quinta-feira, 27 de outubro de 2016

AS TRANSIÇÕES DEMOGRÁFICAS E A RELEVÂNCIA DO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA


Resumo:

O presente estudo exploratório consiste numa abordagem qualitativa com base em pesquisa bibliográfica, justificado pela necessidade de atuação dos profissionais em Educação Física na orientação e prescrição dos exercícios físicos direcionados a pessoas idosos, levando em conta o envelhecimento é um processo progressivo e dinâmico, e ao mesmo tempo complexo nas suas modificações que envolvem mudanças morfológicas. Inserido nesse quadro transições demográficas e epidemiológicas, o Educador Físico detém um papel fundamental na orientação de atividades físicas voltada para esta faixa etária na melhoria da qualidade de vida e na inserção destes em programas de atividade física.

Método:

O presente estudo exploratório consiste numa abordagem qualitativa com base em pesquisa bibliográfica, proporcionando com isso maior familiaridade do assunto abordado e buscando identificar na literatura afim os fatores que contribuem para compreensão da temática abordada (Gil, 2007). A justificativa baseia-se na necessidade de atuação dos profissionais em Educação Física na orientação e prescrição dos exercícios físicos direcionados às pessoas idosas que possam contribuir na melhoria da qualidade de vida deste público alvo.

Discursão:

Nas ultimas décadas, verifica-se um aumento exponencial na taxa de envelhecimento no mundo e principalmente no Brasil. Estimasse que a população com 60 anos ou mais ultrapasse dos atuais 13% para 26,7% da população brasileira (58,4 milhões) em 2060, estima-se um aumento na expectativa média de vida do brasileiro de 75 anos para 81 anos (IBGE, 2010). “As alterações na dinâmica populacional são claras, inequívocas e irreversíveis. Desde os anos 1940, é entre a população idosa que temos observado as taxas mais altas de crescimento populacional” (KÜCHEMANN, 2012, p.165).
As mudanças demográficas decorrentes nas últimas décadas têm seus fatores ancorados no “declínio das taxas de mortalidade e, mais recentemente, também nas suas taxas de fecundidade. Esses dois fatores associados promovem a base demográfica para um envelhecimento real dessas populações” (RAMOS, VERAS, KALACHE, 1987, p. 211). Com isso, evidencia-se juntamente com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, uma prevalência das doenças crônicas degenerativas, tais como doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas (Malta et al, 2006), ocorrendo mudanças no perfil dos serviços públicos de saúde.

Para Meireles (1999), o envelhecimento é um processo progressivo e dinâmico, e ao mesmo tempo complexo nas suas modificações que envolvem mudanças morfológicas, psicológicas e funcionais que se estende do nascimento à velhice, determinando a capacidade de adaptação ao meio quanto aos processos patológicos. Para Zimerman (2000), o desgaste do organismo com o passar dos anos é inevitável, apesar da velhice não ser uma doença é uma fase na qual o ser humano fica mais suscetível.
Mazo et al (2007) ressalta que a diminuição da capacidade funcional de realizar atividades da vida diária é consequência da vulnerabilidade às agressões intrínsecas e extrínsecas do organismo, a dependência tanto parcial quanto permanente tem ocorrido por incidências de quedas, gerando um alto custo nos tratamentos médicos devidos a extensos períodos de internação e reabilitação com maior risco de morte.

O Educador Físico nesse cenário de transições epidemiológicas detém um papel fundamental na orientação de atividades físicas voltada para esta faixa etária, contribuindo para a realização correta dos exercícios físicos, amenizando com isso, o risco de lesões. Tendo em vista que com a senescência observasse nas estruturas musculoesquelética, “uma diminuição na velocidade de contração muscular e uma atrofia das fibras que compõem esses músculos. Há, então, uma perda de massa muscular total. Tanto a força física quanto a capacidade de gerar trabalho são menores nos idosos” (Pont Geis, 2003, p. 24).

Segundo Melo et al (2009), para avaliar a saúde do idoso é preciso analisar os fatores biológicos, psicológicos e socioculturais. Contudo, o profissional em saúde tem papel importante nos métodos para avaliação física e elaboração de exercícios físicos, objetivando a prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, tendo como um dos principais desafios, o de incorporar e estimular práticas de vida saudáveis. Siqueira et al (2009) adverte que quando comparado aos índices Norte Americanos de aconselhamento educativo para a prática de atividade como promotora da saúde, os das unidades básicas de saúde no Brasil são baixíssimos.

No entanto, a prática regular de atividade física realizada sob orientação de um profissional em Educação Física aliada a uma dieta balanceada têm apresentado excelentes benefícios na melhoria das condições de saúde dos idosos com manutenção da massa muscular e da massa óssea, prevenindo estes idosos das doenças crônicas degenerativas (Manzo et al, 2007).

A diminuição significativa na capacidade e aumento na demência e na depressão, têm levando os idosos a perda da independência e consequentemente uma diminuição da autonomia com implicações significativas na autoestima (Benedetti, 2008), como também uma melhor ressocialização tanto no eixo familiar quanto na sociedade, que ora não vê o mesmo como gasto socioeconômico.
A atenção voltada a estas pessoas pelo profissional que atua nesta área demanda não só uma particularização de exercícios especificamente voltados para este público alvo, mas de atividades que venham contribuir na melhoria da autoestima, no bem-estar psicossocial e ate mesmo na reinserção desses idosos no convívio social. “Afinal, o atendimento ao idoso já se coloca entre os principais problemas de saúde pública, não apenas nos países desenvolvimento, mais também naqueles em desenvolvimento, como o Brasil” (SENE et al, 2011).

A idade cronológica muitas vezes não vem a ser um fator decisivo para definir o envelhecimento de uma pessoa, mas deve ser observado como um fenômeno natural que se defronta com limitações biológicas e socioeconômicas. “No processo de envelhecimento ocorrem alterações nos diversos sistemas, que variam de pessoa para pessoa, podendo depender de fatores como hábitos posturais, alimentares, genéticos, sedentarismo, enfim, torna-se evidente que o hábito de vida é a variável que pode ser controlada, uma vez que a genética é determinada por meio da herança” (SENE et al, 2011).
No entanto, a prática regular de atividade física colabora para uma melhora da postura corporal, aumento da força muscular e melhora do controle motor e no bem-estar psicológico pela reinserção deste idoso ao convívio social (Melo et al, 2009). O exercício físico torna-se um componente de grande importância na melhoria da qualidade de vida à terceira idade, observando-se uma redução da idade biológica, alguns casos, em mais de vinte anos (Ferreira, 2007).

As práticas de atividades físicas regulares voltadas para a manutenção e tonificação muscular, melhora da coordenação, do equilíbrio e da flexibilidade tem contribuído para prevenção de acidentes, tendo em vista que os idosos poucos ativos tem uma tendência maior a quedas, pela debilidade do sistema sensório-motor e instabilidade postural e consequentemente pela “alimentação incorreta e a falta de exercício físico aceleram e agravam a perda da mineralização óssea (processo osteoporótico), os ossos ficam, portanto, mais frágeis, e o risco de fratura, muito maior”. (PONT GEIS, 2003, p. 24).

Conclusão:

Evidencia-se com estas informações básicas relacionadas às transições demográficas e mudanças no perfil epidemiológico dos idosos, uma melhora das condições de saúde quando estes estão inseridos em programas de atividade física orientados por um profissional capacitado. Os Educadores físicos devem buscar orientar os idosos a incorporar prática de vida saudável, planejando e prescrevendo exercícios físicos buscando a resistência muscular e cardiovascular, com aumento da flexibilidade, da força e equilíbrio, melhorando a agilidade e a coordenação, bem como a realização das atividades da vida diárias básicas (Sene et al, 2011).
Estas atividades físicas têm como objetivo primordial melhora da capacidade cardiorrespiratória, aumento da força muscular e da flexibilidade, aliado a mudanças de hábitos alimentares na adoção de uma dieta balanceada que auxiliam a retardar os efeitos do envelhecimento e que as atividades físicas proporcionem bem estar e ao mesmo tempo aumento da Independência nas atividades da vida diária e uma melhor qualidade de vida desses idosos quando inseridos em programas de atividade física.


Referências:

BENEDETTI, T. R. B. et al. Atividade física e estado de saúde mental de idosos. Rev. Saúde Pública, Florianópolis, 42ª ed. 2008.
FERREIRA, V. Atividade física na 3ª idade: o segredo da longevidade. 2ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2007.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
GRUDTNER, A. C. S.; MANNRICH, G. Pilates na reabilitação: uma revisão sistemática. fisioter.mov,Curitiba,v.22,n.3,p.449-jul/set.2009.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Sinopse do Senso Demográfico de 2010. Rio de Janeiro, 2011.
KÜCHEMANN, B. A. Envelhecimento populacional, cuidado e cidadania: velhos dilemas e novos desafios. Revista Sociedade e Estado - Volume 27 Número 1 - Janeiro/Abril 2012.
MALTA, D. C.; et al. A construção da vigilância e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis no contexto do Sistema Único de Saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde. Brasília Vol. 15. N. 3. p. 47-64. Jul. /Set. 2006.
MAZO, G. Z. et al. Condições de saúde, incidência de quedas e nível de atividade física dos idosos. Rev. Brás. Fisioterapia, São Carlos, v.11, n. 6, p.437-442, nov./dez. 2007.
MEIRELES, M. E. A. Atividade Física na 3ª Idade: uma abordagem sistêmica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.
MELO, M. C. et al. A educação em saúde como agente promotor de qualidade de vida para o idoso. Ciência e saúde coletiva, Recife, temas livres, v.14, p.1579-1586, 2009.
PONT GEIS, P. Atividade Física e Saúde na Terceira Idade: teoria e prática. Trad: Schwrtzhaupt Chaves. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
RAMOS, L. R.; VERAS, R. P.; KALACHE, A. Envelhecimento populacional: uma realidade brasileira. Rev. Saúd. Públ.S. Paulo, 21(93):211-21;1987.
SENE, R. F.; GARBELLOTTO, T.; GAYA, A.; ALONSO, J. L. L. Modalidades esportivas e fatores motivacionais que levam pessoas da terceira idade a prática de exercício físico. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 16, n. 156, Maio de 2011.
SIQUEIRA, F. V. et al. Aconselhamento para a prática de atividade física como estratégia de educação à saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.25, jan. 2009.



A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA




Pessoas fisicamente ativas, consequentemente, possuem um metabolismo energético mais elevado, o que significa que são capazes de aproveitar melhor os alimentos nutritivos, sem acumular gordura no corpo.

À medida que a atividade física aumenta, o mesmo acontece com a massa corporal magra (a massa muscular), e o corpo, gradualmente, muda de forma.

A diminuição da gordura por massa muscular favorecerá o aumento do metabolismo energético, ocorrendo maior queima das gorduras acumuladas e menor peso corporal.

A atividade física regular mantém:

• Músculos, ossos e articulações fortes;

• A produção hormonal e sanguínea normais;

• As funções imunológicas e intestinais equilibradas;

• Níveis saudáveis de vida ativa.

Também contribui para a prevenção:

• Das DCNT - Doenças Crônicas Não Transmissíveis, como a osteoporose;

• Os problemas nas articulações;

• Problemas circulatórios;

• Obesidade;

• Diabetes e outras doenças.

De forma inversa, a inatividade física aumentará:

• O risco de diversas doenças;

• Predispõe o organismo ao acúmulo de gordura e à obesidade;

• Sensibilidade para os resfriados;

• Depressão.

As pessoas que estão em forma física:

• Desfrutam mais da vida;

• Dormem melhor;

• Não acumulam stress;

• Ficam menos enfermas;

• Terão maior expectativa de vida;

• Envelhecem com saúde;

• São profissionalmente mais produtivas;

• Faltam menos ao trabalho;

• Desenvolvem maior resistência contra doenças.

O exercício físico é um poderoso remédio, muitas vezes, mais eficaz do que medicamentos convencionais, pois melhora a qualidade de vida, diminui o risco de doenças do aparelho cardiorrespiratório, e consequentemente, diminui a pressão arterial. Além disso, reduz o risco de diabetes e de câncer do colo uterino e do intestino.

Alivia a ansiedade em aproximadamente, 50%, e aumenta o tônus muscular. As crianças fisicamente ativas têm melhor desempenho escolar, são mais sociáveis, apresentam melhor relacionamento com os pais e amigos e, provavelmente, terão menor tendência ao tabagismo ou ao uso de drogas.

Atividade física pode ser:

Qualquer trabalho que envolva a movimentação do corpo, como:

• Andar, correr, jogar;

• Limpar a casa, lavar o carro e praticar jardinagem ou cultivo de hortas;

• Levar o cachorro para passear;

• Andar em ritmo acelerado;

• Exercícios de alongamento;

• Ciclismo ou natação;

• Dançar.

Todas as formas de recreação ou esporte, que mantenham o corpo em forma, mais forte e jovem, são consideradas atividades físicas. A atividade física regular e frequente, além de prevenir o sobrepeso e a obesidade, é benéfica para a saúde mental e emocional.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
 https://www.portaleducacao.com.br/educacao-fisica/artigos/72400/biomecanica-movimento-do-corpo

terça-feira, 18 de outubro de 2016

PROJETO VIDA SAUDÁVEL NA ESCOLA

Na manhã de segunda -feira dia 17, estivemos na TV Gazeta concedendo entrevista para falar do projeto vida saudável na escola de minha autoria,. projeto este que visa melhorar a qualidade de vida dos alunos de tora a rede educacional de Campo Alegre Al.
Esse projeto visa trazer autonomia ao aluno e a prevenir contra doenças relacionadas à falta de atividades físicas tais como a obesidade, a produção do colesterol LDL E VLDL que são transportadores de triglicerídeos para as células, ou seja: a atividade física associada a uma boa alimentação colabora com a produção de HDL mais conhecido como colesterol bom, incentive essa iniciativa.

http://g1.globo.com/al/alagoas/bom-dia-alagoas/videos/t/edicoes/v/projeto-em-escola-publica-coloca-alunos-para-dancar/5381646/

Veja a baixo o vídeo de nossa entrevista!



domingo, 16 de outubro de 2016

ATIVIDADE FÍSICA: AS RECOMENDAÇÕES DA OMS PARA CADA FAIXA ETÁRIA

Pessoas com limitações causadas por doenças crônicas ou avanço da idade devem ser tão ativas quanto possível, diz órgão

 

 — A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu parâmetros ideais de atividade para cada idade, e afirma que os benefícios do exercício, em qualquer idade, são bem maiores do que qualquer problema que ele possa provocar. Ao nível recomendado de 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana, lesões músculoesqueléticas são incomuns, e os riscos de sofrê-las é reduzido quando a pessoa começa a se exercitar gradualmente. Conheça as recomendações:
Dos 5 aos 17 anos:
Para esta faixa etária, atividade física inclui brincadeiras, jogos, esportes, locomoção, recreação, educação física ou exercício planejado, na família, em família ou durante participação em atividades comunitárias. Para melhorar a capacidade cardiorrespiratória e muscular, a saúde dos ossos, os biomarcadores de saúde cardiovascular e metabólica e reduzir o risco de aparecerem sintomas de ansiedade e depressão são recomendados:
— Pelo menos 60 minutos de atividade física diária, moderada ou intensa.
— Mais de 60 minutos de atividade física diária proprocionam ganhos extras para a saúde.
— A maior parte da atividade física diária deve ser aeróbica. Atividades de grande intensidade devem ser incorporadas, incluindo as que fortalecem músculos e ossos, três vezes por semana.
Dos 18 ao 64 anos:
A atividade física inclui o tempo

de locomoção (por exemplo, caminhar ou andar de bicicleta), ocupação (trabalho), serviços domésticos, jogos, esportes e exercício planejado, que devem ser feitos diariamente, de preferência em companhia da família, dos amigos ou de grupos da comunidade. Para melhorar a capacidade cardiorrespiratória e muscular e a saúde dos ossos, bem como reduzir o risco de doenças não transmissíveis e o surgimento de depressão recomenda-se:
— 150 minutos de atividade aeróbica moderada, ou 75 minutos de atividade aeróbica intensa são o mais adequado.
— A atividade aeróbica deve ser realizada em períodos de pelo menos dez minutos de duração.
— Chegar a 300 minutos de atividade aeróbica moderada ou a 150 minutos de atividade aeróbica intensa trazem benefícios adicionais para a saúde.
— Atividades de fortalecimento muscular, envolvendo os grandes grupos musculares, devem ser feitas em dois ou mais dias da semana.
A partir dos 65 anos:
A atividade física inclui locomoção, ocupação (se a pessoa ainda está engajada no trabalho), serviços domésticos, jogos, esportes e exercício planejado, que devem ser feitos diariamente, de preferência em companhia da família, dos amigos ou de grupos da comunidade. Para melhorar a capacidade cardiorrespiratória e muscular e a saúde óssea e funcional, além de reduzir o risco de doenças não transmissíveis, depressão e declínio cognitivo, recomenda-se:
— 150 minutos de atividade aeróbica moderada, ou 75 minutos de atividade aeróbica intensa são o mais adequado.
— A atividade aeróbica deve ser realizada em períodos de pelo menos dez minutos de duração.
— Chegar a 300 minutos de atividade aeróbica moderada ou a 150 minutos de atividade aeróbica intensa trazem benefícios adicionais para a saúde traz benefícios adicionais.
— Adultos desta faixa etária com mobilidade reduzida devem realizar atividade física três ou mais dias por semana, como forma de melhorar o equilíbrio e evitar quedas.
— Atividades de fortalecimento muscular, envolvendo os grandes grupos musculares, devem ser feitas em dois ou mais dias da semana.

— Adultos desta faixa etária que não possam fazer a quantidade recomendada de atividade física devido a condições de saúde devem ser tão fisicamente ativos quanto suas limitações o permitirem.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

POR QUE PRECISAMOS TOMAR BANHO?


 



A resposta para esta pergunta parece óbvia: temos que tomar banho para ficarmos limpos, cheirosos e saudáveis. Mas esse esclarecimento pode ser ainda mais profundo.

O ser humano precisa tomar banho por uma questão cultural, para a aceitação na sociedade, por questões psicológicas e sociais. O banho significa limpeza e cuidado.

Nós também precisamos tomar banho todos os dias para não ficarmos doentes. A pele humana tem células que formam a epiderme. Sobre as células da epiderme existe uma camada de queratina, um tipo de proteína que não permite que a água passe para dentro do organismo.

Nos poros da pele temos o suor e as glândulas sebáceas. Todos os dias, a nossa pele é renovada, e as células mortas se acumulam. Sendo assim, o banho é importante para remover as impurezas e as células mortas da pele.

Com o banho nós conseguimos equilibrar a presença das bactérias comensais na pele, tipo de bactéria que convive com o ser humano sem causar doenças. Estas bactérias precisam estar em equilíbrio para evitar que outros microorganismos perigosos à saúde fiquem na pele e nas mucosas.

Nós precisamos tomar banho para evitarmos doenças e para retirarmos resíduos naturais da pele, como suor, sebo e células mortas. Só assim conseguimos manter uma pele e um organismo saudável.

Lembre-se que o banho em excesso também pode ser prejudicial, pois pode matar as bactérias comensais, que protegem a pele contra microorganismos nocivos. Fique atento e preserve sua saúde!



segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ENTENDA PORQUE SE FALA TANTO SOBRE GIRO QUANDO COMEÇAMOS A PEDALAR E A SUA IMPORTÂNCIA




Logo quando começamos pedalar já escutamos de ciclistas mais experientes da importância do giro/cadência, de manter um giro alto e constante, mas afinal de contas o que acontece no nosso corpo, em especial em nossos músculos que torna o giro tão importante?
Para entender melhor, vamos começar falando das especificidades de nossos músculos, dos tipos de fibras que o compõem e suas características.
MUSCULOS ATINGIDOS

Os músculos são divididos em 3 tipos de fibras: tipo I, tipo IIa e tipo IIb.
As fibras tipo I são de contração lenta, e usam predominantemente o metabolismo aeróbico (oxigênio) para produzir energia. Esse tipo de fibra tem como característica principal a grande resistência à fadiga e produzem energia de forma gradativa e constante. Atletas de endurance (maratonistas, triatletas, ciclistas) tem predominância desse tipo de fibra.
ESPORTES COM PREDOMINÂNCIA DE FIBRAS DO TIPO I
As fibras tipo IIa, são essencialmente de contração rápida, no entanto são classificadas como fibras mistas, por usarem tanto o metabolismo aeróbico como também o anaeróbico, elas tem uma tolerância menor a fadiga se comparadas as fibras do tipo I.
As fibras tipo IIb , também conhecidas como fibras glicolíticas são de contração rápida (explosiva), e não necessitam da presença de oxigênio para gerar energia. Elas são recrutadas em atividades que necessitam o uso de maior força muscular e por isso desenvolvem maior força numa única contração, porém são mais suscetíveis à fadiga. São exemplos de atletas que tem predominância esse tipo de fibra corredores de 100 m e levantadores de peso.

ESPORTES COM PREDOMINÃNCIA DOTIPO II

A genética é o principal fator determinante com relação ao tipo de fibra predominante em nossos músculos. É muito comum de se ver, dois indivíduos que realizam o mesmo treino numa sala de musculação, tem uma alimentação parecida, no entanto atingem desempenhos e resultados diferentes.

Mas e o giro, o que tem a ver com a “tipagem” de fibras?

O ciclismo de estrada e o mtb são modalidades de endurance/resistência, com treinos e provas de longa duração, em que o metabolismo aeróbico é predominante, consequentemente o tipo de fibra usada nesse tipo de prova é o tipo I, de contração lenta e altamente tolerante a fadiga.

Quanto maior o giro, menor será o esforço exercido pelo ciclista devido ao recrutamento das fibras tipo I, a musculatura em cadências mais altas é preservada, no entanto, é necessário um maior aporte de sangue e oxigênio para a musculatura, o que exige mais do condicionamento cardiorrespiratório. Já em giros mais baixos o ciclista faz mais força e preserva o sistema cardiorrespiratório, mas existe um contraponto: cadência mais baixas demandam mais das fibras tipo IIa e IIb levando os músculos e o corpo a fadiga mais rápida.
TIPOS DE FIBRAS DE CONTRAÇÃO RÁPIDAS


Para perceber a diferença dos tipos de fibras recrutadas durante o pedal não é difícil: num trecho longo e plano em que a cadência é alta e constante as fibras tipo I tem seu trabalho predominante, logo após quando pegamos uma elevação íngreme, em que se torna necessário desempenhar mais força, as fibras glicolíticas (tipo IIa e IIb) entram em ação, e aquela “queimação” sentida nas pernas é uma resposta a fadiga.
Apesar de o ciclismo ser um esporte de resistência e o tipo de fibra predominante usada é a tipo I, de predominância aeróbica, vale ressaltar que grande parte das provas de ciclismo são decididas nos metros finais, quando os sprinters que guardaram todas as suas forças durante a prova usam a explosão muscular, as fibras tipo II, para lutar pelos lugares mais altos do pódio.
 CICLISMO


Ronde van Frankrijk / TDF / Etape Rit/(c) Tim De Waele
Os dois tipos de fibra são importantes e interdependentes, é impossível pensar isoladamente num ou noutro tipo de fibra para otimizar o desempenho. Por mais que o ciclismo seja um esporte de endurance (longa duração), exigindo predominantemente as fibras tipo I (de resistência), as fibras tipo II (força e explosão) também tem papel fundamental – “Nunca vi provas/treinos de ciclismo em que todos andam no mesmo ritmo e em percursos planos” -.
Treinos de volume, em que se enfoca a distância percorrida e o giro alto e constante estimulam mais as fibras resistentes. O treinamento intervalado e o treino de montanha (de elevação)  são estratégias bastante interessantes para trabalhar as fibras de força e explosão.
Na academia é possível realizar treinos específicos para o recrutamento das fibras tipo I e II .Quando bem planejado e orientado, o trabalho em conjunto entre a musculação e o ciclismo é essencial, previne lesões e melhora o desempenho. Vale ressaltar que o acompanhamento de um Educador Físico qualificado faz toda diferença. 
Para encontrar a cadência/giro ideal demanda tempo e consciência corporal, procure realizar um giro/pedalada redonda, harmônica, em que as duas pernas exerçam a mesma força e velocidade, se atente para a troca de marchas nos momentos corretos e lembre-se: quanto menor a oscilação da força da pedalada mais efetivo será o giro/cadência, consequentemente melhor será o seu rendimento.


domingo, 11 de outubro de 2015

Esporte - A importância do esporte na educação




Cada vez mais os esportes vem revolucionando as escolas do país. A preocupação no ensino vem crescendo e uma maneira de incentivo aos nossos alunos é buscar o desenvolvimento nos esportes. Por isso, a importância do esporte na educação.
A prática esportiva como instrumento educacional visa o desenvolvimento integral das crianças, jovens e adolescentes, capacita o sujeito a lidar com suas necessidades, desejos e expectativas, bem como, com as necessidades, expectativas e desejos dos outros, de forma que o mesmo possa desenvolver as competências técnicas, sociais e comunicativas, essenciais para o seu processo de desenvolvimento individual e social.
O esporte, como instrumento pedagógico, precisa se integrar às finalidades gerais da educação, de desenvolvimento das individualidades, de formação para a cidadania e de orientação para a prática social. O campo pedagógico do Esporte é um campo aberto para a exploração de novos sentidos/significados, ou seja, permite que sejam explorados pela ação dos educandos envolvidos nas diferentes situações.
Além de ampliar o campo experimental do indivíduo, cria obrigações, estimula a personalidade intelectual e física e oferece chances reais de integração social.
Em meio a estas descobertas do esporte o que vem revolucionando hoje em dia as escolas é o chamado Esporte Radical. A adrenalina, emoção e o prazer de se exercitar nesta aventura faz com que o aluno alcance diferentes maneiras de aprender um movimento e de se integrar ao meio social.
Ensinar a prática de esportes radicais é preparar o aluno para executar determinadas habilidades por meio da descoberta do prazer de se exercitar. Tudo isso envolvendo segurança, bons profissionais e educadores sempre por perto.
Para a criança ou adolescente estar em contato com a adrenalina, natureza e aventura é o modo de desenvolver outras habilidades e nesta hora que é mostrado o potencial de cada um. 
Através destas aulas é possível adequar as disciplinas dadas em sala de aula, mostrando e fazendo com que a criança se desenvolva melhor.


Conheça algumas bibliografias:
- PAES, Dr.Roberto Rodrigues. Pedagogia do esporte e os jogos coletivos.
- TUBINO, Manoel José Gomes. As dimensões sociais do esporte. SP, editora Cortez, 1992.
- PICOLO, V.L.N. (org.). Pedagogia do esporte. Campinas: Papirus, 1999.
- MARCELINO, N.C. Pedagogia da animação. Campinas: Papirus, 1990.
- HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura; Tradução de João Paulo Monteiro. São Paulo: Perspectiva, 1872 - 1945.
- BRUHNS, H.T. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas, Papirus, 1993.
- TANI, Go (ETAL.). Educação física escolar: Fundamento de uma abordagem desenvolvimentista (13:2). São Paulo: EPU, 1988.
- LEITE, Marcio Monteiro. Educação física: Implicações da prática desportiva precoce no crescimento e desenvolvimento infantil.
- BRACHT, V. Sociologia crítica do esporte: Uma introdução. Vitória: UFES, 1997.
- FREIRE, João Batista. A criança do brinquedo e do esporte. UNICAMP/Campinas, publicação da revista da ciência.
- FERREIRA, Vera Lúcia da Costa. Prática de Educação Física no 1º grau: modelo de reprodução ou perspectiva de transformação?. São Paulo, IBRASA, 1984
.- NÓVOA, Antônio (coord.) Os professores e sua formação. Lisboa, Dom Quixote, 1997.
- TUBINO, Manoel José Gomes. Em busca de uma tecnologia educacional para as escolas de Educação Física. São Paulo, IBRASA, 1980.

Tecnologia Educacional: das máquinas de aprendizagem à programação funcional por objetivos. São Paulo: IBRASA, 1984.