia e poucas das doenças novas podem ser combatidas com eficiência pelo corpo, o que causa estresse celular e, futuramente, a morte”.
Esse último argumento foi questionado por uma pesquisa recente que estudou a mortalidade e a fertilidade em 46 espécies diferentes (incluindo humanos), levando a resultados marcantes:
Embora… a maior parte das 46 espécies possa ser grosseiramente classificada ao longo de um envelhecimento contínuo… [mostrando] uma forte deterioração com a idade, [outras espécies demonstraram] deterioração negativa, com envelhecimento negativo e um aperfeiçoamento com a idade.
Isso significa que algumas espécies: “com o passar dos anos, ao contrário dos humanos, se tornam mais propensas a reproduzir e menos propensas a morrer”.
Na verdade, há tanta diversidade no envelhecimento entre as espécies que, mesmo entre aquelas que envelhecem como nós, há algumas, como o andorinhão-real, que se tornam mais férteis (propensos a reproduzir) conforme se aproximam da morte.

Melissa escreve para o site TodayIFoundOut.com, com muitos fatos interessantes. Clique aquipara assinar a newsletter “Conhecimento Diário”, ou curta a página no Facebook aqui.
Este post foi republicado com permissão de TodayIFoundOut.com.


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O PAPEL E A DIDÁTICA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA (PARTE 2)

 Segundo Libâneo no que diz respeito ao ensino da Educação Física especificamente, o escolanovismo propiciou as condições necessárias para que alguns professores escondessem suas dificuldades profissionais. Por não dominar o conteúdo da Educação Física, desconhecer suas metodologias de ensino, ou, ainda, por não ter compromisso político com seu trabalho docente, em alguns casos, o professor de Educação Física acaba se tornando um "especialista em relações humanas", acreditando que se"ausentar[nos pseudo debates] é a melhor forma de respeito e aceitação plena do aluno". Justifica sua "ausência" alegando que toda  intervenção é ameaçadora, o resultado de uma aula é muito parecido ao de uma boa terapia de grupo: boa aula é aquela que permite ao aluno uma verdadeira purificação pessoal (Catarse). A não atividade abandona os alunos a seus próprios desejos, como se eles tivessem uma tendência espontânea a alcançar os objetivos esperados da educação.[...] As Tendências espontâneas e naturais não são "naturais" , antes são tributárias das condições de vida e do meio (LIBÂNEO, 1986, p. 41).
A Educação Física pedagogicista (1945-1964), versão escolanovista da Educação Física, postulava a necessidade dessa disciplina ser entendida pela sociedade como uma prática prioritariamente educativa. Como algo útil para a sociedade era "capaz de promover a Educação Física do homem brasileiro, respeitando suas peculiaridades culturais, físico-morfologicas e psicológicas". (GHIRALDELLI JÚNIOR,1994, p. 19), mantendo-se acima das questões políticas e das contradições de classes.  

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Exercício consegue retardar Alzheimer

CONFEF

Atividade física, ter amigos para conversar e evitar a obesidade pode retardar o aparecimento da Doença de Alzheimer (causa mais comum de Demência), afirma o médico Ailton Melo, professor de neurologia da Universidade Federal da Bahia, que adverte que “não existe como se evitar, mas nós podemos retardar o aparecimento”.
Também conhecida como Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa atualmente incurável, mas que possui tratamento. O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento. (...)
O neurologista Ailton Melo participou de um estudo com outros especialistas da Divisão de Epidemiologia e Neurologia, da Ufba, como Paula Aguiar, Larissa Monteiro, Ana Feres e Irênio Gomes, sobre a doença que comprova que o exercício físico melhora a qualidade de vida do paciente. 

terça-feira, 27 de maio de 2014

O PAPEL E A DIDÁTICA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA parte 1

          Segundo Darido citada por Barbosa, "todas as tendências, de algum modo, ainda hoje influenciam a formação do profissional e as práticas pedagógicas dos professores de Educação Física". Portanto, tentar definir o educador (e seu papel) pressupõe a necessidade de contextualizá-lo em uma prática desejável. E essa definição pode ser engendrada a partir de duas vertentes diferentes, mas complementares. 
         Para a primeira vertente, no que diz respeito a uma "cultura do movimento humano" , todos somos educadores e educandos, ao mesmo tempo.
Mesmo fora da escola, a criança e o jovem estão sempre aprendendo ensinando jogos, brincadeiras e danças. Aprender e ensinar esses aspectos  da cultura do movimento ( da musicalidade, da sensibilidade etc.) não é privilégio do espaço escolar, nem do professor de Educação Física.
       Outra possibilidade é entender o educador como um profissional que, de maneira de condutas desejáveis no educando, ou, ainda, movimentos desejáveis. Educador seria aquele que usa determinados métodos para trabalhar conteúdos, visando alcançar um objetivo preestabelecido.]
            No entanto em ambas as vertentes, esse educador pode caracterizar-se como um objeto da história da humanidade. Ele aparece como um simples objeto da história quando não percebe que todo processo ensino-aprendizagem (seja conforme a primeira vertente, como educador no sentido genérico, seja de acordo com a segunda vertente, como educador profissional) implica um posicionamento político, mesmo que disso esse educador não tenha consciência. Segundo Luckesi(1984, p. 24), o educador " como sofre a ação do tempo e dos movimentos sociais, sem assumir a consciência e o papel interferidor nesse processo. 
           A cima disso tudo precisamos que o professor de Educação Física adote sim um critério profissional nas escolas com responsabilidade e respeito aos educandos, tratando-os de maneira igualitária e sempre pronto a sugerir uma melhor maneira de se desenvolver a educação global aqui solicitada.
Cleiber de Meireles. coordenador do núcleo de Educação Física do município de Campo Alegre Al.






 




 


sábado, 22 de março de 2014

A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: NOVOS RUMOS E A QUESTÃO DO JOGO

A Educação Física Escolar tem se ocupado muito com o fazer, o executar, o ser capaz de, e tem se esquecido dos princípios e finalidades que regem a Educação Física.
"...a escola, como instituição, parece não ter absorvido a Educação Física e o esporte em seus objetivos de formação de um homem livre, que se conhece, se experimenta, se vence, respeita o direito do outro e se mantem consciente de seus valores e responsabilidade"(FERREIRA,1994, pg. 21).
Nesse sentido e com essa preocupação estudiosos vêm tentando muda a posição alienada em que se encontra a Educação Física, buscando sua identidade, elaborando teorias e concepções, com a intenção de inseri-la realmente dentro do contexto escolar. Assim sendo incluída efetivamente como componente do currículo a Educação Física deixa de ser apenas instrução física e passa a assumir um papel mais efetivo no processo de desenvolvimento e formação do indivíduo através de sua especialidade: o do ensino, o da construção do conhecimento, através do movimento humano.(SOUZA NETO, 1992).

 

 

sexta-feira, 14 de março de 2014

PALESTRA SOBRE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR- REPENSANDO A EDUCAÇÃO FÍSICA

Precisamos de um entendimento da EDUCAÇÃO FÍSICA para podermos debate-la pedagogicamente, visando essa condição o Professor Cleiber, vem desenvolvendo várias palestras voltadas para a área de EDF e outros seguimentos e modalidades da Educação Básica, e no dia 13/03/2014 ocorreu mais uma na Escola Zenóbia Ferreira, e tivemos a participação de vários profissionais da área, além de técnicos coordenadores, e gerentes de ensino de Campo Alegre, com o Tema: O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUAS COMPETÊNCIAS.
 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

IMPORTANTE SABER ANTES DE FAZER UMA ATIVIDADE FÍSICA SEQUENCIADA






Durante a atividade física, o ritmo cardíaco aumenta de forma linear com o ritmo do exercício, intensidade do esforço físico, assim como com o aumento do consumo de oxigênio na atividade muscular.
Em adultos normais, com valores de referência do ritmo cardíaco varia de 60 a 80 bpm em repouso, chegando a 100bpm, conforme estado emocional, atividade muscular, fatores ambientais, uso de medicamento (betabloqueadores/efedrina), ansiedade entre outros fatores. Em atletas altamente treinados, é comum encontrarmos a bradicardia, valores de batimentos cardíacos abaixo de 60bpm. Isso acontece apenas com pessoas que façam atividades e atletas, mostrando um coração mais eficiente e possuindo boa adaptação das centrais cardíacas. Caso você tenha um batimento cardíaco mais baixo e não seja atleta, pode ser sinal de alerta.
Esse ritmo de nosso coração é individual e altera conforme as citações acima. Mesmo no dia de prova, essa excitação cardíaca é aumentada. Devido à expectativa para a prova, alguns atletas já largam com uma frequência cardíaca mais elevada. Porém, para que esse atleta não sinta dificuldade no percurso, após a largada deve se controlar e deixar o ritmo mais constante possível para que o corpo entre em estado estável do exercício e consiga equilibrar o gasto com o consumo.
                                             
Assim como valor de referência dos batimentos cardíacos em repouso, a pergunta que se faz é até quanto meus batimentos cardíacos pode chegar na atividade física e qual o valor mais elevado que um indivíduo pode atingir.
Para sabermos quanto seu batimento cardíaco pode atingir na atividade física, temos que saber qual é o valor máximo e depois qual deve ser a intensidade de trabalho. Para determinar esse valor de frequência cardíaca máxima alcançada para o treinamento e para a atividade física, temos alguns métodos. Um deles é o das equações preditas populacionais, trabalhadas de forma indireta; e os métodos de trabalho direto pelos exames laboratoriais específicos de ergométrico e ergoespirométrico submetidos à esteira rolante, dependendo da especificidade da atividade do praticante.
Nas equações preditas para esse cálculo, temos algumas equações com base na média populacional dos grupos estudados, e umas das mais utilizadas e conhecida hoje em dia é de Karvonen (1957), que obteve a seguinte fórmula: 220 – idade. Essa formula, porém, com desvio padrão de 8 a 11 bpm, + ou – 10 até os 25 anos, e a partir dos 25 anos permite uma abrangência maior de + ou – 12, podendo distorcer a montagem do programa. Para ajuste da prescrição do exercício em cima dessa fórmula deve ser considerar esses desvios padrões.
A formula de Tanaka et al (2000) é uma das formulas recentes que parece ser a mais recomendada para sujeitos saudáveis, compreendendo a seguinte fórmula FCM=(208-0,7 x idade).
Os métodos de trabalhos diretos: como o exame de ergometria e ergoespirometria fornece, além de uma FCM no esforço, uma resposta mais próxima dos valores de treinabilidade para o indivíduo e de maior fidedignidade para a montagem dos programas. A ergoespirometria é um dos métodos diretos que nos mostra mais parâmetros de limiares e individualização e especificidade da capacidade do atleta e não simplesmente mensura a resposta máxima cardíaca no exercício e avaliação de anomalias cardíaca.
Após sabermos os valores máximos que nosso coração poderá atingir e exigir perante a idade e a atividade, e as respostas de exame, é preciso determinar as zonas alvo de intensidade para cada trabalho e objetivo que a pessoa tem com o programa. Para um trabalho aeróbio, com a utilização e participação do oxigênio nas reações e sistema cardiovascular e queima calórica, o trabalho deve ser feito com base nas equações preditas de 50 a 70% da FCM e para nível anaeróbio como treino de ritmo, intervalados, esforço vigoroso, valores de 80 a 90 % da FCM para o esforço.
Após sabermos o ritmo basal em repouso de nosso coração, os batimentos máximos pelo teste ou pela fórmula predita e as intensidades, pode-se trabalhar conforme o objetivo.
Vamos pegar cada consideração e estabelecer a fórmula com base na intensidade trabalhada:
Zona Alvo de Treinamento: (FCM – FCR) x (intensidade do trabalho) + FCR
·         FCM: Frequência Cardíaca Máxima
·         FCR: Frequência Cardíaca Repouso

Intensidade do Trabalho

Atividade Fácil zona de conforto
(50 a 80% FCM

Descrição: Zona para pessoas sedentárias, e iniciantes que estão em adaptação com a atividade física, muscular e cardíaca, zona de queima calórica, treinos regenerativos, treino de volume para provas longas

Limiar Anaeróbio (80 a 90% FCM)

Descrição: zona do ácido lático para melhor da performance atlética e rendimento, acidose metabólica e do limiar anaeróbio, treinos de intensidade de ritmo médios a forte

Esforço Máximo (90 a 100 % FCM)

Descrição: zona de perigo na atividade física, sujeito a contusões, stress oxidativo, ritmos forte a muito forte.

Após os valores acima mencionados para a prescrição do treinamento, agora é definirmos de que forma podemos controlar os ritmos do coração.
Uma das formas mais utilizadas é o monitor cardíaco, composto pelo transmissor relógio e o receptor de fita localizada no tórax. Esse instrumento ajuda a controlar as intensidades para que o exercício seja feito de maneira segura, além de diminuir os riscos de lesão, não expondo o organismo a certas intensidades, e contribuir para uma evolução mais rápida no condicionamento físico. Pois o atleta saberá quando deve correr no ritmo mais médio a forte e quando está nos treinos de mais volume, mais fáceis. Isso é fundamental para a evolução e supercompensação do treinamento.

Outra forma de mensurar os batimentos cardíacos é pelo método manual, porém esse método é aplicável pré e pós-treinamento. A mensuração pode ser feita na artéria radial e na artéria carótida.
A mensuração deve se realizar na contagem de 15 segundos x 4, ou 10 x 6, na artéria radial, localizada próximo ao dedo polegar. Na carótida, é preciso tomar os devidos cuidados para que não se aperte a região, promovendo semi-oclusão.




Essas informações irão ajudar a entender um pouco mais do treinamento, dessa “maquina” que temos em nosso corpo, controlarmos da melhor forma os treinamentos para que tenhamos uma evolução e ganhos de condicionamento físico satisfatório sem grandes sobrecargas para o organismo.
O sistema cardiovascular é um das engrenagens satisfatórias para o treinamento, e no consumo máximo de oxigênio nos esportes de resistência, porém para gerar benefícios e estímulos devemos saber em que percepção de esforço estamos trabalhando. Em cada intensidade e colhermos os frutos do treinamento.
Abraço e bons treinos!