sexta-feira, 10 de maio de 2013

A Recreação




De acordo com João B. Freire Pode não haver uma correlação com o início das aulas, porém coincide com esse período, pois as relações entre as sugestões do professor e suas experiências do dia a dia se identificam com sua evolução escolar comparadas ao seu viver em casa. A criança chega à escola com suas especificidades e seus níveis de concentrações absolvendo ao longo do processo dependendo dos espaços disponíveis na escola, e que não haja comprometimentos desse desenvolvimento em casa.
O ser humano se adapta as mais variadas situações e talvez por isso o professor ao trazer sugestões dá ao aluno possibilidade de reformulação de suas ações, passando assim a se reinventar, ao se depararem com atividades lúdicas como com joguinhos de encaixe, de arremessos, acertar o alvo como é o caso do boliche e do mine basquete. Os alunos têm que compreender o mundo que vivem para poder se superar nas horas difíceis ou até mesmo mostrar certa independência no seu levantar.
  (...) “Segundo Mário Quintana, brincar também é coisa séria, e diz ainda que não coma a vida com garfo e faca, lambuze-se. Ou seja, é preciso aprender a viver e a resolver coisas do seu cotidiano mesmo que tenha atropelos, tem que saber superar dificuldades (...)”.
Com o jogo durante a recreação é possível aceitar que as crianças desenvolveram independência não só motriz, mas, sócio cultural, se levarmos em conta que as surpresas proporcionadas pelo jogo forem orientadas sequenciadamente e com domínio de suas propriedades.
A recreação desenvolve tanto a mente quanto o físico estabelecendo desenvolvimento geral da criança produzindo também satisfação. (Kishimoto 1997)
“(...) Entendemos que educar é mostrar as coisas certas que as pessoas têm que fazer, daí vem a tal responsabilidade da escola citada pelos PCNs-l1996(...)”.

REFERENCIAS
                          
CAMARGO, L. O. de L. (1998, p.141) blig.ig.com.br/eventarte/2009/02/08/ o papel do recreador/ Mian 2003
CHATEAU, JEAN. O Jogo e a criança. São Paulo: Summus, 1987.
FREIRE, J. B. Educação de Corpo Inteiro, 2009
GOUVÊA, Recrear é Educar. 1963
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. A pré-escola em São Paulo (1875-1940). São Paulo.
LDB, Lei de Diretrizes e Bases. 2001.
MIAN, Robson Monitor ou Recreação: Formação profissional. São Paulo. Texto Novo. 2003.
GALLAHUE David L. Educação Física Desenvolvimentista Para Todas as Crianças - 4 ed (2008).
PCNs, Parâmetros Curriculares Nacionais, 1996.
RUSSEAU, J. Jacques “A Recreação é a Liberdade total da Criança” (1712-1771)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A DANÇA NA EDUCAÇÃO DE TEMPO INTEGRAL E NA EDUCAÇÃO FÍSICA


Tempo integral

Esporte e dança ajudam escola a melhorar qualidade da educação

Qinta-feira, 09 de maio de 2013 - 11:23


A conquista de uma medalha de bronze numa competição de judô da região Sul, em 2012, e o segundo lugar no campeonato escolar de dança de rua e jazz da cidade são as maiores motivações de 150 estudantes da educação integral pública de Canoas (RS). Eles estudam na Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias, no bairro Nossa Senhora das Graças.

De acordo com Miriam Souza Batista, diretora da escola, o entusiasmo pelas atividades complementares é grande, mas a escola se orgulha ainda mais pelos ganhos na qualidade da educação. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede o desempenho escolar a cada dois anos, já superou a meta de 2015. Na avaliação dos anos iniciais do ensino fundamental, passou de 4,3 pontos em 2009 para 5 pontos em 2011. O Ideb previsto para 2015 era de 4,9 pontos.

Miriam Batista está satisfeita com os avanços obtidos, quer aumentar em cem o número de alunos na educação integral, mas ela tem um desafio difícil pela frente: conseguir mais professores de matemática. A escola Duque de Caxias tem 660 alunos, dos quais 248 estão na educação de jovens e adultos no turno da noite, mas trabalha com apenas três professores de matemática. Neste ano, explica, não conseguiu professor de matemática para as oficinas da educação integral e ela teme que isso prejudique o desempenho escolar.

Difícil com a matemática, mas com ganhos muito além do esperado em língua portuguesa. Miriam Batista relata que os estudantes da educação integral estão plenamente integrados com as mídias da escola, em que entrevistam, escrevem, produzem vídeos, editam um jornal. Para motivá-los mais, a diretora conta que criou as saídas pedagógicas onde os estudantes coletam informações, fotografam, fazem gravações com pessoas e autoridades de diversos campos do conhecimento. 

“Na nossa escola, a língua portuguesa está indo muito bem”, diz. Outras atividades são oferecidas aos 150 alunos, entre elas, a banda da escola, da qual todos participam, sob a direção do maestro Maikon, e as aulas de taekwondo.

Adesão – Está aberta até 31 de maio a adesão das escolas ao programa Mais Educação. As escolas pré-selecionadas pelo Ministério da Educação devem preencher o cadastro informando o número de estudantes a serem atendidos e as atividades que serão oferecidas. O número de alunos é que determina o repasse de recursos federais para a compra de material e cobertura de despesas como a alimentação e oficinas.

Também as 32 mil escolas públicas que já estão no programa devem se recadastrar. A meta do governo federal é atingir 45 mil escolas neste ano. 

Ionice Lorenzoni
Palavras-chave: educação básica, educação integral, Mais Educação

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Três ministérios lançam programa para estimular o esporte nas escolas


Educação básica

Para difundir a prática esportiva entre os estudantes brasileiros, os ministérios da Educação, da Defesa e dos Esportes lançaram na tarde desta terça-feira, 7, o programa Atleta na Escola. O programa de formação esportiva escolar tem como meta a participação de 5 milhões de estudantes entre 12 e 17 anos de 20 mil escolas. Participaram da cerimônia os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e dos Esportes, Aldo Rebelo.

O programa pretende democratizar o acesso ao esporte desde a escola, incentivar a prática esportiva nas escolas e identificar e orientar jovens talentos escolares. O Atleta na Escola também tem como objetivo servir de base para o plano Brasil Medalhas, investimento de R$ 1 bilhão em ações para que o país fique entre os dez melhores colocados nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro em 2016.

O Ministério da Educação fará repasse de recursos para a realização de competições pelas escolas, municípios, estados e Distrito Federal. Os recursos serão distribuídos por intermédio do Programa Dinheiro Direto na Escola, operacionalizado pelo Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE).

De acordo com Mercadante, o esporte é importante para a formação dos estudantes e a escola é um espaço para o Brasil desenvolver o potencial esportivo. “O programa começa com corrida de velocidade e resistência e salto em distância e depois serão incorporadas novas modalidades esportivas, para que nós tenhamos condição na escola para todos que quiserem fazer um esporte”, disse o ministro.

Jogos - Entre as ações propostas está a realização dos Jogos Escolares, que serão divididos em quatro etapas. A primeira fase será realizada em cerca de 20 mil escolas até o dia 9 de julho. A segunda etapa, de 10 de junho a 31 de julho de 2013, será realizada pelos municípios com mais de 100 mil habitantes ou para um grupo de municípios com menos 100 mil habitantes, pelos estados e Distrito Federal. Cada município ou região classifica 36 alunos, com totalizando 14.400 classificados. A terceira fase, até 15 de agosto (12 a 14 anos) e 30 de setembro (15 a 17 anos), de caráter estadual ou distrital, cada unidade da federação classifica 24 alunos, totalizando 648 classificados para a etapa nacional.

Os Jogos Escolares da Juventude, competição nacional, será realizada pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Para os estudantes de 12 a 14 anos, acontecerá de 5 a 14 de Setembro de 2013, em Natal.  Para faixa etária de 15 a 17 anos, a disputa será realizada de 16 de Novembro de 2013, em Belém.

Universidade - Durante a cerimônia também foi assinado um decreto que institui um grupo de trabalho, com representantes dos três ministérios, para a criação da Universidade do Esporte. O objetivo é criar ciência para o desenvolvimento do esporte brasileiro, aproveitando as estruturas e equipamentos utilizados nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Diego Rocha

Ouça o ministro Aloizio Mercadante
Palavras-chave: educação básica, esportes, Atleta na Escola

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A EDUCAÇÃO FÍSICA É FUNDAMENTAL NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


UM TOQUE PARA OS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA



"Segundo Mário Quintana, brincar também é coisa séria, e diz ainda que não coma a vida com garfo e faca, lambuze-se. Ou seja, é preciso aprender a viver e a resolver coisas do seu cotidiano mesmo que tenha atropelos, tem que saber superar dificuldades".
É muito comum encontrar professores de EDF reclamando das dificuldades encontradas para lidar com a recreação escolar, e ao longo dos nossos estudos baseados em Gouvêa, Kishimototo, Russeau, Waichma e outros pesquisadores detectamos que para que façamos um trabalho voltado para o livre da criança, e que devemos apenas trazer adaptações das brincadeiras já conhecidas em nossa sociedade fazendo assim com que a criança desenvlva sua imaginação e criatividade, pois no brincar segundo Gallahue a criança se desenvolve. 
Para isso acontecer o professor de EDF só precisa querer trabalhar e trazer a criança para um mundo de felicidade e de carinho.
AME SEU ALUNO E ELE TE FARÁ A PESSOA MAIS FELIZ!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Novos gestores têm a oportunidade de adequar planos e melhorar ensino



Encontro de prefeitos
 
No Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas, promovido pelo governo federal nesta segunda-feira, 28, e na terça, 29, em Brasília, o Ministério da Educação apresentará a situação do ensino nos municípios e os programas capazes de melhorar a qualidade da educação. Aos gestores será mostrado um levantamento informatizado dos programas em andamento nos municípios, baseado na repactuação de acesso a programas do MEC por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR).

A presidenta da República, Dilma Rousseff, abre o evento nesta segunda-feira, 28, às 17 horas. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, faz palestra na terça-feira, 29, às 10h30, sobre as políticas de educação.

No encontro, prefeitos e secretários municipais de educação obterão detalhes sobre planejamento entre os municípios e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os prefeitos poderão também aderir aos programas de construção de creches e pré-escolas e de construção e cobertura de quadras poliesportivas, que terão o período de adesões reaberto. Na construção de creches, a prefeitura participa com a cessão do terreno. Há ainda a possibilidade de antecipação de recursos para custeio das novas unidades de educação infantil e de pagamento de 50% a mais do repasse por criança integrante do programa Bolsa-Família que estiver matriculada na rede pública ou conveniada de educação infantil.

Pacto — Uma prioridade do MEC é o Pacto pela Alfabetização na Idade Certa, que tem como objetivo alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade. Trata-se de uma política destinada a melhorar a qualidade do ensino ao longo do tempo — a criança que não aprende a ler e a escrever, nem fazer as primeiras contas na idade adequada tem maiores chances de ser reprovada ou de abandonar a escola.

O pacto prevê avaliações com crianças de 7 e 8 anos para aferir a capacidade de escrever, ler, interpretar textos e fazer as primeiras contas. Estarão mobilizados mais de 360 mil professores alfabetizadores, que receberão bolsa de R$ 200. Também estarão envolvidos 18 mil monitores e 38 universidades.

Integral — Outro programa destinado a melhorar a qualidade do ensino básico é o Mais Educação, que estimula a educação integral nas escolas da rede pública. Mais de 30 mil instituições participam do programa, que amplia a jornada escolar para sete horas e oferece reforço escolar, esporte, cultura e lazer aos estudantes. A meta é atingir 60 mil escolas até 2014.

No encontro, os prefeitos poderão participar de oficinas sobre diversos temas e programa oferecidos pelo MEC, como os de transporte escolar, mobiliário escolar, educação digital, merenda escolar, livro didático; educação no campo; acesso ao ensino técnico e emprego; planos nacional e municipais de educação; prestação de contas e piso salarial do professor.

As especificações completas e os valores de todos os produtos disponíveis estão na página do FNDE na internet. Estados e municípios terão acesso ao Sistema de Gerenciamento de Adesão de Registro de Preço (Sigarp) para aderir aos pregões de interesse de cada gestor municipal. De acordo com o produto escolhido, a compra pode ser feita com recursos próprios, de outras fontes ou, ainda, por meio de linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Assessoria de Comunicação Social
FONTE: MEC- MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

sábado, 5 de janeiro de 2013

AS ESTRUTURAS DO ENSINO NO BRASIL




A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), complementar à Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, sancionada em vinte de dezembro de mil novecentos e noventa e seis (20/12/1996), através do número 9.394, foi resultado de um vasto embate que perduraram oito anos e substituiu a LDB anterior, a Lei n. 4.024 de 1961. Ao início da elaboração das novas diretrizes e bases da educação, a comunidade educacional brasileira organizada se movimentou em debater uma abrangência decente no que diz respeito à educação, naquilo que resultaria dos trabalhos do Congresso Nacional Constituinte, instalado em 1986, na Constituição Federal. Antes de qualquer ação por parte dos Constituintes, a IV Conferência Brasileira de Educação, (IV CBE), realizada em Goiânia, 5 de agosto de 1986, aprovou a “Carta de Goiânia”, contendo propostas dos educadores organizados e participantes desse movimento referentes à educação, no capítulo da Constituição. Em 1987, a Revista ANDE, no número 13, discutiu a LDB como tema central, tendo início, ao final daquele ano, a elaboração de um projeto original da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. (SAVIANI, p35, 2000). Em 1991, o Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES-SN) também aprovou no seu Congresso realizado na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, o seu projeto de LDB.

O primeiro texto do projeto de LDB foi concluído em fevereiro de 1988, após a fixação de linhas ordenadas e coerentes da educação, e apresentado à Câmara dos Deputados em dezembro de 1988, pelo Deputado Federal do PMDB de Minas Gerais Octávio Elísio. Ao projeto apresentado, foram anexados mais sete projetos, fruto de propostas de deputados de diferentes partidos, resultado da composição de um Grupo de Trabalho da LDB, constituído pelo então presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara, Deputado Ubiratan Aguiar (PMDB-CE), que indicou como relator Jorge Hage (PDT-BA, na época). Inúmeras outras sugestões foram enviadas ao Grupo, e o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública (FNDEP) na LDB manteve-se mobilizado, reunindo entidades no âmbito nacional. Foi um momento de muita riqueza de elaboração e discussão de propostas para a lei da educação nacional. CNTE, FASUBRA, CEDES, ANPAE e outras entidades do campo sindical e do campo acadêmico científico pertencentes ao FNDEP, elaboravam suas propostas e encaminhavam a luta pelos princípios de uma educação, comprometida com os ideais de uma educação de qualidade social para todos e todas. Após muitas audiências públicas, nas quais o deputado Jorge Hage considerava todos aqueles que pudessem contribuir para a construção do assunto em pauta - tendo o relator ainda percorrido todo o país em busca de contribuições dos mais diferentes tipos, que patenteava o fluxo do projeto, considerando e acolhendo as variadas propostas (SAVIANI, 2000) -, desencadeou-se o processo de negociação e votação no primeiro semestre de novembro do ano de 1990, realizado na Câmara dos Deputados, na Comissão de Educação, Cultura e Desporto. O Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública interferiu e acompanhou de perto toda a tramitação do Projeto de Lei n. 1.258/88, debatido com grande intensidade com educadores brasileiros, com o intuito de contemplar princípios embasados em uma “concepção de educação pública, gratuita, laica, democrática e de qualidade social, como direito de todos e dever do Estado, em cumprimento ao compromisso do resgate da imensa dívida social para com a educação da população de baixa renda.” (BOLLMANN, p.660, 2010). 6