quinta-feira, 21 de julho de 2011

Conserto por um fio

Com um pequeno corte na pele e um cateter guiado pelas artérias, é possível tratar doenças graves no coração. Conheça as mais novas proezas da cardiologia intervencionista, que salva a vida de pessoas de todas as idades

Por Cleiber de Meireles
Certa vez, o escritor Machado de Assis (1839-1908) sentenciou: “O coração humano é a região do inesperado”. O autor refletia há mais de um século sobre como esse músculo vital nos coloca em armadilhas — sejam sentimentais, sejam fisiológicas. Afinal, o coração também adoece — e como! A boa nova é que, pelo menos no que diz respeito aos nem sempre esperados males físicos, esse órgão pode ser remediado de maneira menos invasiva e mais eficiente. Essa é a façanha de uma área da medicina que não para de avançar, a cardiologia intervencionista. Ela se vale de cateteres, tubos finos e flexíveis que são introduzidos no corpo por meio de uma artéria, geralmente na virilha. Com essa haste, os médicos conseguem desobstruir vasos — o estopim para infartos —, trocar válvulas cardíacas, corrigir arritmias e até silenciar doenças congênitas, que surgem ainda no ventre materno.

A especialidade surgiu há algumas décadas como um meio de diagnosticar ameaças ao coração. Com a modernização das técnicas, passou a ser empregada como alternativa a algumas cirurgias, eliminando a necessidade de abrir o peito. “Assim, a recuperação é mais rápida e o risco de complicações, menor”, diz o cardiologista Carlos Pedra, do Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese, em São Paulo.

Um dos principais avanços nesse ramo da cardiologia se destina a doenças que acometem o coração dos bebês. Com um detalhe que faz toda a diferença: o procedimento é feito com a criança dentro da barriga da mãe. “O método é recomendado quando o bebê corre riscos fatais ao nascer e impede que o problema progrida ainda no útero”, explica Pedra.

As chamadas doenças cardíacas congênitas são bastante comuns e cobram vigilância total dos futuros pais porque podem encerrar prematuramente a vida do filho. O defeito no órgão costuma ser detectado a partir da 13ª- semana de gestação, mas os especialistas tendem a aguardar por volta da 16ª- para dar um veredicto. Embora mulheres que sofrem de diabete, doenças reumatológicas ou que tenham histórico familiar de doença cardíaca formem um grupo com maior probabilidade de abrigar uma criança com o problema, não se deve baixar a atenção na ausência dessas condições. Quando o mal congênito é flagrado, a intervenção com cateteres pode garantir um futuro bem melhor para o bebê.
  • Anualmente, 130 milhões de crianças nascem com uma doença cardíaca no mundo. No Brasil, a cada mil partos, oito bebês sofrem do problema
  • As mães também devem procurar um professor de Educação Física competente para desenvolver um trabalho físico que possa combater essa possibilidade negativa.


Outra desordem que pode ser sanada pela cardiologia intervencionista é a arritmia, que não afeta apenas crianças — longe disso. Ela é marcada por uma alteração fora do comum no ritmo de batidas do coração. “Para dar um basta nela, emitimos pequenos choques na região do órgão que dispara o problema”, diz o cardiologista Marco Antônio Perin, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Na lista de transtornos que são alvo das intervenções por um fio, nem as placas de gordura que obstruem os vasos escapam. Nesse caso, há inclusive uma novidade promissora: os stents biodegradáveis. Stents são pequenos balões instalados dentro das artérias que liberam a passagem do sangue. Os modelos usados hoje apresentam um inconveniente: como ficam permanentemente no vaso, podem ser rejeitados pelo organismo. As versões biodegradáveis eliminam essa ameaça. “Elas devem passar por vários estudos antes de serem incorporadas de rotina”, lembra o cardiologista Expedito Ribeiro, do Instituto do Coração, na capital paulista. Mas ninguém discute que representam uma das maiores promessas na prevenção de infartos.
  • A calcificação das válvulas cardíacas atinge 5% da população mundial. Em nosso país, são 630 mil pessoas, a maioria delas com mais de 65 anos



No festival de boas notícias, saiba que é possível trocar até válvulas cardíacas defeituosas por meio de um cateter. Essa solução se dirige a uma doença conhecida como estenose aórtica, que costuma afetar a válvula da aorta, estrutura que permite ao coração bombear o sangue para o corpo. Nesse problema, que afeta principalmente pessoas acima de 65 anos, a válvula fica calcificada e para aos poucos de abrir e fechar. A cardiologia intervencionista é capaz de substituí-la por uma prótese novinha. Como você pode perceber, a medicina se esmera em resolver males graves de forma simples e segura. Pena que Machado de Assis não viveu para presenciar tantos avanços — avanços que lhe seriam muito úteis. Afinal, o escritor morreu vítima de problemas cardiovasculares em 1908.

Dentro da barriga
A mãe e o bebê no seu ventre são anestesiados. Uma agulha de punção fura o abdômen da mulher e por esse pequeno orifício é introduzido um cateter, que atravessa o útero e chega ao coração do feto para corrigir o defeito congênito.

Bate, coração!
A arritmia é uma espécie de curto-circuito gerado em algum ponto do órgão. O cateter, introduzido em uma artéria na região da virilha, é levado até o coração e emite uma radiofrequência que queima as vias causadoras do descompasso.

Stent biodegradável
O tubo fino e flexível entra por uma artéria na virilha e vai até o local da obstrução, onde libera o stent, peça que comprime a placa de gordura contra a parede do vaso. Normalmente, demora de seis meses a dois anos para ser absorvido pelo corpo.

Uma nova válvula

Ela substitui a estrutura original defeituosa e penetra no corpo via cateter, sendo conduzida até o ponto certo do coração. A válvula comprometida não é retirada, mas pressionada contra as paredes da artéria aorta. A prótese trabalha, então, no seu lugar e dá fim à calcificação.

sábado, 2 de julho de 2011

ESCLAREÇA SUAS DÚVIDAS SOBRE O TRATAMENTO COM GELO


TRATAMENTO COM GELO e CALOR
  CRIOTERAPIA E CALOR SUPERFICIAL:
CRIOTERAPIA:
A utilização do termo crioterapia é sujeita a diversas definições e opiniões. Talvez a controvérsia quanto ao assunto se deva ao fato de se poder utilizar o método logo após uma lesão musculoesquelética. O uso da crioterapia no meio ortopédico e principalmente esportivo.
O CALOR E O FRIO
Tem sido usados para propósitos terapêuticos ha milhares de anos. Galeno, um médico da Antigüidade, recomendou o uso da água quente e óleo em alguns tratamentos. A aplicação de substâncias frias nas lesões foi sugerido por um outro médico antigo, Hipócrates. Através dos anos, tem existido controvérsia sobre os valores terapêuticos do calor e do frio. 
O QUE É CRIOGENIA 
Criogenia é a ciência e a tecnologia da produção e uso de temperatura muito baixas.
INDICAÇÕES
O uso do gelo diminui alguns sinais na lesão como: dor, edema, hiperemia;
O gelo não limita a inflamação;
Restringe a área do trauma;
Diminui a dor;
Diminui o espasmo muscular.
FORMAS DE APLICAÇÃO
 
Bolsas de gelo (forma + barata e eficiente);
Bolsas de gel (geralmente com água e sal);
Bolsas químicas (temp. não é tão baixa);
Imersão em gelo e H2O (temp. de 2˚ a 15 ˚)
Massagem com gelo (não muito eficiente);
Sprays (evapora muito rápido, cloreto etil ou fluorometano).
TEMPO DE APLICAÇÃO
Conforme o tamanho da articulação ou local lesado;
Articulações grandes: ombro, coxo-femoral, joelho (20’ a 25’);
Articulações medias: tornozelo, cotovelo (15’ a 20’);
Articulações pequenas: punho, dedos (8’ a 12’).
PRECAUÇÕES
 
Usar com cautela nas extremidades de mãos e pés;
Evitar nas regiões com grandes nervos periféricos, ex. cabeça da fíbula,
Sobre o coração, coluna vertebral, órgãos vitais ou amplas escoriações.
Pessoas com diabetes, artrite reumatóide, lúpus e alérgicos ao frio.
CALOR
É uma das formas de terapia mais antigas, é definida simplesmente como agentes terapêuticos que produzem calos somente na superfície corpórea.
Distinguem-se em: Condução, Convenção e Convecção.
CALOR SUPERFICIAL POR CONDUÇÃO
Compressas quentes, uso de toalhas (+- 70˚);
Bolsas de água quente (gel);
Banho de parafina (cera +- 53˚);

CALOR SUPERFICIAL POR CONVERSÃO
Calor radiante, eleva a temperatura por transmissão de energia (ondas eletromagnéticas);
Forno de Bier (+- 15 min);
Lâmpada de Infravermelho (10 a 20 min. 38˚).
CALOR SUPERFICIAL POR CONVECÇÃO
Contato direto com o meio líquido;
Turbilhão (jato de água, tanque, de 38˚ a 41˚);
Tanque de hubbard (imersão completa, +- 35˚)
   INDICAÇÕES
O calor superficial é indicado segundo duas diversas formas de aplicação;
Aumento do metabolismo;
Redução de espasmo muscular;
Alívio da dor;
Pré-cinesioterapia.
  CONTRA – INDICAÇÃO
É contra-indicado nos seguintes casos:
Alteração de sensibilidade térmica;
Fase inflamatória e/ou regiões hemorrágicas;
Áreas onde a circulação está comprometida;
Feridas abertas;
Distúrbios dermatológicos;
Cardiopatias.
  BIBLIOGRAFIA
CHIAPPA, G.R. & Colaboradores.Fisioterapia nas Lesões do Voleibol: Abordagem das principais lesões, seus tipos, fatores biomecânicos. São Paulo, Robe Editorial. 2001.
COHEN M. e ABDALLA R. J. Lesões nos Esportes: Diagnóstico, Prevenção e Tratamento. Rio de janeiro, Revinter. 2005.
SILVA JÚNIOR, L. I. da. Manual de Bandagens Esportivas. Rio de Janeiro, Sprint. 1999.
 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

OS VEGETAIS E SUA SAÚDE


Proteína vegetal emagrece

Pode apostar nesse nutriente para se livrar dos quilos extras. Assim como a proteína de origem animal, a que está presente na soja, no feijão, no grão-de-bico, na ervilha e na lentilha tem poder sobre a balança. E com vantagens que você vai conhecer agora

Thais Szego


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Os louros do efeito emagrecedor dos vegetais não repousam sobre seu baixo valor calórico. É claro que isso conta pontos, mas sua reconhecida capacidade de saciar faz toda a diferença. "Quando ingerimos proteína, o cérebro entende que já estamos satisfeitos e que é hora de parar de comer", explica o nutrólogo Nataniel Viuniski, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). "Esse nutriente também favorece a formação de massa muscular, que, por sua vez, aumenta a queima de energia." Mas, lógico, nesse quesito, comparada com a proteína animal, a dos vegetais perde feio. "Em compensação, praticamente não há diferença entre a ação dos dois tipos de proteína na perda de peso", lembra George Guimarães, nutricionista especialista em vegetarianismo de São Paulo. "As grandes vantagens da proteína vegetal são a ausência de gordura e a presença de fibras", ressalta a nutricionista Márcia Terra, consultora da empresa de nutrição Nutri-Insight, em São Paulo. "As proteínas vegetais são boas fontes de ômega-3 e ômega-6, gorduras benéficas", acrescenta o nutrólogo Carlos Alberto Werutsky, que também é um dos diretores da Associação Brasileira de Nutrologia. "Nem por isso deve-se desprezar a proteína animal, que também sacia e é mais completa. O ideal, então, é consumir as duas juntas." Por si só, o efeito emagrecedor de qualquer tipo de proteína defendido por alguns especialistas já justifica um aumento na ingestão diária do nutriente. Para quem só busca uma dieta balanceada, sem preocupação com perda de peso, as proteínas devem representar 15% do total de alimentos consumidos em um dia, segundo entidades internacionais que normatizam informações ligadas à nutrição, como a American Dietetic Association e a Organização Mundial da Saúde. Mais específico, Nataniel Viuniski preconiza, para de fato perder peso, um consumo de 50 a 75 gramas por dia para as mulheres e 75 a 100 gramas para os homens. Embora reconheça o papel das proteínas no emagrecimento, o endocrinologista Daniel Lerário, do hospital paulistano Albert Einstein, rebate: "Acho difícil manter essa proporção no dia-a-dia, pois a dieta do brasileiro é rica em carboidratos". Mas pode valer a pena tentar.
Sim, soja e companhia emagrecem, mas a explicação sobre sua ação no organismo está longe de ser uma unanimidade. Nem todos acreditam que o mérito seja de algum componente da proteína vegetal em si o efeito emagrecedor pode ser simplesmente atribuído ao fato de a pessoa se sentir saciada e acabar engolindo menos carboidrato sem querer. "E aí a quantidade de insulina, hormônio que abre caminho para a entrada do açúcar nas células, cai drasticamente", observa o nutrólogo Alexandre Merheb, do Rio de Janeiro. Ora, quando as taxas de insulina vivem nas alturas, as células se tornam resistentes e a gordura permanece estocada no corpo.
A nutricionista Cynthia Antonaccio, da Equilibrium Consultoria em Nutrição e Bem-Estar, em São Paulo, lembra que essa idéia de comer mais proteína começou com o médico americano Robert Atkins, criador de uma dieta rica em proteínas de origem animal e gorduras e com pouquíssimo carboidrato. O.k., se esbaldar de soja e outros grãos não é a mesma coisa que se empanturrar de ovos e bacon "Ainda assim não acho que essa seja uma boa, pois quando o indivíduo volta à alimentação normal tende a recuperar peso", diz.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

AS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS


Articulações dos Corpos Vertebrais  (A COLUNA VERTEBRAL)
Os corpos vertebrais estão unidos pelos ligamentos longitudinais anterior e posterior e pelos discos intervertebrais.
Ligamento Longitudinal Anterior - extenso e resistente feixe de fibras longitudinais que se estendem ao longo das faces anteriores dos corpos das vértebras do áxis (C2) até o sacro. Continua-se superiormente com o ligamento atlantoaxial anterior.

Ligamento Longitudinal Anterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Ligamento Longitudinal Posterior - localizado no canal vertebral, nas faces posteriores dos corpos vertebrais de áxis (C2) até o sacro. Continua-se superiormente com a membrana tectória.

Ligamento Longitudinal Posterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.




Disco Intervertebral

Localizam-se entre as faces adjacentes dos corpos das vértebras, do áxis (C2) até o osso sacro. Variam em forma, tamanho e espessura no trajeto da coluna vertebral. Os discos vertebrais constituem cerca de 1/4 do comprimento da coluna vertebral. Cada disco é constituido por um disco fibroso periférico composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado ANEL FIBROSO; e uma substância interna, elástica e macia, chamada NÚCLEO PULPOSO. Os discos formam fortes articulações, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os impactos.





Articulações dos Arcos Vertebrais
Cápsulas Articulares - são finas e frouxas e inseridas nas facetas articulares dos processos articulares adjacentes.
Ligamentos Amarelos - são ligamentos que unem as lâminas das vértebras adjacentes no canal vertebral de áxis (C2) até o primeiro segmento do sacro. Possui certa elasticidade que serve para preservar a postura vertical.

Ligamentos Amarelos
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Ligamento Nucal - é uma membrana fibrosa que estende-se da protuberância occipital externa até a 7ª vértebra cervical (C7).

Ligamento Nucal
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Ligamento Supra-espinhal - corda fibrosa e resistente que une os ápices dos processos espinhosos a partir da 7ª vértebra cervical (C7) até o sacro. É considerado uma continuação do ligamento nucal.
Ligamentos Interespinhais - finos e quase membranáceos, unem os processos espinhosos adjacentes.

Ligamentos Supra-espinhal e Interespinhal
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Ligamentos Intertransversários - estão interpostos entre os processos transversos.

Ligamento Intertransversal e Longitudinal Anterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Articulações Atlanto-Occipitais (C0 - C1)
Essa articulação é formada pelas seguintes estruturas:
Cápsulas Articulares - circundam os côndilos do occipital e as facetas articulares das massas laterais do atlas.
Membrana Atlanto-occipital Anterior - larga e de fibras densamente entrelaçadas une a margem anterior do forame magno com a borda superior do arco anterior do atlas.
Membrana Atlanto-occipital Posterior - é ampla e fina e está fixada na margem posterior do forame magno e à borda superior do arco posterior de atlas.
Ligamentos Atlanto-occipitais Laterais - são porções espessadas das cápsulas articulares reforçados por feixes de tecido fibroso e obliquamente dirigidos superior e medialmente. Inserem-se no processo jugular do osso occipital e na base do processo transverso do atlas.

Ligamentos Atlanto-Occipitais (C0 - C1)
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Ligamentos Occipito-Axiais (C0 - C2)
Essa articulação é formada pelas seguintes estruturas:
Membrana Tectórica - é uma faixa extensa e resistente que recobre o dente e seus ligamentos dentro do canal vertebral. É considerado o prolongamento do ligamento longitudinal posterior. Está inserido no corpo do áxis e superiormente no sulco basilar do occipital.
Ligamentos Alares - começam de cada lado do ápice do dente do áxis e inserem-se na parte medial rugosa dos côndilos do occipital.
Ligamento Apical do Dente - estende-se do ápice do dente do áxis até a margem posterior do forame magno, entre os ligamentos alares.

Ligamentos Occipito-Axiais (C0 - C2)
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Articulações Atlanto-Axiais (C1 - C2)
A articulação do atlas com o áxis compreende as seguintes estruturas:
Cápsulas Articulares - são delgadas e frouxas e unem as margens das massas laterais do atlas às da face articular posterior do áxis.
Ligamento Atlanto-axial Anterior - é uma membrana resistente, fixada na margem inferior do arco posterior do atlas e à face ventral do corpo do áxis.
Ligamento Atlanto-axial Posterior - é uma membrana fina e larga inserida na borda inferior do arco posterior do atlas e na margem superior das lâminas do áxis.
Ligamento Transverso do Atlas - é uma faixa espessa, resistente e arqueada que mantém o dente em contato com o arco anterior. Insere-se na parte basilar do occipital e na face posterior do corpo do áxis. O ligamento transverso do atlas junto com os fascículos longitudinais superior e inferior formam o ligamento cruciforme.

Ligamentos da Região Cervical Alta
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Articulações Costovertebrais
Essas articulações são divididas em duas partes:
 Articulação da cabeça da costela com o corpo vertebral;
 Articulação costotransversárica, onde o colo da costela articula com o processo transverso das vértebras torácicas.
Articulação da Cabeça da Costela – é uma articulação plana formada pela articulação da cabeça da costela com o corpo vertebral das vértebras torácicas. Os ligamentos dessa articulação são:
Cápsula Articular - é constituído por curtas e resistentes fibras unindo as cabeças das costelas às cavidades articulares formados pelas vértebras e discos intervertebrais.
Ligamento Radiado da Cabeça da Costela - une as partes anteriores das cabeças das costelas aos corpos de duas vértebras e seus discos intervertebrais. Consta de três fascículos achatados que se inserem na parte anterior da cabeça das costela.
Ligamento Intra-articular da Cabeça da Costela - é um feixe curto, achatado, inserido lateralmente na crista entre as facetas articulares e, medialmente, no disco intervertebral, dividindo a articulação (cada uma com sua membrana sinovial própria).

Ligamento Radiado
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Articulação Costotransversais - é a articulação entre a faceta articular do tubérculo da costela e o processo transverso da vértebra correspondente. É formada pelas seguintes estruturas:
Cápsula Articular - é fina e inserida na circunferência articular com um revestimento sinovial.
Ligamento Costotransversário Superior - insere-se na borda superior do colo da costela e no processo transverso da vértebra acima.
Ligamento Costotransversário Posterior - são fibras que se inserem no colo da costela e na base do processo transverso e borda lateral do processo articular da vértebra acima.
Ligamento do Colo da Costela - são curtas e resistentes fibras que unem o dorso do colo da costela com o processo transverso adjacente.
Ligamento do Tubérculo da Costela - é um fascículo curto, espesso e resistente que se dirige do ápice do processo transverso para a porção não articular do tubérculo da costela.

Ligamentos Costotransversários
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Articulações Esternocostais - as articulações das cartilagens das costelas verdadeiras com o esterno são articulações planas, com excessão da primeira que é uma sincondrose. Os elementos de conexão são:
Cápsula Articular - são fibras muito finas que circundam as articulações das cartilagens costais das costelas verdadeiras com o esterno.
Ligamento Esternocostal Radiado - feixes finos e radiados que se irradiam adas faces anterior e posterior das extremidades esternais das cartilagens das costelas verdadeiras.
Ligamento Esternocostal Intra-articular - constante apenas na segunda costela. Estende-se a partir da cartilagem da costela até a fibro cartilagem que une o manúbrio ao corpo do esterno.
Ligamento Costoxifóide - ligam as faces anterior e posterior da sétima costela às mesmas no processo xifóide.

Articulações Esternocostais
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Articulações Intercondrais - articulações entre as cartilagens costais.
Articulações Costocondrais - articulações entre as costelas e as cartilagens costais.
Articulações esternais:
 Manúbrio-esternal - entre o manúbrio e o corpo do esterno, é geralmente uma sínfise.
 Xifoesternal - entre o processo xifóide e o corpo do esterno, é geralmente uma sínfise.
Articulações Lombossacrais
São as articulações entre a 5ª vértebra lombar e o osso sacro. Seus corpos são unidos por uma sínfise, incluindo um disco intervertebral.
Ligamento Ileolombar – inserido na face ântero-inferior da 5ª vértebra lombar e irradia na pelve por meio de dois feixes: um inferior, o ligamento lombossacral que insere-se na face ântero-superior do sacro e um feixe superior, a inserção parcial do músculo quadrado do lombo, passando para a crista ilíaca anterior à articulação sacroilíaca, continuando acima com a fáscia toracolombar.

Ligamento Ileolombar
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Articulação Sacrococcígea
Esta é uma sínfise entre o ápice do sacro e a base do cóccix, unidos por um disco fibrocartilagíneo.
Ligamento Sacrococcígeo anterior - fibras irregulares que descem sobre as faces pélvicas tanto do sacro como do cóccix.
Ligamento Sacrococcígeo posterior - superficial passa da parte posterior da Quinta vértebra sacral par o dorso do cóccix.
Ligamento Sacrococcígeo lateral – liga um processo transverso do cóccix ao ângulo ínfero-lateral do osso sacro.
Ligamentos Intercornais – unem os cornos do sacro e do cóccix.

Articulação Sacrococcígea
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.









ARTICULAÇÕES  SINOVIAIS  (DIARTROSES)






As articulações sinoviais incluem a maioria das articulações do corpo. As superfícies ósseas são recobertas por cartilagem articular e unidas por ligamentos revestidos por membrana sinovial. A articulação pode ser dividida completamente ou incompletamente por um disco ou menisco articular cuja periferia se continua com a cápsula fibrosa, enquanto que suas faces livres são recobertas por membrana sinovial.
Classificação Funcional das Articulações
O movimento das articulações depende, essencialmente da forma das superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limita-lo. Na dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado para classifica-las funcionalmente.
 Articulação Monoaxial - Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade). As articulações que só permitem a flexão e extensão, como a do cotovelo, são monoaxiais. Há duas variedades nas quais o movimento é uniaxial: gínglimo ou articulação em dobradiça e trocóide ou articulação em pivô.
- Gínglimo ou Articulação em Dobradiça: as superfícies articulares permitem movimento em um só plano. As articulações são mantidas por fortes ligamentos colaterais. Exemplos: Articulações interfalangeanas e articulação úmero-ulnar.
- Trocóide ou Articulação em Pivô: Quando o movimento é exclusivamente de rotação. A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando dentro de um anel ou um anel sobre um pivô. Exemplos: Articulação rádio-ulnar proximal e atlanto-axial.
 Articulação Biaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de dois eixos (2 graus de liberdade). As articulações que realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a rádio-cárpica (articulação do punho) são biaxiais. Há duas variedades de articulaçõees biaxiais: articulações condilar e selar.
- Articulação Condilar: Nesse tipo de articulação, uma superfície articular ovóide ou condilar é recebida em uma cavidade elíptica de modo a permitir os movimentos de flexão e extensão, adução e abdução e circundução, ou seja, todos os movimentos articulares, menos rotação axial. Exemplo: Articulação do pulso.
- Articulação Selar: Nestas articulações as faces ósseas são reciprocamente côncavo-convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações condilares. Exemplo: Carpometacárpicas do polegar.
 Articulação Triaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de três eixos (3 graus de liberdade). As articulações que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são ditas triaxiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do quadril. Há uma variedade onde o movimento é poliaxial, chamada articulação esferóide ou enartrose.
- Articulação Esferóide ou Enartrose: É uma forma de articulação na qual o osso distal é capaz de movimentar-se em torno de vários eixos, que tem um centro comum. Exemplos: Articulações do quadril e ombro.
Existe ainda um outro tipo de articulação chamada Articulação Plana, que permite apenas movimentos deslizantes. Exemplos: Articulações dos corpos vertebrais e em algumas articulações do carpo e do tarso.
Estruturas das Articulações Móveis
Ligamentos
Os ligamentos são constituídos por fibras colágenas dispostas paralelamente ou intimamente entrelaçadas umas as outras. São maleáveis e flexíveis para permitir perfeita liberdade de movimento, porém são muito fortes, resistentes e inelásticos (para não ceder facilmente à ação de forças.




Ligamentos do Joelho
Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Cápsula Articular
É uma membrana conjuntiva que envolve as articulações sinoviais como um manguito. Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna).
A membrana fibrosa (cápsula fibrosa) é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos por feixes também fibrosos, que constituem os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua resistência. Em muitas articulações sinoviais existem ligamentos independentes da cápsula articular denominados extra-capsulares ou acessórios e em algumas, como na articulação do joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares.
Ligamentos e cápsula articular tem por finalidade manter a união entre os ossos, mas além disso, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados normais.
A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular e forma um saco fechado denominado cavidade sinovial. É abundantemente vascularizada e inervada sendo encarregada da produção de líquido sinovial. Discute-se que a sinóvia é uma verdadeira secreção ou um ultra-filtrado do sangue, mas é certo que contém ácido hialurônico que lhe confere a viscosidade necessária a sua função lubrificadora.
Discos e Meniscos
Em várias articulações sinoviais, interpostas as superfícies articulares, encontram-se formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intra-articulares, de função discutida: serviriam a melhor adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam estruturas destinados a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. Meniscos, com sua característica em forma de meia lua, são encontrados na articulação do joelho. Exemplo de disco intra-articular encontramos nas articulações esternoclavicular e ATM.

Meniscos do Joelho

Disco da ATM
Bainha Sinovial dos Tendões
Facilitam o deslizamento de tendões que passam através de túneis fibrosos e ósseos (retináculo dos flexores de punho).

Bainhas Sinoviais
Palma da Mão


Bainhas Sinoviais
Dorso da Mão

Bolsas Sinoviais (Bursas)
São fendas no tecido conjuntivo entre os músculos, tendões, ligamentos e ossos. São constituídas por sacos fechados de revestimento sinovial. Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões sobre proeminências ósseas ou ligamentosas.

Bolsas (Bursas) Sinoviais do Ombro




Bolsas (Bursas) Sinoviais do Ombro